Tópicos | Eagles of Death Metal

Dois membros do grupo Eagles of Death Metal, a banda americana que tocava na casa Bataclan na noite dos atentados de 13 de novembro passado em Paris, foram impedidos de entrar no show de reinauguração por suas polêmicas declarações sobre a segurança - informou o estabelecimento.

"Eles vieram, eu os expulsei. Há coisas que não se perdoa", declarou o codiretor da casa de espetáculos Jules Frutos, no fim do show de Sting.

##RECOMENDA##

O evento do cantor britânico marcou a reabertura da casa e, ao mesmo tempo, o primeiro aniversário da tragédia, que deixou 90 mortos.

Um dos membros impedidos de entrar, o cantor Jesse Hughes, sugeriu que o atentado pode ter sido preparado de dentro do estabelecimento, com a ajuda dos seguranças.

A emotiva jornada da banda Eagles of Death Metal desde o banho de sangue do ano passado em Paris será o tema de um novo documentário da HBO - informou a rede nesta quarta-feira (2). O filme "Eagles of Death Metal: Nos Amis (Nossos Amigos)" começará com o ataque de 13 de novembro no show do grupo, e que deixou mais de 90 mortos como parte de um atentado coordenado em Paris, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

O documentário, que estreará na TV a cabo americana em fevereiro de 2017, acompanhará os roqueiros da Califórnia durante três meses antes do retorno ao palco em Paris. O filme "chama a atenção para a profunda relação do grupo entre si e com seus fãs, que os inspiraram a voltar a Paris para se apresentar novamente", informou a HBO em um comunicado.

##RECOMENDA##

Inicialmente, a banda Eagles of Death Metal angariou ampla simpatia em seguida aos ataques, mas as declarações críticas aos muçulmanos feitas pelo líder Jesse Hughes mancharam a imagem da banda, que teve suas apresentações canceladas por importantes festivais franceses.

Hughes alegou que o ataque era um trabalho interno de funcionários de origem árabe no clube Bataclan, acusações fortemente rejeitadas pela casa de shows. O líder da banda, um raro roqueiro de direita e partidário do candidato republicano Donald Trump, também disse - sem provas - que os muçulmanos estavam celebrando do lado de fora durante o cerco policial.

Não está claro em que medida o documentário irá explorar as controvérsias envolvendo o grupo. Primeiro trabalho da Live Nation Productions, da produtora de shows Live Nation, o filme foi dirigido pelo ator Colin Hanks, um amigo de longa data dos membros da banda e filho do ator Tom Hanks.

O cantor da banda Eagles of Death Metal sugeriu que o atentado que deixou dezenas de mortos na casa de shows parisiense Bataclan, em 13 de novembro passado, foi um "trabalho interno". Ele disse suspeitar dos seguranças do estabelecimento.

Jesse Hughes, cantor e guitarrista do grupo, disse que se sentiu muito desconfortável quando, nos preparativos para o show, o guarda responsável pela proteção dos bastidores não fez contato visual. "Não gostei nada dele. Imediatamente, fui para o promotor e perguntei a ele 'quem é esse cara? Quero outra pessoa nesse posto'", disse Hughes, em entrevista exibida na quarta à noite pelo Fox Business.

##RECOMENDA##

"E ele me disse 'bom, alguns dos outros seguranças não chegaram'. E depois eu soube que uns seis deles não foram (ao show)", completou Hughes. "Com todo meu respeito pela Polícia que está investigando, não faço uma declaração definitiva, mas vou dizer que me parece bastante óbvio que eles tinham razões para não ir", acrescentou.

Quando os roqueiros californianos estavam tocando, homens abriram fogo e lançaram granadas. Pelo menos 90 pessoas morreram. Foi o mais letal da série de ataques coordenados naquela noite em Paris, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico. Ao todo, foram 130 mortos e 350 feridos.

Hughes contou que um dos agressores permitiu que três pessoas da plateia deixassem o local. Para ele, isso seria uma prova de que os culpados já conheciam essa histórica casa de rock da capital francesa.

O americano há havia feito comentários parecidos em uma entrevista à revista "Vanity Fair". Nela, disse lamentar não ter seguido seu instinto, quando o técnico de som viu duas pessoas dentro da casa, antes da apresentação, com roupas e atitudes que destoavam claramente do típico público roqueiro.

O Eagles of Death Metal, grupo americano que tocava na casa de espetáculos Bataclan de Paris na noite de 13 de novembro, volta nesta terça-feira (16)aos palcos parisienses, com um show tomado pela emoção, e para o qual foram convidados os sobreviventes do massacre.

Apesar das fortes medidas de segurança previstas e do anúncio da presença de psicólogos, o vocalista da banda Jesse Hughes disse que será um show de rock normal. "Para mim, o rock'n'roll sempre foi algo divertido. Não vou deixar que ninguém me tire isso", afirma. "Mas tenho medo, realmente tenho medo", admite, com lágrimas nos olhos. "Espero ser capaz de entrar no palco e ser mais forte do que sou agora. Não quero desabar diante de todo o mundo, não quero decepcionar ninguém, é o que me dá mais medo", explica. "Eles não me abandonaram", acrescenta, referindo-se aos fãs.

##RECOMENDA##

Hughes também recorda um dos momentos mais estranhos durante o tiroteio. "Estava fugindo para me salvar em uma ruela e vi uma pessoa ao meu lado, que tinha dificuldades para andar. Sangrava muito nas costas, não sei o que aconteceu depois. Mas lembro que ele me disse: 'Francamente, teu último show foi muito melhor'". "É preciso ser incrivelmente corajoso para fazer uma piada assim. É o exemplo que tentarei seguir".

O grupo californiano retomou no sábado sua turnê internacional que foi brutalmente interrompida com os atentados que deixaram 130 mortos em Paris, sendo 90 na casa de espetáculos em que se apresentava.

O Eagles of Death Metal (também conhecido pela sigla EODM) se apresentará no mítico Olympia de Paris, na presença de sobreviventes da matança e parentes das vítimas, que foram convidados pela produção. No início de dezembro, o EODM interpretou duas canções no show do U2 em Paris, mas a apresentação desta terça-feira será a primeira do grupo na França depois do massacre.

Como aconteceu no Bataclan, a dupla austríaca White Miles abrirá o show. Rebatizada "Nos Amis Tour" (Nossos Amigos Tour), em francês, as apresentações também cruzarão o Atlântico e acontecerão em Bogotá, São Paulo, Buenos Aires e Santiago.

Psicólogos a postos - Jesse Hughes acredita que este show será uma espécie de terapia. Mas, para alguns sobreviventes, às vezes é mais difícil. "Há pessoas que consideram isso importante, faz parte do processo de reconstrução, mas também há muita gente para quem é muito cedo ou que ainda não está em condições", avaliou Alexis, membro da associação "Life for Paris", que agrupa os sobreviventes. "Para muitos, eu entre eles, ir será uma decisão de último minuto", acrescentou.

Clotilde, outra sobrevivente do ataque no Bataclan, decidiu não ir, apesar de ter recebido um convite. Ainda abalada, diz que está assustada com o importante dispositivo de segurança anunciado.

As autoridades vão instalar um perímetro de segurança ao redor do Olympia. Para Carole Damiani, psicóloga e diretora da associação "Paris ajuda as vítimas", os sobreviventes, muitos dos quais não foram a nenhum outro show desde então, podem reviver o trauma do fatídico dia e ter reações inesperadas. "Par ajudá-los uma equipe de 30 pessoas, incluindo psicólogos, estarão no local durante toda a noite", afirma a psicóloga.

O grupo disse ainda que espera ser o primeiro a se apresentar no Bataclan quando a casa de espetáculos voltar a abrir suas portas, provavelmente no final de 2016.

No cenário mais aterrorizante dos ataques em Paris, nesta sexta (13), a banda Eagles of Death Metal se apresentava na casa de shows Bataclan, quando homens armados perpetraram um dos piores atentados na capital francesa. Após a suspeita de que algum integrante poderia ter sido vítima, empresário e familiares dos membros da banda confirmaram a segurança da equipe. 

Mulher do baterista Julian Dorro, Emily Hal Dorio confirmou ao canal de notícias NBC News que o marido e demais integrantes conseguiram sair do local e seguiram até uma estação da polícia, no momento da chacina. No Facebook, a banda emitiu um comunicado:

##RECOMENDA##

“Ainda estamos tentando verificar a segurança e assuntos relacionados de toda banda e equipe. Nossos sentimentos estão com as pessoas envolvidas nesta situação”. O fundador do grupo, Josh Homme, também líder da banda de rock Queens of The Stone Age, não viajava com o grupo durante a apresentação no país. 

A Eagles Of Death Metal está em turnê pela Europa para promover o seu novo álbum, “Zipper Down” ,o primeiro do grupo em sete anos, e tem um concerto agendado para Lisboa, no dia 10 de dezembro. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando