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Foi encerrado, na terça-feira (26), o prazo para os moradores retirarem seus móveis e pertences do Edifício Holiday, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Nenhum residente pode mais entrar no prédio e as mudanças agora vão ser levadas para um depósito da prefeitura.

Segundo a Defesa Civil, 76 apartamentos ainda possuem materiais para mudança. O número pode ser maior, pois quatro pavimentos ainda não haviam sido inspecionados.

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Os materiais estão sendo catalogados para que os proprietários tenham acesso. Antes de recuperar os pertences, é preciso ligar para a Defesa Civil, no 3355-2115, para agendar uma visita ao depósito.

O Edifício Holiday está totalmente desocupado desde o último sábado (23). Apesar da grande presença de policiais na operação, não houve confronto com moradores.

O imóvel foi interditado judicialmente após ser identificado um grande risco de incêndio no local. Cerca de três mil moradores residiam no prédio. O edifício modernista foi construído em 1957, tem 476 apartamentos e 17 andares.

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Mesmo após a orientação do engenheiro da Defesa Civil de Jaboatão, André de Castro, para desocupação dos apartamentos, os moradores do edifício Casa Grande não deixarão o local. De acordo com a funcionária da empresa responsável pela administração do condomínio, Dayse Mota, não há risco algum de desabamento e os moradores assinaram um termo de responsabilidade.

“Todos continuam lá, eles estão é irritados com essa divulgação de que o prédio pode cair, desvalorizando o imóvel. Não tem nada disso”, disse Mota. Em seguida à reunião realizada na manhã desta sexta (17), André de Castro disse que relatórios técnicos foram entregues aos moradores e a orientação é interditar o local. Até 30 dias, o engenheiro sugeriu ao condomínio analisar os pilares, vigas e recolher amostra do concreto para encaminhar a laboratório.

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Segundo Dayse Mota, o prazo é inviável. “Não se faz uma obra dessa dentro de 30 dias. As empresas já foram definidas e todas as medidas já estão sendo tomadas. A palavra a ser usada, antes de tudo, é manutenção. E isto não é uma obra barata”. De acordo com laudo realizado no início da construção do imóvel, o prédio poderia ter até 14 andares, tendo apenas sete. 

A gestora garantiu que, atualmente, só há um apartamento que foi desocupado há muito tempo pelo proprietário. Nenhum morador deixou sua residência por conta da situação atual.

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