Uma investigação realizada pela Delegacia de Defraudações apurou fraude no concurso público para agentes penitenciários do Estado de Sergipe. Após receber a denúncia anônima, a Escola de Gestão Penitenciária (Egesp) encaminhou as informações para a Polícia Civil, que confirmou a suspeita e encontrou os responsáveis.
A investigação iniciou em dezembro de 2019, quando a banca organizadora recebeu a denúncia no mesmo período em que o curso de formação para recém-aprovados já havia começado. A queixa afirmava que o candidato Alex Ferreira de Moura havia pago a quantia de R$ 10 mil para que outra pessoa fizesse a prova objetiva no lugar dele. O acusado ainda teria pago R$ 5 mil para que uma terceira pessoa realizasse a prova de aptidão física.
##RECOMENDA##Por meio de perícia, feita pelo Instituto de Criminalística de Sergipe, as suspeitas foram confirmadas. O então candidato foi interrogado e confessou o crime. A comprovação deste golpe acendeu um alerta para outros possíveis casos ocorridos neste concurso.
Em ação conjunta, o Instituto de Criminalística e a equipe da Delegacia de Defraudações analisou a documentação de mais nove candidatos, chegando a mais uma suspeita de fraude. Dessa vez, a prova objetiva do candidato Adilson José da Silva teria sido realizada por uma terceira pessoa, segundo informa o laudo técnico. Os suspeitos, que são de Pernambuco, deixaram o curso de formação assim que souberam da investigação. A diligência sobre o caso continua, pois o segundo acusado ainda não foi interrogado. Até o momento os responsáveis pelas fraudes não foram penalizados.