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Um alto tribunal da Colômbia descriminalizou nesta segunda-feira (21) o aborto nas primeiras 24 semanas de gravidez, uma decisão inédita no país, de maioria católica, e que o coloca na órbita dos países latino-americanos que liberaram essa prática.

Com a sentença do Tribunal Constitucional, as mulheres poderão decidir sobre a interrupção da gravidez por qualquer motivo até o sexto mês de gestação, sem serem punidas por isso.

Até agora, o aborto só era permitido em caso de estupro, se a saúde da mãe estivesse em risco ou quando o feto apresentasse uma malformação que comprometesse a sua sobrevivênci a 54 meses de prisão.

A partir de agora, a "conduta do aborto só será punível quando for realizada depois da 24ª semana de gestação", informou a Corte Constituciona. Após os seis meses de gestação, passam a vigorar as condições já fixadas pelo tribunal, explicaram os juízes.

Centenas de manifestantes a favor e contra a decisão se concentraram do lado de fora do tribunal, em Bogotá. "Depois do direito ao voto, esta é a conquista histórica mais importante para a vida, autonomia e realização plena e igualitária das mulheres", publicou no Twitter a prefeita da capital, Claudia López.

O país torna-se o quinto da América Latina a flexibilizar o acesso ao aborto, que é permitido na Argentina, Uruguai, Cuba e Guiana. No México, é autorizado até 12 semanas em algumas regiões.

“A Colômbia fica na vanguarda dos direitos reprodutivos, tanto em nível regional quanto globalmente”, assinalou à AFP a advogada Catalina Martínez, do movimento Causa Justa, que levantou a inconstitucionalidade do crime de aborto e cujos argumentos foram estudados pelo alto tribunal.

O Senado do Chile descriminalizou, por maioria, o aborto em casos de risco para a vida da mãe, por inviabilidade do feto e por estupro, em uma sessão que se estendeu até a madrugada desta quarta-feira.

Os legisladores descriminalizaram o aborto em caso de risco para a vida da mãe por 20 votos a favor e 14 contrários; a inviabilidade do feto por 19 a 14; e, em casos de estupro, por 18 a 16.

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Senadores do bloco opositor de direita Chile Vamos anunciaram que irão recorrer ao Tribunal Constitucional para demonstrar que o projeto viola a Constituição, uma tática que já deu resultados favoráveis em outros casos no passado. Antes que se converta em lei, a proposta da presidente Michelle Bachelet deverá se aprovado nesta quarta-feira pelos deputados, que devem a votar as modificações introduzidas pelo Senado. Se a votação não seguir adiante, o texto passará por uma comissão mista de deputados e senadores. O governo tem maioria na Câmara. O Executivo necessitava de maioria simples para aprovar a iniciativa. Fonte: Associated Press.

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