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Dois meses depois de ter sido levada ao Santuário de Elefantes Brasil, na Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, a elefanta Ramba morreu na quinta-feira (26). Com idade estimada em ao menos 53 anos, ela pesava mais de três toneladas e sofria de problemas renais havia sete anos.

Em uma publicação nas rede sociais, o santuário comunicou a morte do mamífero e afirmou que Ramba "não tinha mais forças para lutar contra seus problemas renais".

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"Ainda que após a necropsia tenhamos mais detalhes, sua morte, apesar de dolorosa, não nos surpreendeu tanto. Quando Ramba foi diagnosticada com doença renal, ainda no Chile, há sete anos, tínhamos muita esperança que ela conseguisse viver por mais um ano, no mínimo", afirmou o santuário. "Milagrosamente esse ano transformou-se em sete, dando-lhe forças que a ajudaram a chegar ao Santuário."

De acordo com o santuário, a morte da elefanta provavelmente tenha sido repentina, "pois a grama ao seu redor estava intocada".

De origem asiática, Ramba chegou ao País em outubro, após ter sido vítima de maus-tratos e ser explorada como uma atração circense na Argentina e no Chile.

O transporte do animal para o Brasil envolveu uma megaoperação no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo. Em 59 anos de história, o terminal já havia recebido baleia, onça, canguru, avestruzes, boiadas inteiras, mas nunca um elefante. A operação de desembarque mobilizou cerca de 30 pessoas.

A elefanta foi trazida no interior de uma caixa de quase 6 toneladas, com água, alimentação, temperatura controlada e câmeras internas de monitoramento. A caixa foi retirada do avião pela porta lateral, desceu de guindaste-empilhadeira e seguiu para o setor de cargas.

Depois de desembarcar em Viracopos, ela seguiu em comboio rodoviário para o santuário mato-grossense, que dispõe de uma reserva de 1,1 mil hectares, o equivalente a 1,1 mil campos de futebol.

Na Chapada dos Guimarães, Ramba conviveu nos últimos dois meses com as elefantas Guida, Lady, Maia e Rana. O santuário levou os animais para se despedirem da companheira.

"Já sabíamos que cada dia de Ramba, no Santuário, seria uma dádiva, não apenas para ela, mas para todos que tiveram a oportunidade de conhecê-la. Todos foram, de alguma forma, tocados por ela", publicou o Santuário de Elefantes Brasil.

Maus-tratos e exploração em circos da América do Sul

A idade de Ramba é incerta, calculando-se que tenha entre 53 e 60 anos. Em liberdade, um elefante vive até 80 anos, mas o cativeiro pode reduzir essa expectativa. Conhecida como a última elefanta de circo do Chile, Ramba foi comprada na Ásia e levada para a Argentina nos anos 1980.

Durante três décadas, ela viajou de caminhão, presa a correntes, para ser vista pelas plateias. Em 1997, o animal foi confiscado do circo Los Tachuelas pelo Serviço Agrícola e Pecuário do Chile, por causa de denúncias de negligência e maus-tratos.

Embora proibido de usá-la em apresentações, o circo continuou como depositário até a elefanta ser resgatada, em 2011, pela organização não governamental (ONG) Ecópolis de proteção aos animais, e levada para Rancágua. A entidade, que atua com outros animais silvestres e tem pouca experiência com elefantes, acabou entrando em contato com o santuário brasileiro.

De acordo com a voluntária Valéria Mindel, a elefanta continuava sofrendo com o rigor do inverno chileno e com a solidão. O santuário abriu um financiamento coletivo no Brasil e nos Estados Unidos para custear a transferência e contou com apoio de empresas para o transporte de Ramba. A entrada da elefanta no País foi autorizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O Aeroporto de Viracopos não cobrou taxas alfandegárias.

Um vídeo que vem circulando nas redes sociais acabou intrigando muitos especialistas em vida selvagem. Uma elefanta foi filmada na Índia colocando alguns carvões que estavam no chão da floresta na boca e "baforando" as cinzas, como se estivesse "fumando" um cigarro. Essa é a primeira vez que tal fato aconteceu e foi filmado e, por isso, tem chamado a atenção dos cientistas e especialistas da Organização Não Governamental (ONG) Wildlife Conservation Society, de Nova York.

O vídeo foi capturado em abril de 2016, pelo cientista da ONG, identificado por Vinay Kumar, durante uma viagem de trabalho à floresta de Nagarhole, no estado de Karnataka. Kumar informou à BBC: "O que vimos naquele dia pareceu como se a elefanta estivesse fumando - ela desenhava um baú cheio de cinzas perto de sua boca e soprava uma nuvem de fumaça".

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Outro estudioso, em entrevista para o site, afirma que "muito provavelmente a elefanta estava tentando ingerir o carvão de madeira, já que ela parecia estar pegando algo do chão da floresta queimada, expelindo com a tromba as cinzas que vinham junto e consumindo o resto", pontuou Varun R. Goswami.

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Uma elefanta chamada Patience (Paciência, em inglês) matou nesta sexta-feira (11) um cuidador do zoológico do Missouri, alguns dias depois de a matriarca dos paquidermes do parque ter sido sacrificada. Os funcionários do zoológico ainda não determinaram por que Patience atacou o cuidador John Phillips Bradford, 62 anos, que trabalhava há 30 no lugar.

No entanto, a elefanta tinha um histórico de comportamento agressivo. Os funcionários contaram que foram obrigados a sacrificar a matriarca da manada, Connie, na semana passada depois que ela perdeu quase 500 quilos devido a uma doença nos rins que a impedia de ficar em pé.

Não está claro o que vai acontecer com Patience, de 41 anos, que vive no zoo desde 1990.

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