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A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara conseguiu na justiça a retificação do registro de óbito do estudante Odijas Carvalho, que morreu na época da ditadura militar, nas dependências do hospital da Polícia Militar de Pernambuco. A sentença favorável vem atender a solicitação do grupo encaminhada à 12ª de Família e Registro Civil do Recife, em julho deste ano.

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A comissão vai apresentar, nesta terça-feira (15), às 15h, na Casa Civil, no bairro das Graças, o resultado das investigações que comprovam a morte do estudante por homicídio provocado por lesões corporais múltiplas decorrentes de atos de tortura, desconstruindo o antigo documento que atestava o falecimento de Odijas por morte natural.

O caso de Odijas é um dos 51 que compõem a lista preliminar de mortos e desaparecidos políticos pernambucanos e que são alvo de análise da CEMVDHC.

Atestado de óbito do estudante Odijas vai ser retificado.

Os membros das Comissões Nacional e Estadual da Memória e da Verdade se reunirão na manhã desta terça-feira (10) na sede da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco, localizada em Santo Amaro. Na ocasião, o jurista e escritor José Paulo Cavalcanti Filho entregará aos representantes de Pernambuco todo o material apurado referente ao assassinato do padre Antonio Henrique Pereira Neto.

“O assassinato do padre Henrique foi um caso emblemático. Na época, houve o procedimento criminal, mas foi abafado como tudo naquele tempo. Nossa finalidade é fazer com que os fatos verdadeiros sejam revelados, com responsabilidade. Vamos reconstituir a verdade”, enfatiza o coordenador da Comissão Estadual da Memória e da Verdade, Fernando Coelho.

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A Comissão de Pernambuco também teve acesso aos documentos do Arquivo Público, Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Arquidiocese de Olinda e Recife. O processo do padre Henrique tem 3.394 páginas e está dividido em 13 volumes.

Padre Henrique – Em 1969, ele foi torturado e morto a tiros. Tinha apenas 29 anos. O corpo foi encontrado em um terreno baldio, na Cidade Universitária. Havia tiros na cabeça, cordas no pescoço e facadas.  Na época, era auxiliar do então arcebispo Dom Hélder Câmara, um dos nomes mais expressivos da Igreja Católica. Em 1986, o caso foi arquivado por falta de provas.

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