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Um ataque com um drone ucraniano na Crimeia explodiu um depósito de munição, provocando evacuações na península anexada à Rússia e paralisando o tráfego ferroviário, apenas cinco dias depois que outra ação danificou uma ponte estratégica russa.

"Como resultado de um ataque de drone inimigo no distrito de Krasnogvardeyskiy, houve uma explosão em um depósito de munição", disse o líder pró-Rússia da Crimeia, Sergei Aksionov, no Telegram neste sábado (22).

O incidente levou à evacuação de pessoas que vivem em um raio de 5 quilômetros da região afetada, localizada no centro da Crimeia. O tráfego rodoviário também foi brevemente interrompido.

De acordo com Aksionov, não houve vítimas, segundo as primeiras informações.

No início de junho, a Ucrânia lançou uma contraofensiva para reconquistar os territórios tomados pela Rússia e expressou sua intenção de recuperar a Crimeia, que Moscou anexou em 2014.

Há cinco dias, um ataque atingiu a ponte da Crimeia, que já havia sido atacada por tropas ucranianas em outubro de 2022, e matou dois civis.

Em uma videoconferência no Fórum de Segurança de Aspen, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou na sexta-feira (21) que a ponte da Crimeia, que diz ter sido construída em violação ao direito internacional, deveria ser "neutralizada".

A ponte de Kerch é a única infraestrutura que liga os dois países e é utilizada para transportar equipamentos militares russos para a frente ucraniana.

O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu uma "resposta" de seu exército e pediu "melhoria da segurança" na construção.

Na região de Zaporizhia, no sul da Ucrânia, um jornalista russo da agência de notícias estatal Ria Novosti foi morto em um bombardeio ucraniano no sábado, informou o Exército russo em um comunicado.

"Unidades das forças armadas ucranianas lançaram um ataque de artilharia contra um grupo de jornalistas", e "quatro repórteres ficaram feridos, com menor e maior gravidade", afirmou. O comunicador Rostislav Zhuravlev "morreu devido aos ferimentos causados pela explosão de bombas de fragmentação", acrescentou a fonte.

Segundo a agência Ria Novosti, "o ataque ocorreu perto da cidade de Pitikhatki" na região de Zaporizhzhia (sul).

Ainda neste sábado, o governador da região russa de Belgorod, que faz fronteira com a Ucrânia, acusou Kiev de ter lançado bombas de fragmentação na cidade de Zhuravlevka na sexta-feira.

"Na região de Belgorod, 21 projéteis de artilharia e três munições de fragmentação de um lançador de foguetes múltiplo foram disparados [pelo Exército ucraniano] na vila de Zhuravlevka", disse Viacheslav Gladkov no Telegram.

A semana também foi marcada por uma escalada de ameaças entre os dois países, depois que Moscou encerrou, na segunda-feira (17), o acordo que facilitava a exportação de grãos dos portos ucranianos pelo Mar Negro.

O assunto foi pauta de uma conversa telefônica entre Zelensky e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, neste sábado.

"Identificamos com o Sr. Stoltenberg a prioridade e os estágios futuros necessários para o desbloqueio e exploração duradoura do corredor de grãos no Mar Negro", escreveu o líder ucraniano no Twitter.

O Kremlin alertou na quarta-feira que consideraria navios de carga com destino à Ucrânia como possíveis alvos militares. No dia seguinte, Kiev se posicionou de forma parecida em relação a potenciais embarcações de transporte militar.

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