Com informações de Pollyanne Brito
Após quase três anos da morte de Jennifer Kloker, o julgamento dos cinco réus acusados de matarem a alemã começa nesta segunda-feira (10), com mais de uma hora de atraso, na comarca cível de São Lourenço da Mata, Região Metropolitana do Recife (RMR). O caso será julgado pela juíza Marines Marques Viana.
##RECOMENDA##A delegada responsável pelo caso, Gleide Angelo, já chegou ao local. "Eu não tenho a menor dúvida que todos os cinco serão condenados nesse júri. Eu espero que não tenha adiamento", afirmou. Para o promotor, André Rabelo, não há motivo para adiamento do caso. “As provas são contundentes e cada acusado teve uma participação delimitada e comprovada. Três anos depois do caso, vamos mostrar a sociedade que a justiça existe sim”, explicou. Ainda de acordo com o promotor, os cinco planejaram tudo e não há dúvidas e nem porque adiar o julgamento.
Já o advogado de Delma Freire, sogra de Jennifer, disse que não há provas para acusá-la."Não há provas suficientes que Delma seja a culpada, não só ela, como todos os outros acusados, por isso, não há como ter uma condenação", afirma José Carlos Penha.
Os acusados, Alexsandro, Pablo e Ferdinando e Delma Freire chegaram ainda há pouco no Fórum de São Lourenço em viaturas. A movimentação neste momento é tranquila em frente ao Fórum, alguns curiosos estão no local. Cerca de 50 policiais militares e 18 guardas estão a postos para garantir a segurança. O advogado de Pablo Almeida, um dos acusados, acaba de chegar no Fórum, mas não falou com a imprensa.
Entenda o caso – A turista alemã Jennifer Kloker, de 23 anos, foi assassinada com três tiros, às margens da BR-408, no município de São Lourenço da Mata, Grande Recife, no dia 16 de fevereiro de 2010. Jennifer, o filho de três anos, Pablo Tonelli (marido), Ferdinando Tonelli (sogro) e Delma Freire (sogra), vieram da Itália passar as férias no Brasil. A família da turista relatou na época que o carro em que estavam havia sido abordado por dois assaltantes na BR-408 e que Jennifer teria sido assassinada.
As investigações identificaram várias contradições nos depoimentos. Os cinco acusados da morte de Jennifer foram indiciados por homicídio triplamente qualificado e quatro deles tiveram a prisão preventiva decretada: Pablo Tonelli, Ferdinando Tonelli, Delma Freire – apontada como mentora do crime – e Alexsandro Nunes dos Santos, que teria sido contratado para matar a turista. Apenas Dinarte de Medeiros (irmão de Delma), acusado de ter comprado a arma do crime, responde o processo em liberdade.
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