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Morreu na madrugada desta terça-feira (16), aos 71 anos, a atriz, intérprete musical, apresentadora e modelo Elke Maravilha. Ela estava internada na Casa de Saúde Pinheiro Machado, no Rio de Janeiro, desde o dia 20 de junho, segundo o G1. Elke sofria de úlcera duodenal.

A notícia foi confirmada em sua página oficial no Facebook. “Avisamos que nossa Elke já não está por aqui, conosco. Como ela mesma dizia, foi brincar de outra coisa. Que todos os deuses, que ela tanto amava estejam com ela nessa viagem. Eros anikate mahan (O amor é invencível nas batalhas). (Crianças, conviver é o grande barato da vida, aproveitem e convivam.)”, foi publicado.

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Segundo o irmão de Elke, Frederico Grunupp, em entrevista ao EGO, a artista sofreu de falência múltipla dos órgãos. “Depois da cirurgia para tratar uma úlcera e como ela tinha diabetes, acabou não respondendo à medicação. Ela morreu antes de 1h”, contou. A família ainda não sabe quando será o velório e o sepultamento.

Em 2016, Elke estava apresentando a peça “Elke canta e conta”, em que contava um pouco sobre sua vida. Em janeiro deste ano ela esteve no Recife, conversou com o LeiaJá e confessou não temer a morte, dizendo que mais importante que viver seria conviver. 

Carreira – Elke nasceu na Rússia, em 1945. Ainda criança, ela veio com a família ao Brasil.

Começo a carreira de modelo aos 24 anos. Em 1972, começou na televisão como jurada no Cassino do Chacrinha. Ela também foi jurada do Show de Calouros, com Silvio Santos; comandou o Talk Show “ELKE”, no SBT e passou também pela TV Bandeirantes e TV TUPI.

Elke ainda fez filmes para o cinema e atuou em peças de teatro dos mais diversos gêneros, como infantil, musical e drama.  

Elke entra na ampla sala do apartamento onde está hospedada, no bairro de Piedade, Região Metropolitana do Recife, cantando com sua voz grave e forte. Ao vê-la, bem arrumada e maquiada, com um sorriso largo e olhar convidativo, pode-se entender porque a chamam de 'Maravilha'. A artista está no Recife para apresentar o espetáculo Elke canta e conta, dentro da programação do 22º Janeiro de Grandes Espetáculos. Ela sobre ao palco do Teatro de Santa Isabel, acompanhada do músico Adriano Salhab, neste domingo (17), às 20h.

No espetáculo, a artista conta histórias vividas ao longo de seus 70 anos, quase 71 - Elke faz aniversário no próximo mês de fevereiro. Ao passo que vai relembrando alguns momentos marcantes, apresenta canções que remetem a cada um deles: "É um espetáculo simples, com repertório bem interessante. Coisas que fazem parte da minha alma", sintetizou. Mas, embora se trate de passagens de sua vida, a montagem também traz a emoção e vivências dos parceiros neste trabalho, o músico Adriano Salhab e o diretor Ruben Curi, que se envolveram intimamente em sua produção. "Foi um dos processos mais ricos que eu já participei de montagem. A gente teve que pesquisar, pensar em cada situação e conjuntamente fizemos a curadoria das canções", disse Salhab. Já Ruben Curi explica que o espetáculo é um despertar de consciência e "uma ode à necessidade das mortes cotidianas" que todos vivenciam. 

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No palco, Elke atravessa as mais diferentes emoções como raiva, tristeza e alegria. O objetivo é provocar o público no sentido de ampliar a consciência e o olhar sobre questões cruciais da vida contemporânea: "Basicamente este espetáculo nosso, ele quer chamar a gente à consciência; cair a ficha. É isso que o brasileiro está precisando. Nós estamos num momento em que o brasileiro ficou assim... e olha aí o mar de lama que criamos", diz a artista.

Elke conta, também, que reviver essas passagens acabam por modificá-la novamente: "Ninguem é um pacote fechado. E quem se considerar um pacote fechado tem que deitar e morrrer. Sempre tem coisas novas. A mãe natureza não nos dá nada, quanto mais você acha que detém a sabedoria dela, ela nos coloca outras milhares de coisas para serem desvendadas". Ela revela que ao sair do palco, após um turbilhão de emoções, se sente cada vez mais viva. Mas assinala que mais importante que viver é conviver e é neste detalhe que se encontra "a arte". Elke canta e conta convida a essa reflexão. 

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Serviço

Elke Canta e Conta

Domingo (17) | 20h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

R$ 50 e R$ 25

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