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O Cemitério de Santo Amaro, situado na área central do Recife, ficou bastante movimentado na manhã desta sexta-feira (2), Dia de Finados. Milhares de pessoas foram ao local prestar homenagens e deixar flores tanto para os entes queridos como também para nomes marcantes que, por curiosidade ou não, chamam a atenção.

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Um dos túmulos mais visitados é o do cantor Chico Science, que faleceu há 15 anos. A mãe, Rita Marques, de 72 anos, e o pai do músico, Francisco Luiz de França, 82, estavam no local. Dona Rita falou da felicidade de tê-lo tido como filho. “Saber que as pessoas continuam vindo aqui é muito bom, pois vejo que ele continua vivo, na visão e nos corações daqueles que o amavam. É muito gratificante saber que ele fez o mundo inteiro cantar,” falou Dona Rita.

No entanto, para ela, ir ao local onde o filho foi enterrado é uma rotina mensal, e não exclusivo da data em questão. “Por que não é obrigação. É coisa de mãe! Para mim parece que ainda foi uma coisa recente. Sinto muita saudade dele, mas nunca me desesperei. Essa saudade nunca vai morrer, só quando eu for pra junto dele”, disse, emocionada.

Outro túmulo bastante procurado é o da "Menina Sem Nome", que estava repleto de visitantes - assim como em todos os anos -, alguns agradecendo os pedidos alcançados, outros apenas acendendo uma vela para ela também, já que foram homenagear seus parentes. O caso da "Menina Sem Nome", que foi encontrada morta nos anos 1970 no bairro do Pina e nunca foi idenficada, engrandece o sentido de devoção e de fé no Dia de Finados. Considerada por muitos como um anjo, seu túmulo atrai curiosos e devotos e muitos acreditam que podem alcançar milagres através de presentes doados e velas acesas - é possível ver cadernos infantis, bonecas e doces em seu túmulo.

No local onde foi enterrado o ex-governador Miguel Arraes também havia bastante gente. Para o aposentado José Rosa de Santana, de 67 anos, o político simbolizou a mudança na vida dele. “Antes de ele entrar o salário era muito pequeno e mal dava pra comer. Depois foi que a gente pôde comprar rádio, TV,” explicou o aposentado, que mora no Recife mas, na época, era agricultor em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

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