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Lista dos vencedores últimos 10 anos do Prêmio Nobel de Medicina, atribuído nesta segunda-feira (4) aos cientistas americano David Julius e ao americano de origem libanesa e armênia Ardem Patapoutian por suas descobertas sobre receptores de temperatura e toque.

2021: David Julius e Ardem Patapoutian (Estados Unidos) por suas descobertas sobre a forma como o sistema nervoso percebe a temperatura e o toque.

2020: Harvey Alter e Charles Rice (Estados Unidos) e Michael Houghton (Reino Unido) pela descoberta do vírus da hepatite C, uma doença que mata 400.000 pessoas a cada ano. Suas pesquisas contribuíram para o desenvolvimento de exames de sangue e tratamento eficazes.

2019: William Kaelin e Gregg Semenza (Estados Unidos) e Peter Ratcliffe (Reino Unido) por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra a anemia e o câncer.

2018: James P. Allison (Estados Unidos) e Tasuku Honju (Japão) por suas pesquisas sobre a imunoterapia especialmente eficaz no tratamento de casos de câncer agressivos.

2017: Jeffrey C. Hall, Michael Rosbash e Michael W. Young (Estados Unidos) por suas descobertas sobre o relógio biológico interno que controla os ciclos de vigília-sono dos seres humanos.

2016: Yoshinori Ohsumi (Japão) por suas pequisas sobre a autofagia, cruciais para entender como se renovam as células e a resposta do corpo à fome e às infecções.

2015: William Campbell (de origem irlandesa), Satoshi Omura (Japão) e Tu Youyou (China) por terem desenvolvido tratamentos contra infecções parasitárias e malária.

2014: John O'Keefe (Estados Unidos/Reino Unido) e May-Britt e Edvard Moser (Noruega) por suas pesquisas sobre o "GPS interno" do cérebro, que pode permitir avanços no conhecimento do Alzheimer.

2013: James Rothman, Randy Schekman e Thomas Südhof (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre os transportes intracelulares, que ajudam a conhecer de modo mais eficaz doenças como a diabetes.

2012: Shinya Yamanaka (Japão) e John Gurdon (Reino Unido) por suas pesquisas sobre a reversibilidade das células-tronco, que permite criar todo tipo de tecido do corpo humano.

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O cientista americano David Julius e o americano de origem libanesa e armênia Ardem Patapoutian foram anunciados nesta segunda-feira (4) como os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina por suas descobertas sobre a forma como o sistema nervoso percebe a temperatura e o tato.

Suas "descobertas revolucionárias" nos "permitiram compreender como o calor, o frio e a força mecânica podem desencadear impulsos nervosos que nos permitem perceber e nos adaptar ao mundo", informou o júri do Nobel, em Estocolmo.

Nossa capacidade para sentir o calor, o frio e o tato é essencial para sobreviver e dela depende nossa interação com o mundo que nos cerca.

David Julius, de 65 anos, professor da Universidade da Califórnia, usou capsaicina, um composto ativo das pimentas que provoca sensação de ardor, para identificar um sensor nas terminações nervosas da pele que respondem ao calor.

Ardem Patapoutian, professor da Scripps Research na Califórnia e nascido em 1967, utilizou células sensíveis à pressão para descobrir um novo tipo de sensores que respondem a estímulos mecânicos na pele e nos órgãos internos.

Entre os principais candidatos a vencer o Nobel de Medicina deste ano estavam as vacinas de RNA mensageiro, assim como pesquisas de adesão celular, epigenética, resistência aos antibióticos e novas formas de tratamentos em reumatologia, segundo especialistas consultados pela AFP.

No ano passado, o prêmio foi atribuído a três virologistas pela descoberta do vírus da hepatite C.

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