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A Qualicorp, em fato relevante divulgado ao mercado, afirmou que não tem nenhuma relação com as operações conduzidas pelas autoridades nesta quarta-feira (16) e que não foi alvo de nenhum procedimento de busca e apreensão. "Como companhia de capital aberto, com milhares de acionistas no Brasil e no exterior, o grupo repudia veementemente rumores envolvendo o seu nome sem nenhum embasamento", declarou no comunicado.

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje uma nova etapa da Operação Acrônimo, em São Paulo e Brasília e um dos alvos de busca é o empresário Elon Gomes, sócio minoritário da Aliança Administradora de Benefícios de Saúde. A Qualicorp é detentora de 75% do Grupo Aliança.

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Em 2012, a companhia de planos de saúde por adesão havia comprado 60% da Aliança e aumentou a fatia detida na empresa em 2014. Elon Gomes de Almeida é o fundador da Aliança e, após as negociações com a Qualicorp, permaneceu comprometido com o negócio, detendo 25% da empresa e continuando a exercer as suas funções de diretor presidente, conforme notificou a própria Qualicorp em fato relevante na época.

Ainda no comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Qualicorp esclareceu que tanto o grupo quanto a Aliança "nunca pleitearam qualquer tipo de financiamento público ou obtiveram recursos públicos para a realização de suas atividades, uma vez que estas dependem diretamente de usuários contratantes de planos de saúde."

A operação hoje da PF não envolve a empresa, somente o executivo. Segundo o advogado Eduardo Toledo, as buscas foram feitas na residência do empresário em Brasília, onde foram recolhidos extratos bancários, computador e telefone celular. O criminalista afirmou ainda que não conhece os termos do mandado de busca e apreensão na casa de seu cliente, porque o STJ colocou sigilo por 24 horas.

A Acrônimo foi desencadeada em maio e investiga irregularidades de campanha e suposto recebimento de propina pelo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT-MG), quando ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Tem também como alvos a primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, e o empresário Benedito Rodrigues, colaborador de campanhas de Pimentel e suspeito de desviar recursos de contratos do governo federal com suas empresas.

Operadores lembraram que, na época do início da operação Acrônimo, a Qualicorp chegou a ser citada na imprensa, mas negou que tenha havido uma operação de busca e apreensão em seus escritórios ou na casa de seu principal acionista, José Seripieri Filho. Naquele dia, 29 de maio, as ações caíram 19,66%.

Um dos alvos da nova etapa da Operação Acrônimo é o presidente da Aliança Administradora de Benefícios de Saúde, Elon Gomes, que possui 40% das ações da empresa. Os outros 60% pertencem à Qualicorp Administradora de Benefícios S. A. A ação da PF não envolve nenhuma das duas empresas, somente o executivo.

Deflagrada nesta quarta-feira (16), a operação que ocorre em São Paulo e em Brasília, cumpre mandados de busca e corre em sigilo decretado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Segundo o advogado Eduardo Toledo as buscas foram feitas na residência do empresário em Brasília, onde a PF recolheu extratos bancários, computador e telefone celular. O criminalista afirmou ainda que não conhece os termos do mandado de busca e apreensão na casa de seu cliente porque o STJ colocou sigilo por 24 horas.

Elon Gomes já foi alvo da Acrônimo, em outra etapa, na ocasião ele foi afastado do conselho de administração da Aliança, porém continua na presidência. Ele é suspeito de ter repassado dinheiro, por meio da empresa Support Consultoria, para Benedito de Oliveira Neto, o Bené, suposto operador do governador Fernando Pimentel, durante a campanha do governo de Minas Gerais em 2014.

Os recursos repassados pela Support Consultoria no total de R$ 750 mil foram pagos a duas consultorias Brigde e BRO. Essas empresas, conforme a PF, são de fachada. Elas também teriam sido usadas, segundo o inquérito da Acrônimo, para a venda de portarias que favoreciam montadoras de veículos no Ministério do Desenvolvimento.

A Acrônimo investiga irregularidades de campanha e suposto recebimento de propina pelo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT-MG), quando ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A Acrônimo, desencadeada inicialmente em maio, tem também como alvos a primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, e o empresário Benedito Rodrigues, colaborador de campanhas de Pimentel e suspeito de desviar recursos de contratos do governo federal com suas empresas.

Pimentel é investigado por receber vantagens indevidas de empresas que mantinham relações comerciais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vinculado ao ministério do desenvolvimento, que ele comandou de 2011 a 2014.

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