Tópicos | Edição de 2015

[@#galeria#@]

SÃO BENTO DO UNA - A Corrida da Galinha faz parte do calendário comercial do Agreste pernambucano, principalmente da cidade-sede da festa, São Bento do Una - localizada a 206 quilômetros do Recife. No entanto, em 2015, a maré não foi das melhores para quem dependia das vendas. Os grandes 'vilões' apontados pelos comerciantes foram a chuva e a nova localização do evento.

##RECOMENDA##

A artesã Aparecida Torres, por exemplo, é uma das que acreditam que as vendas ficaram abaixo do esperado. Moradora da cidade, ela conta que o dia de melhor movimento foi, justamente, este domingo (2), data do encerramento da programação. "Apesar da crise, estamos vendendo, mas a chuva atrapalhou bastante, principalmente na sexta-feira (31) e no sábado, quando não deu trégua durante o dia - melhor horário para as vendas de artesanato. Ano passado foi melhor", lamenta, ressaltando ainda que tentou variar nos produtos para atrair a clientela. "Colocamos diversas coisas, com valores que foram desde R$ 2,50, que são chaveiros, até bonecas que chegam a custar R$ 80", completou, explicando ainda que as vendas melhoraram durante todo o domingo pelo fato de não ter chovido durante a programação.

A movimentação também não foi das melhores por quem também veio de outras regiões e também apostou no artesanato. Foi o caso de Márcio Venício, que veio de Alagoas trazendo cinco animais feitos com fibra. Além da chuva, outro ponto que o autônomo ressaltou como negativo foi o valor da taxa cobrada para alugar o espaço na festa. Segundo ele, para montar adquirir um lugar entre os comerciantes no período do evento foi necessário desembolsar R$ 300 reais.

"Tive prejuízo. Além da chuva, acho que as taxas foram caras. Como sugestão, acredito que seria importante, se o evento permanecer aqui (Parque de Exposições Eládio Porfírio de Macedo), o valor do espaço deveria ser mais barato, priorizando os comerciantes', ressaltou o artesão, que cobrava R$ 5 para que o público que tirasse uma foto montado nos animais expostos e recebessem o material já impresso minutos depois. 

Se para uma parcela dos comerciantes a chuva foi apontado como problema capital das vendas, para quem apostou nos lanches e bebidas outra reclamação era prioritária: o novo local da festa, que saiu do centro de São Bento do Una e, a partir deste ano, está sendo realizada no Parque de Exposições Eládio Porfírio de Macedoá. "Não gostamos muito da mudança, ficamos 'fora' do evento", detalhou Margarida dos Santos, se referindo ao local onde foram montados os stands de alimentação da Corrida da Galinha, que segundo ela é não é tão interessante para o público. "Esse ano o meu movimento foi fraco. Acredito que esse lugar também não ajudou", reforçou o vendedor de bebidas e espetinhos Marcelo José, que trabalha no evento há seis anos.

Sobre os problemas com a chuva, a prefeita de São Bento do Una, Débora Almeida (foto à esquerda), explica que existe outro viés para a situação e que vai além do cunho comercial. "Eu digo que chuva nunca prejudica porque a gente vive numa seca. A última chuva 'para juntar água' foi em 2010. Então, a chuva aqui é sempre muito bem-vinda, principalmente nesse período, porque é uma chuva de lavoura". A gestora ainda destacou que o fator clima não favorável pode trazer empecilho, mas que existiram bons momentos de movimentação durante a festa. "A gente sabe que com a chuva também vem alguns incovenientes. Mas na sexta-feira, por exemplo, choveu pela manhã, mas à tarde foi um sol muito bom. Durante a noite foi um sucesso de público aqui, com aproximadamente 80 mil pessoas. O sábado foi chuvoso, mas à noite não teve chuva, assim como todo o domingo. Então, acho que a chuva nunca é demais. Graças a Deus que chove porque a gente também precisa dela", reiterou. 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando