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Após deixar o palco de um Classic Hall lotado de apoiadores neste domingo (31), a candidata ao Governo de Pernambuco Marília Arraes (Solidariedade) repercutiu, junto à imprensa, questões relacionadas à consolidação da convenção que oficializou sua candidatura, e também os próximos passos da campanha que pretende expandir seu lugar no pleito pelo Executivo estadual.  

Diferentemente dos seus adversários, Marília retornou com um discurso mais brando e não fez críticas diretas ao PSB em Pernambuco. A ex-deputada federal utilizou dados sobre a fome e o desemprego no estado para justificar a sua popularidade e a descrença da população na gestão atual. Por outro lado, voltou a mencionar que supostas estratégias antigas de ataque à sua imagem (em referência à corrida municipal contra João Campos, em 2020), voltaram a acontecer. 

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“O que os adversários falam é direito deles, eu vou respeitar esse direito e defender que digam o que quiserem. [...] O grande desafio é a gente conquistar, a cada dia, mais um. Mais uma mente, mais uma consciência, mais um coração”, disse a candidata, inicialmente. 

Perguntada mais uma vez sobre as críticas entre os socialistas e mesmo entre os demais candidatos, que criticam a constante associação ao nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), voltou a dizer que não encara a oposição de forma negativa e que não deve seguir os mesmos padrões estratégicos. 

“O discurso de ódio foi uma prática deles na última campanha e, na minha opinião, é um desrespeito ao povo, acima de tudo. No que depender de mim, a nossa campanha vai ter muito respeito aos nossos adversários. E vamos querer também o respeito às nossas opiniões, mas principalmente respeito à opinião do povo. Vamos lutar contra todas as perseguições, por gente que queria estar aqui, mas está sendo perseguida em suas cidades, em seus estados, assim como artistas que estão sendo perseguidos, como a própria Lia de Itamaracá, que teve os seus shows cancelados após declarar apoio a mim. Essas pessoas estão sendo oprimidas por quem acha que manda na vontade do povo”, continuou. 

‘A mulher guerreira de Arraes e Lula’ 

O ex-governador de Pernambuco, um dos mais bem avaliados da história do país, e também avô de Marília, Miguel Arraes, faz parte do novo jingle e vídeo de campanha da pernambucana. O familiar divide o palanque da candidata com Lula, que mesmo não apoiando publicamente a campanha da ex-petista, é um dos principais pilares de seu discurso. 

“A associação Marília-Lula é natural, porque é um posicionamento que eu tive por toda a minha vida. É quem eu defendo, é quem eu acredito que é o melhor para o Brasil, e é isso que a gente quer: é fazer o presidente Lula ser eleito com o maior percentual de votos que ele vai ter no país. Essa é a disputa, e não a de quem é ou não é o candidato de Lula”, disse. 

O legado de Arraes foi abordado através do Programa Chapéu de Palha. A promessa não é nova: no ano passado, Marília já prometia que faria uma releitura da política pública criada por Miguel Arraes, na década de 1980. “O Chapéu de Palha é um programa muito importante, porque foi um dos primeiros programas sociais de transferência de renda no Brasil. A gente precisa reeditar, modernizar, adaptar o Chapéu de Palha para os novos tempos, inclusive, levando para a cidade a oportunidade de empreendedorismo, de acesso ao microcrédito e de qualificação profissional. Assim como na zona rural, para que os trabalhadores tenham mais acesso à assistência técnica, para que tenham também um reforço, para passar por períodos mais difíceis, ainda mais hoje, com o desenvolvimento estancado”, comentou Marília, ao LeiaJá

A candidata, no entanto, demonstrou não ter interesse em basear sua campanha no legado de terceiros, mas utilizar o seu histórico político para um melhor entendimento do público sobre os seus ideais. “Nós estamos com novas ideias e com um novo jeito de caminhar, mas é necessário olhar para trás e saber de onde a gente veio, o que a gente representa, mas também é importante olhar para o futuro, pensar em qual estado vamos entregar aos nossos filhos. Diferente do que 'eles' têm feito, que é somente um monte de acordos, visando apenas ganhar a eleição”, completou. 

Por fim, disse que está positiva sobre a campanha até outubro e que, mesmo liderando as pesquisas, não as utiliza como parâmetro de sucesso. Para Marília, só quem se importa com as pesquisas é quem está “atrás”. “Não olho para pesquisas. A gente está liderando hoje, mas eu não olho para elas. Olho para Pernambuco, para os desafios que a gente tem. Pesquisas são detalhes, são notícias que são dadas, e a gente não se guia por elas”, concluiu. 

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O filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, o engenheiro de 26 anos Pedro Campos (PSB), vem como a principal aposta do PSB como "puxador de votos" para as eleições desse ano para deputado federal. Além de ser formado em engenharia civil, Pedro também seguiu um roteiro similar ao de Eduardo e do seu irmão, o prefeito de Recife Pedro Campos (PSB), trabalhando na Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), onde ficou até 2021.

Em novembro de 2021, o governador Paulo Câmara o nomeou para o cargo de gerente de Projetos Especiais, da Secretaria de Planejamento e Gestão. Sua pré-candidatura para deputado federal foi confirmada pelo seu irmão no mesmo mês. De lá para cá, Pedro tem participado ativamente das agendas do governador Paulo Câmara (PSB), pelo interior do Estado, para divulgação das ações que integram o Plano de Retomada.

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Em suas redes sociais, ele compartilha esses momentos de forma humanizada, mostrando uma certa proximidade com a população. Recentemente, publicou um vídeo jogando futebol de mesa com alguns moradores do alto José Bonifácio. Além de publicar conteúdos em datas como dia da conscientização do autismo, dia nacional do orgulho gay, dia das mulheres, entre outras. 

Roteiro de Miguel Arraes   

Segundo o cientista político Caio Souza, assim como o irmão, Pedro Campos está seguindo o legado do seu avô Miguel Arraes. "João Campos seguiu esse roteiro, e comenta-se que Pedro Campos goza de ainda mais carisma e oratória pra angariar ainda mais eleitores e perpetuar o nome de sua família em uma cadeira no Congresso Nacional. Arraes ficou conhecido pela sua proximidade para com a população, e feitos principalmente no interior, além de sua oposição ao regime ditatorial, legado que aparentemente tem sido bem gerido pelo grupo político do PSB e pela família Campos", avaliou.  

PSB e força de Eduardo

Sobre a grande força que o PSB tem em Pernambuco, Caio destacou a estratégia política usada para a família Arraes/Campos permanecer no poder.  "O ingresso na política pode até acontecer de forma inusitada, mas, se manter na política dependerá do potencial de articulação e construção de relacionamentos dentro do espaço político, além da construção de uma imagem perante a população. Arraes conseguiu capitalizar esses requisitos quando ainda vivo, conseguindo somar influência a nível nacional, capital político que também foi mantido por Eduardo Campos, o qual além de ter sido ministro, teve sua mãe e ex-deputada indicada para o TCU, cercou-se de lideranças, e fez a oposição em Pernambuco praticamente inexistir por um tempo. Todo esse capital político é hoje usufruído por seus filhos. Estratégia seria manter os espaços de influência político sempre dentro de um centro de decisão familiar e do grupo que construíram, explorando positivamente o legado de nome e ações dos que já passaram”. 

Eleições 2022 

O especialista acredita que Pedro Campos tem grandes chances de repetir o feito do pai e do irmão e se eleger deputado federal. "Pedro Campos pode ser o grande campeão de votos para deputado federal em Pernambuco, pelo seu carisma, legado da família, carta total do PSB e aliados, tendo agora seu irmão prefeito do Recife e com bons números de avaliação, o que pode desaguar em uma eleição certa, a esperar apenas se superará o número de votos do seu irmão, prima e da sua avó".  

O presidente Jair Bolsonaro (PL) revogou ao menos 25 decretos de pesar editados por seus antecessores, incluindo as decisões de luto oficial pelas passagens do ex-governador pernambucano Miguel Arraes e também do bispo Dom Hélder Câmara. O Planalto realiza um “revogaço” desde novembro, para promover uma limpeza de ordem jurídica. A medida consistiria em anular normas "cuja eficácia ou validade encontra-se completamente prejudicada", segundo o governo. 

Uma declaração do governo à Folha argumenta que a cada 100 dias o governo promove um "revogaço", com a finalidade de "racionalização, desburocratização e simplificação do ordenamento jurídico". "Trata-se de decretos já exauridos, que tiveram efeitos por determinado período [de luto]", disse a Secretaria-Geral da Presidência. 

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Essas normas perdem efeito após o período de luto, de acordo com a Executiva. "Portanto outras triagens continuam sendo feitas e, consequentemente, outros decretos de mesma temática serão incluídos em futuros projetos de consolidação por revogação de atos que já exauriram seus efeitos", completou a pasta. 

Saiba quais foram os decretos de luto revogados por Bolsonaro: 

• 14 de outubro de 1992, morte do conselheiro da República Severo Fagundes Gomes (decreto fora editado por Itamar Franco); 

• 13 de novembro de 1992, morte do doutor João Leitão de Abreu (decreto fora editado por Itamar Franco); 

• 5 de agosto de 1993, morte do rei Balduíno I, do reino da Bélgica (decreto fora editado por Itamar Franco); 

• 18 de setembro de 1995, morte de Antônio Marques da Silva Mariz (decreto fora editado por Marco Maciel, ex-vice-presidente); 

• 6 de novembro de 1995, pela morte do ex-primeiro-ministro de Israel Yitzhak Rabin (decreto fora editado por Luís Eduardo, da área do Itamaraty); 

• 18 de fevereiro de 1997, morte do ex-senador Darcy Ribeiro (decreto fora editado por FHC); 

• 4 de junho de 1997, morte de Pio Gianotti (decreto fora editado por FHC); 

• 20 de abril de 1998, morte do ex-ministro das Comunicações Sergio Roberto Vieira da Motta (decreto fora editado por FHC); 

• 22 de abril de 1998, morte do ex-líder do governo na Câmara e ex-presidente da Câmara Luis Eduardo Maron de Magalhães (decreto fora editado por Marco Maciel); 

• 16 de julho de 1999, morte do ex-ministro do Trabalho e Previdência Social André Franco Montoro (decreto fora editado por FHC); 

• 30 de agosto de 1999, morte do ex-arcebispo de Olinda e Recife dom Helder Pessoa Câmara (decreto fora editado por FHC); 

• 16 de julho de 2000, morte do ex-governador de Pernambuco Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho (decreto fora editado por FHC); 

• 10 de outubro de 2001, morte de ex-ministro do Planeamento Roberto de Oliveira Campos (decreto fora editado por FHC); 

• 6 de agosto de 2003, morte do ex-jornalista Roberto Marinho (decreto fora editado por Lula); 

• 19 de agosto de 2003, pela morte do ex-secretário-geral das Nações Unidas para o Iraque Sérgio Vieira de Mello (decreto fora editado por Lula); 

• 20 de novembro de 2004, morte do ex-economista Celso Monteiro Furtado (decreto fora editado por Lula); 

• 13 de agosto de 2005, morte do ex-deputado federal e ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar (decreto fora editado por Lula); 

• 2 de outubro de 2006: morte das vítimas do acidente aéreo da Gol rota Manaus-Brasília  (decreto fora editado por Lula); 

• 30 de abril de 2007, morte do ex-jornalista Octavio Frias de Oliveira (decreto fora editado por Lula); 

• 17 de julho de 2007, morte das vítimas do acidente aéreo da TAM, rota Porto Alegre-São Paulo (decreto fora editado por Lula); 

• 20 de julho de 2007, morte do ex-senador e ex-deputado federal Antônio Carlos Magalhães e dos ex-deputados Júlio Cesar Redecker e Nélio Silveira Dias (decreto fora editado por Lula); 

• 11 de setembro de 2007, morte do ex-governador de Roraima Ottomar de Souza Pinto (decreto fora editado por Lula); 

• 1º de setembro de 2009, morte do ex-ministro do STF Carlos Alberto Menezes (decreto fora editado por Lula) 

 

Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) apresentou um requerimento de "voto de repúdio" contra o ex-prefeito de Ferreiros, Bruno Japhet (MDB), por ter - segundo Lessa - jogado no lixo a estátua do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes. 

O deputado pessebista aponta que um grupo de trabalhadores rurais foram os responsáveis por encontrar, em um matagal, a imagem de Arraes. "O ex-prefeito não respeitou a história de Arraes em Ferreiros, pois foi ele quem criou a cidade, que era distrito de Itambé, chamado Carrapateiras, em 1963", revela Aluísio. 

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Lessa diz acreditar que a estátua de Miguel foi jogada fora como uma tentativa do ex-prefeito de Ferreiros vingar a sua derrota para José Roberto (PSB), que elegeu-se prefeito da cidade no ano passado. 

Segundo o Jornal do Commercio, o deputado quer que o governador Paulo Câmara (PSB), a ministra do Tribunal de Contas da União e filha de Arraes, Ana Arraes e os outros familiares do ex-governador tomem conhecimento sobre a nota de repúdio apresentada por ele.

A deputada federal Marília Arraes (PT) apresentou na Câmara dos Deputados a proposta para criar o Programa Chapéu de Palha Nacional.  A data escolhida para apresentar o projeto, nesta sexta-feira (13), marca os 16 anos da morte do ex-governador Miguel Arraes, avô da parlamentar.

Inspirado no Programa Chapéu de Palha, criado por Arraes, o programa apresentado por Marília tem o objetivo de conceder um benefício de até R$ 300 por família rural cadastrada, além de oferecer cursos de alfabetização e de capacitação nas áreas de saúde preventiva, meio ambiente, geração de renda, economia familiar e reforço alimentar. Além dos trabalhadores rurais, o programa contempla agricultores familiares, pescadores artesanais, marisqueiros, trabalhadores da cana-de-açúcar e da fruticultura irrigada.

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"Estender esse programa para combater os efeitos do desemprego, sazonal ou não, aos trabalhadores espalhados pelo país é essencial para aumentar as estratégias de combate à pobreza extrema", declarou Marília.

A deputada destaca os dados do Cadastro Único para Programas Sociais, que aponta que cerca de 13,2 milhões de brasileiros que vivem no meio rural lutam contra a situação de pobreza ou de extrema pobreza. As regiões Norte e Nordeste abrigam 82% dessas famílias, sendo 8% desse número em Pernambuco.

Criado na década de 1980, o Programa Chapéu de Palha tem o objetivo de combater os efeitos do desemprego decorrentes da entressafra da cana-de-açúcar e da fruticultura irrigada e das condições adversas na pesca artesanal.

Mais um familiar decidiu agitar a disputa entre primos pela Prefeitura do Recife. Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, afirmou que a prima Marília Arraes (PT) é a verdadeira sucessora de Miguel Arraes e que o PSB, partido do sobrinho João Campos, tem a “traição” como marca. 

Integrante do PRTB, sigla do vice presidente Hamilton Mourão, embora bolsonarista, o atual gestor da Fundação Joaquim Nabuco mostrou apoio à candidata do PT, em entrevista ao Globo. "Se votasse no Recife, embora tenha grandes discordâncias com o PT, votaria na pessoa de Marília Arraes, em homenagem ao meu avô, Miguel Arraes", disse Antônio, que cumpre as obrigações eleitorais em Olinda.

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A petista representa o legado do ex-governador Miguel Arraes, segundo o primo, pela "semelhança de ideias e postura". "A eleição do Recife não é uma briga de família. É uma briga de valores e de projetos. É a visão política de Arraes contra a visão pragmática do PSB, pós Eduardo. A eleição de Marília repara uma grave injustiça, reacende de forma correta o legado de um homem justo, Arraes", comparou.

Distante da família desde o acidente aéreo que matou o irmão Eduardo, em 2014, Antônio entende que, para o PSB, a perda deixou um "vácuo enorme de comando de poder" e acusa a ex-cunhada e mãe de João, Renata Campos, de reger o partido de forma oculta e autoritária. "Renata Andrade Lima (Renata Campos, mãe de João Campos) tem um projeto de poder que exclui qualquer pessoa que não se submeta aos seus caprichos e que não seja por ela comandado [...] Ela, com Geraldo Julio, é o núcleo do poder, no Recife e mesmo no Estado", analisou.

Atual oposição aos socialistas, em 2016, ele chegou a se candidatar a prefeito de Olinda pelo partido, mas foi derrotado nas urnas para Lupércio (Solidariedade). "Havia resistência do PSB estadual, ante receio de se criar uma nova liderança. Estive com o governador Paulo Câmara e disse que se havia incômodo, poderia concorrer por outro partido. Ele pediu para que permanecesse no PSB. Disse também que teria apoio do partido. Não esperavam que eu chegasse ao segundo turno e, nessa fase, intensificaram, sem cerimônias, um forte trabalho para me derrotar eleitoralmente. Fui traído e perseguido. A marca do PSB em Pernambuco é a traição", expressou.

Na sua visão, "é bom para a Democracia que haja alternância de poder", por isso reforça que o melhor para a capital pernambucana seria eleger Marília. "O PSB está com fadiga de material e o Recife está com ventos de mudança. As bandeiras políticas do histórico PSB foram trocadas por uma visão muito pragmática da política e da vida", rechaçou.

Questionado sobre mais um fracasso da direita no Recife, o bolsonarista pontuou erros durante as campanhas na capital. "A divisão política foi o maior erro. O segundo erro foi a briga de Mendonça contra a Delegada Patrícia. Ele trabalhou para Marília, ao errar na estratégia", elencou.

Sobre a conjuntura nacional, Antônio elogiou a gestão Bolsonaro no quesito anticorrupção e minimizou as críticas ao presidente quanto o combate à pandemia de Covid-19. "Votei em Bolsonaro no segundo turno para presidente, tendo no primeiro turno votado em Álvaro Dias. Foi um voto de ruptura, para se criar um novo ciclo. Entendo que o Governo Bolsonaro tem feito avanços no Brasil. O maior inimigo da democracia é a corrupção. O Governo Bolsonaro tem sido combativo nesse assunto. O auxílio emergencial durante a pandemia tem salvado vidas. O presidente tem enviando verbas para os municípios e estados. Só para Recife, foram enviados R$ 3 bilhões para o combate à Covid-19. Infelizmente, várias aquisições da Prefeitura do Recife, na gestão de Geraldo Julio (PSB), têm sido alvo de questionamentos, processos e operações da Polícia Federal", criticou.

Agindo na defensiva durante todo o debate entre os candidatos ao comando da Prefeitura do Recife, nesta terça-feira (24), Marília Arraes (PT) fez uma comparação das acusações que vêm pesando sobre ela na semana antes do segundo turno, com o que chamou de “campanha de ódio” da qual o seu avô e ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, foi alvo. Em seu discurso, Marília pontuou que assim como o avô, ela tem uma vida limpa.

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“Arraes nunca faria uma campanha assim, muito pelo contrário. Arraes foi vítima de uma campanha de ódio muito parecida com a que estão fazendo comigo. E o tempo mostrou que ele não tinha que se justificar porque os culpados eram outros. Tenho uma vida limpa, de luta e trabalho pelo Recife. Agora o que a gente quer fazer pela cidade é perfeitamente possível”, declarou.

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A petista aproveitou o último bloco da discussão para dizer também que não era responsável pela gestão do seu correligionário e agora vereador, João da Costa – que concluiu a administração municipal mal avaliado. Ela mencionou o vereador recifense porque João Campos (PSB), seu adversário na disputa, rebateu questionamentos dela sobre a proposta dele de construir o Hospital da Criança lembrando o fato de ter sido João da Costa o responsável pelo fechamento da antiga unidade direcionada para a faixa etária no Recife.

“O candidato ficou citando João da Costa, tentando colocar ele no meu colo, mas no primeiro turno ele estava apoiando o meu adversário, assim como outras diversas pessoas, mas eles não aguentaram essa campanha baixa que estão fazendo”, frisou. João da Costa divulgou uma nota nessa segunda-feira (23) declarando apoio à Marília no segundo turno. A petista classificou a tática do pessebista como desespero. “Estamos virando o placar do jogo e, por isso, eles estão desesperados para não sair do poder”, afirmou.

Já João Campos, utilizou o último bloco do debate para afirmara que, na realidade, a campanha dele é que foi atacada desde o início da disputa. “Vocês acompanharam essa campanha, fomos atacados covardemente o tempo inteiro. Ganhamos mais de 60 ações. Jamais proferi a palavra para denegrir a imagem de ninguém. Tudo que falei nessa caminhada nunca ofendi ninguém. Estamos questionando sim um mandato parlamentar que é acusado de improbidade administrativa por contratação de funcionários fantasmas”, ressaltou.

A reta final da campanha no Recife tem deixado ainda mais evidente o apelo dos candidatos ao comando da capital pernambucana pelos seus padrinhos políticos. Dos nomes com maior evidência entre os postulantes, aparecem o do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Eduardo Campos. Mas qual tende a ser o peso real de cada nome desse no resultado das urnas no próximo domingo (15)?

Antes apenas cobiçado pelos prefeituráveis de direita e centro-direita, Jair Bolsonaro assumiu uma espécie de protagonismo na disputa no Recife depois que anunciou apoio oficial a delegada Patrícia Domingos (Podemos) no último fim de semana. Em quarto lugar nas intenções de votos, segundo o último levantamento do Ibope divulgado na segunda-feira (9), ela não perdeu tempo e logo viajou para Brasília na intenção de incorporar o mandatário nacional na sua campanha às vésperas do pleito. 

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Apesar da investida nitidamente intensa da candidata e da disponibilidade do presidente, a mesma pesquisa do Ibope também aponta que, no Recife, a popularidade dele não é tão boa assim. A gestão de Bolsonaro é considerada ruim ou péssima por 50% dos entrevistados e apenas 28% a avaliam como boa ou ótima - o que pode indicar que ele não é um bom atrativo de eleitores na capital pernambucana.

“O ponto em questão não é exatamente os votos que ela vai conquistar [com Bolsonaro no palanque], mas como ficará o saldo final após o apoio do presidente. Receio que ela vá perder mais do que ganhar, vai ser um saldo negativo e não foi um bom movimento, por uma série de razões”, ponderou o cientista político Arthur Leandro. 

“O presidente é mal avaliado na capital pernambucana e a redução no auxílio emergencial, além do horizonte do encerramento do benefício, causou descontentamento no eleitor que havia se aproximado dele. Perder mobiliza mais do que ganhar e esse descontentamento pode ser passado para a delegada Patrícia. Além disso, agora ela aparece vinculada a um presidente que é apontado por tentar interferir na Polícia Federal, a ideia de que vai acabar com a corrupção se juntando a Bolsonaro fica comprometida”, emendou o especialista, que ainda listou o fato do eleitor bolsonarista mais raiz não simpatizar com Patrícia.

“Com essa aproximação ela conseguiu desagradar todo mundo. Não foi bom, se ele fizesse esse movimento e ela não enfatizasse, apenas pontuasse que ele vem para somar, mas a sua  candidatura é contra a corrupção talvez o impacto não fosse tão grande. Na última pesquisa ela sofreu uma variação negativa, apostou as fichas em Bolsonaro e essa me parece uma manobra equivocada”, reforçou. 

O eleitor Lula e o palanque de Marília 

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

No outro campo da disputa, o da esquerda, a candidata Marília Arraes (PT) saiu da sutil marca petista do início da campanha - tão questionada por correligionários - para uma constante inserção e junção junto ao nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atrelado ao fato dela ser neta do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes. Com o mote “é Lula, é Arraes, é Marília Arraes”, ela se viu sair dos 14% de intenções de votos no início de outubro, segundo dados do Ibope, para 21% no último dia 9 - a uma semana da eleição.

“Ela testou isso primeiro, sutil e cautelosa com medo de herdar o desgaste do partido. [E depois de tornar mais perceptível a imagem de Lula] ela agregou sim e é a única candidata que vem se movimentando de forma ascendente [na pesquisa]. Ela precisa agora deixar mais clara sua diferenciação dos outros candidatos, para capitanear para si o sentimento de mudança não da questão ideológica, mas de quem não quer mais o PSB no comando da gestão municipal”, avaliou a cientista política Priscila Lapa.  

Contudo, apesar do crescimento registrado por Marília, na ótica de Arthur Leandro, por se tratar de um padrinho como Lula a ascensão poderia ter sido maior caso o ex-presidente não tivesse sofrido tanto desgaste nos últimos quatro anos. “Se imaginarmos Lula há quatro anos, por exemplo, o resultado do apoio seria ainda mais forte. Lula hoje não tem a influência política que tinha há quatro anos, ele não governa e de fato o poder político significa você ter a caneta na mão. O PT sofreu uma retração política nacional”, observou o estudioso. A petista está em segundo lugar nas pesquisas e, se as projeções forem confirmadas nas urnas, protagonizará um segundo turno contra João Campos (PSB).

João, a semelhança e o peso do pai

Do mesmo campo político da adversária e prima, o candidato do PSB tem reforçado nesta semana as inserções na TV em que aparece sendo assemelhado ao pai e ex-governador Eduardo Campos, falecido em 2014. No guia eleitoral dessa terça (10), por exemplo, uma mescla de imagens sinônimas dele e de Eduardo chamaram a atenção ao lado de um fundo musical que, entre outros pontos, salienta que sua escola política veio “de casa”. 

O mesmo é pontuado em uma das inserções que vem sendo compartilhada nas redes sociais e na televisão, com recortes de momentos vividos pelo ex-governador, morto durante a campanha presidencial há seis anos, e agora não coincidentemente pelo filho. A postura da campanha destoa um pouco da inicial, quando João, mesmo já sendo atrelado ao pai e ao bisavô Miguel Arraes, mostrava-se mais independente, apesar de ter bebido na fonte tradicional da política familiar.   

Para a cientista política Priscila Lapa, com a estratégia de construir uma identidade própria e mostrar sua capacidade de gestão nos primeiros momentos de guia e de campanha, agora ele tenta consolidar algum diferencial entre ele e Marília Arraes. “Isso ficou muito claro e agora, como ele se consolida na dianteira, e Marília é sua adversária direta na disputa de votos nesse segmento, e ela usa com mais força a imagem de Miguel Arraes,. ele parte para mostrar um alinhamento mais claro [com o pai] para consolidar sua dianteira junto a esse eleitorado que vem identificando na candidatura de Marília Arraes uma tradição de esquerda”, salientou a estudiosa. 

Com Eduardo Campos em evidência na campanha de João, fica ainda mais clara a ausência do prefeito do Recife, Geraldo Julio, e do governador Paulo Câmara, seus correligionários. 

“João Campos não se apresenta como candidato do governo, mas como o candidato de Eduardo Campos e de Arraes. O governo municipal e o estadual também tem um problema de popularidade. E há um desgaste do PSB”, apontou Arthur Leandro, citando que um dos desafios da campanha de João foi passar para o eleitor que, apesar de Geraldo e Paulo, ele representa uma mudança que pode trazer para a o Recife os “ventos de prosperidade que o Estado viveu com o governo de Eduardo”. “A  campanha dele  tem surtido os efeitos pretendidos e isso deve afastar a oposição mais à direita de uma disputa no segundo turno”, completou. 

O impacto de um padrinho de peso

Na avaliação dos cientistas, a disputa municipal reúne diversos fatores locais como capacidade de gestão e solução de problemas, mas o tipo de patrono que sobe no palanque também é de grande peso. “Faz a diferença. Por exemplo, quando você tem uma conjunção de fatores de presidente e governador apoiando, a tendência é que esse candidato seja imbatível”, projetou Arthur Leandro.

“Essa questão do apadrinhamento é importante e isso já ficou claro em outros momentos na disputa municipal, quando Lula gozava de muita popularidade e o próprio Eduardo Campos administrava o Estado, agregava. Mas uma eleição municipal é composta por diversos fatores. Existe um elemento de capacidade de gestão e solução de problemas que termina sendo a grande lógica da escolha do candidato”, concluiu Priscila Lapa. 

Agora resta aguardar o registro dos votos dos recifenses, para obter a resposta concreta de quem é o afilhado político que leva a preferência na disputa.

*Foto de Patrícia e Bolsonaro - Divulgação/ Foto Eduardo e João - Reprodução do Youtube

O candidato a prefeito do Recife, Alberto Feitosa (PSC), fez duras críticas a Marília Arraes, na noite desse domingo (11), afirmando que ela estaria escondendo não só Lula, maior líder do seu partido, o PT, mas também o seu sobrenome Arraes. Segundo Feitosa, Marília tenta se desvincular da imagem do seu avô, Miguel Arraes, por ter implantando o comunismo e o socialismo em Pernambuco.

"Marília esconde Lula porque sabe que hoje ele é o pai da corrupção. Não só o Lula, mas todo o seu partido. Ela mudou as cores da camisa, da bandeira... Marília, você tem que se assumir! O que é pior, agora ela nega o nome da família tirando o nome Arraes, pois sabe o peso e a responsabilidade do que Miguel Arraes fez com todo o Nordeste, Pernambuco e Recife implantando o comunismo e o socialismo".

Feitosa prometeu que irá mudar a situação do Recife, pois fará como fez o presidente Jair Bolsonaro em Brasília e "Recife será verde e amarelo, forte e cristão!". 

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*Da assessoria de imprensa

O Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) traz, nesta sexta-feira (31), a aprovação de 12 projetos de lei que designam ícones estaduais como patronos de diversas causas, segmentos sociais e atividades. As homenagens foram iniciativas de alguns deputados que fizeram questão de destacar a atuação dessas pessoas nas áreas citadas.

Entre os agraciados, a radialista Graça Araújo foi nomeada patrona do Jornalismo, o ex-governador Miguel Arraes da Política e Dom Helder Camara dos Direitos Humanos.

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A lista ainda é composta por Mestre Vitalino Pereira dos Santos (Arte do Barro); Cacique Xicão Xukuru (Povos Indígenas); Solano Trindade (Luta Antirracista); Frei Damião de Bozzano (Romeiros e Romarias); Valdir Teles (Repente e Cantoria de Viola); Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba (Frevo); Ênio Lustosa Cantarelli (Cardiologia); Clarice Lispector (Literatura); e José de Souza Dantas Filho, o Zé Dantas (Compositores da Música Regional Nordestina).

Os textos foram aprovados na última sessão de autoconvocação extraordinária, realizada nessa quinta-feira (30). Autor das homenagens aos compositores Capiba e Zé Dantas, o deputado Tony Gel (MDB) destacou a importância deles, respectivamente, para a maior festa popular de Pernambuco (Carnaval) e nas composições mais líricas consagradas na voz de Luiz Gonzaga. Antonio Fernando (PSC), por sua vez, elogiou a iniciativa de Clodoaldo Magalhães (PSB) de reverenciar Frei Damião, religioso italiano da Ordem dos Capuchinhos que se radicou em Pernambuco e promoveu peregrinações por todo o Nordeste. 

O presidente do PSB nacional, Carlos Siqueira, participou, na tarde desta sexta-feira (24), de um debate on line com os membros do partido, onde declarou que o deputado federal João Campos (PSB) não será prefeito do Recife por ser filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. “Ele será prefeito por ser um jovem dedicado, uma pessoa séria e correta. Eu tenho conversado muito com ele ultimamente e verifico a maturidade dele”, declarou Carlos.

Pesquisas recentes colocam a prima de João Campos, Marília Arraes (PT), como a preferida dos recifenses para ocupar o comando da capital pernambucana. Mesmo assim, o presidente do PSB está confiante na vitória no Recife e de outros candidatos.

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“É importante que essa vitória se estenda ao Agreste, Sertão, Zona da Mata e todas as regiões do nosso Pernambuco e que ela se dê de uma forma mais qualificada”, pontua Siqueira.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), parabenizou o seu partido pelos 72 anos de trajetória e lembrou os principais marcos de atuação a sigla em todo o Brasil.

Através de seu perfil no Twitter, Câmara afirmou que o PSB luta pelas liberdades individuais e pela educação. “O PSB comemora 72 anos e segue na defesa intransigente das liberdades individuais e das transformações pela educação. O lema ‘Socialismo e liberdade’ nunca esteve tão atual. Seguimos firmes no combate à exploração, autoritarismo e desrespeito aos direitos do povo”, comentou.

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O governador pernambucano também mencionou a importância de lutar por direitos nos dias atuais. “Mais do que nunca, o momento é de direcionar a experiência do partido para essas lutas, permanecendo ativos e vigilantes para que os ideais socialistas avancem, lutando pela construção de um futuro melhor para Pernambuco e para o Brasil”, disse.

Ainda em sua publicação, Paulo Câmara lembrou dos principais nomes que já passaram pelo PSB. “Hoje é dia de saudar a memória de tantos expoentes que levaram adiante as nossas lutas em favor da população mais sofrida – os ‘descamisados’, como bem definiu o nosso eterno governador Arraes”, mencionou.

“Viva Miguel Arraes, Eduardo Campos, Ariano Suassuna, Francisco Julião, Pelópidas Silveira, Barbosa Lima Sobrinho, João Mangabeira, Antônio Cândido, Hermes Lima, Evandro Lins e Silva, Adalgisa Nery, Antônio Houaiss, Jamil Haddad! Parabéns a todos que fazem o partido!”, finalizou o governador.

O deputado federal João Campos (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (10), que o texto da reforma da Previdência em análise na Câmara dos Deputados é uma “covardia” com a população mais carente. Além disso, para o parlamentar pernambucano a proposta “já nasceu de forma errada”. 

“Não estamos falando que punir apenas o aposentado, vamos criar uma catastrofe economica, o dinheiro vai circular de maneira reduzida nos municípios. O governo erra ao vincular essa reforma ao emprego. Não vai gerar emprego, muito pelo contrário. Fazem isso para tentar ter apoio popular, usando os mais de 15 milhões de desempregados do país. Isso é covardia”, observou João, em discurso na Câmara. 

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Filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em 2014, João também mencionou o pai e o avô durante a fala para endossar o fechamento de questão do PSB contra a reforma. 

“Como é que Miguel Arraes e Eduardo Campos votariam se estivessem aqui? Ao lado do povo. Nosso partido nunca negou a necessidade de se fazer uma reforma no sistema previdenciário, mas essa reforma esta errada. O governo equivocou, colocou demais aonde não precisava. Nós não vamos cometer o equívoco de colocar nossa digital nessa reforma”, afirmou.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu o gasto de  R$ 1,8 milhão da Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) para a compra de livros em homenagem ao ex-governador Miguel Arraes. A aquisição dos quatro mil livros aconteceu sem licitação no fim do ano passado. A decisão foi da conselheira Teresa Duere, relatora das contas da Alepe no TCE, atendendo a um pedido de medida cautelar feito pelo Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO).

O primeiro-secretário da Alepe, deputado Diogo Moraes (PSB), autorizou a compra em 21 de dezembro do ano passado, mas curiosamente a dispensa só foi publicada no Diário Oficial em 27 de dezembro, entre o Natal e o Ano Novo, quando a Casa Joaquim Nabuco e o próprio TCE estavam em recesso de fim de ano.

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A editora contratada foi a Canaã, com sede em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Os quatro mil livros seriam distribuídos em um "kit-box" com dois livros, ao custo unitário de R$ 456 cada, segundo o empenho oficial da despesa, publicado no site TomeConta do TCE.

A medida cautelar foi expedida nessa quarta-feira (9), suspendendo a realização da despesa. O MPCO, ao pedir a suspensão da compra sem licitação, alegou o "momento de crise que vive o país e o Estado de Pernambuco".

"Em primeiro lugar, registra este membro do MPCO que o Governador Miguel Arraes, por toda a sua história e biografia, é merecedor de todas as homenagens em Pernambuco, no Brasil e no mundo. O MPCO, contudo, coloca à Relatora a pertinência de um gasto tão elevado em livros para realizar uma homenagem, em um momento de tanta crise financeira no país e também no Estado de Pernambuco. Afinal, está se tratando de quase R$ 2 milhões em livros para serem distribuídos como homenagem", argumentou o procurador Cristiano Pimentel, do MPCO, ao requerer a suspensão.

O MPCO apontou que havia risco de "dano irreparável", pois os recursos já tinham sido empenhados, ou seja, separados pela gestão da Assembleia para serem pagos a empresa. "Pagar R$ 456, na média, por cada um dos livros, parece um tanto caro. Até nas grandes livrarias é difícil achar um livro tão caro", justificou o procurador Cristiano Pimentel.

A relatora Teresa Duere, em seu despacho, disse que a matéria não é nova, pois em 2016 a Assembleia tentou fazer a mesma contratação. Segundo ela, na ocasião, os auditores do TCE também pediram a suspensão da despesa, em cautelar. A medida não foi dada, pois o então presidente da Assembleia, Guilherme Uchôa (PSC), falecido ano passado, comprometeu-se por ofício a cancelar a despesa.

A relatora requisitou cópia de todo o processo de compra, para análise posterior dos auditores do TCE.

Foi sancionada, nesta quarta-feira (26), a Lei 13.719/2018 que inclui o nome de ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005) no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. A nova legislação é oriunda de uma proposta apresentada pelo deputado federal Tadeu Alencar (PSB), em 2016. 

Apesar de cearense, Miguel Arraes de Alencar fez carreira política em Pernambuco. Ele foi prefeito do Recife, deputado estadual e federal, além de governador do Estado por três vezes (1963-1964, 1987-1990, 1995-1998), tendo o primeiro mandato destituído pela ditadura militar, em 1964.

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O Livro dos Heróis e Heroínas fica no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, e guarda a memória de personagens importantes da história do Brasil. Nele estão registradas figuras como Dom Pedro I, Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Ana Néri, Joaquim Nabuco e Alberto Santos Dumont.

Acesse a série de reportagens do LeiaJá sobre o centenário de Miguel Arraes, celebrado em dezembro de 2016:

--> Miguel Arraes: o político que conquistou o povo

--> Magdalena Arraes: saudade, memórias e herança

--> Chapéu de Palha: o programa que marcou governo Arraes

--> Krause: obstinação de Arraes podia ser vista como teimosia

--> Um sertanejo desconfiado

 --> Exílio: a lembrança mais marcante do avô

Candidato à reeleição, o governador Paulo Câmara (PSB) cumpriu agenda nesse domingo (16) na Região Metropolitana do Recife (RMR). Após caminhar por Bonança, em Moreno, o pessebista fez questão de reforçar a tese de que ele está do “lado que desenvolveu Pernambuco” citando os ex-governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

"Somos o lado de Miguel Arraes, de Eduardo, de Lula e de Fernando Haddad. O outro lado é o da Turma do Temer, que aumentou a conta de luz, o gás de cozinha, a gasolina e ainda queria acabar com aposentadoria dos brasileiros", alfinetou o governador, aguçando ainda mais a polarização criada entre ele e o principal palanque adversário de Armando Monteiro (PTB). 

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O contato corpo a corpo da campanha continuou pelo Cabo de Santo Agostinho, no bairro de Ponte dos Carvalhos. A assessoria de imprensa disse que no ato, Paulo reuniu cerca de 10 mil pessoas. 

No local, o governador parou a caminhada para cumprimentar a dona Cibele da Silva, mãe do intercambista do Programa Ganhe o Mundo, Wollace Felipe da Silva, que está estudando nos Estados Unidos. 

"A gente governa esse Estado para as pessoas. É para dar oportunidade a jovens pernambucanos, como o Wollace, de realizar seus sonhos através do seus esforços. E uma caminhada tão grande como essa, com tanta gente só mostra que o povo entende o que estamos fazendo. Vamos ganhar as eleições porque não podemos deixar esse lindo caminho que construímos se perder. E temos as pessoas, como a dona Cibele, ao nosso lado", afirmou Paulo Câmara, que esteve acompanhado nas duas agendas do candidato a senador Humberto Costa (PT).

Nesta segunda-feira (17), o governador concede entrevista à Rádio Olinda, às 9h, e às 12h30 participa de um almoço com o Grupo de Líderes Empresariais de Pernambuco (LIDE), na Imbiribeira, Zona Sul do Recife. 

Nesta segunda-feira (13), quando se completa quatro anos do acidente aéreo que culminou na morte do ex-governador Eduardo Campos e mais seis pessoas, o filho dele e candidato a deputado federal, João Campos (PSB), afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, que decidiu decidiu assumir a responsabilidade de levar adiante o legado do pai desde aquele 13 de agosto de 2014. 

“Há quatro anos, no momento difícil das nossas vidas, decidi dar um passo à frente e assumir, junto com o povo de Pernambuco, a responsabilidade de levar adiante o legado do meu pai. Hoje, 13 de agosto de 2018, me encontro em mais uma etapa da Rota da Esperança percorrendo os caminhos que o meu pai percorreu”, declara o político. 

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João ainda completa que Eduardo está vivo entre os pernambucanos. “É minha gente, Eduardo vive em cada projeto que criou pela educação em Pernambuco. Vive em cada mãe beneficiada pelo mãe coruja, e em cada pai de família beneficiado pelo chapéu de palha. Eduardo vive em cada abraço que a gente recebe e em cada vida que ele inaugurou na vida dos pernambucanos. Ele está vivo aqui entre nós”, diz. 

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Além de João, outros políticos lembraram do ex-governador nesta segunda-feira. Na página do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que era amigo de Campos, foi lembrado o "futuro" que o pernambucano teria na área. "Há quatro anos perdíamos um grande companheiro de vida e da luta política. Com a promessa de um futuro brilhante e apesar de ter nos deixado tão cedo, Eduardo Campos semeou um importante legado ao povo pernambucano e brasileiro. Eduardo Campos presente", diz a puplicação. 

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A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), disse nas redes que sentia saudade do líder. “Já são 4 anos de saudade desse amigo e líder. Era bonito de ver sua paixão pela política e dedicação pelo povo. Saudades do futuro que não deu tempo de construirmos juntos, Eduardo”, ressaltou. 

Ex-secretário do governo de Eduardo Campos, o candidato a deputado federal Milton Coelho (PSB) lembrou também da trajetória política do avô de campos, Miguel Arraes, falecido em 13 de agosto de 2005. 

“Esse 13 de agosto é ingrato. Neste mesmo dia, há 13 anos, perdemos o saudoso Miguel Arraes e, há quatro, o ex-governador Eduardo Campos nos deixava. Embora não estejam mais presentes fisicamente, seus legados e exemplos permanecem vivos na mente daqueles que querem fazer de Pernambuco um local cada vez melhor e mais digno para nossa população. Doutor Miguel foi fundamental na minha formação política, me ensinando como devemos ouvir as pessoas e que temos a obrigação de sempre lutar por quem precisa”, declarou.

“Eduardo esteve comigo em diversas caminhadas. Fui seu coordenador de campanha, assessor e secretário. Duas referências máximas que tenho na vida. Seus exemplos seguem sendo referência”, completou Milton Coelho.

O nome de ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes (1916-2005) pode ser incluído no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. Isto porque o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 136/2017, que prevê a inscrição na obra, foi aprovado pelo Senado na última quarta-feira (8) e agora segue para a sanção presidencial. 

"Miguel Arraes é um daqueles personagens da nossa história que honra o exercício da política. São inúmeras as iniciativas voltadas para valoriação popular nas instâncias governamentais e a marca da sua atuação política foi a luta pela democracia e o combate as gravissimas desiguldades sociais que marcaram o país", afirmou a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que foi relatora do texto na Casa Alta. 

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A proposta que homenageia Arraes foi apresentado pelo deputado federal Tadeu Alencar (PSB), em 2016. O Livro dos Heróis e Heroínas fica no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília, e guarda a memória de personagens importantes da história do Brasil.

Nele estão registradas figuras como Dom Pedro I, Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Ana Néri, Joaquim Nabuco e Alberto Santos Dumont.

História

Apesar de cearense, Miguel Arraes de Alencar fez carreira política em Pernambuco. Ele foi prefeito do Recife, deputado estadual e federal, além de governador do Estado por três vezes (1963-1964, 1987-1990, 1995-1998), tendo o primeiro mandato destituído pela ditadura militar, em 1964.

Saiba mais sobre o ex-governador acessando a série de reportagens do LeiaJá sobre o centenário de Arraes, celebrado em dezembro de 2016:

--> Miguel Arraes: o político que conquistou o povo

--> Magdalena Arraes: saudade, memórias e herança

--> Chapéu de Palha: o programa que marcou governo Arraes

--> Krause: obstinação de Arraes podia ser vista como teimosia

--> Um sertanejo desconfiado

 

--> Exílio: a lembrança mais marcante do avô

Assim que Eduardo Campos faleceu, em 2014, iniciou-se uma série de especulações sobre qual dos filhos seguiria os passos políticos do ex-governador de Pernambuco. Em fevereiro de 2016, o caminho para a ocupação do posto começou a ser trilhado por João Campos, filho mais velho do líder pessebista, ao assumir a chefia de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) - mesmo cargo ocupado por Eduardo durante o segundo governo de Miguel Arraes, de 1987 a 1990. 

Neste fim de semana, em ritmo de pré-campanha, João deu mais sinais de que seguirá o caminho de Eduardo ao fazer um giro pelo Sertão de Pernambuco e ser claramente ligado aos feitos do pai pelo Estado. Pré-candidato a deputado federal, ele visitou 11 cidades de sexta (17) a domingo (18), onde encontrou lideranças políticas, participou de eventos municipais e visitou feiras públicas.  

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“Encontrei com uma turma de peso e história política, lideranças que mantêm uma relação que vem desde Doutor Arraes. O meu pai, Eduardo Campos, deu continuidade a essas parcerias, e agora eu faço questão de manter essas amizades”, afirmou João, em publicação no Instagram. 

“Visitei 11 cidades desde a sexta-feira: Limoeiro, São José do Egito, Itapetim, Santa Terezinha, Quixaba, Ingazeira, Afogados da Ingazeira, Iguaracy, Buíque, Arcoverde e a própria Belém de Maria. Foram 1.300 km rodando as estradas, indo às feiras, encontrando os amigos, conversando com as pessoas e ouvindo delas quais são as principais demandas das regiões”, acrescentou em outro comentário sobre o giro pela região sertaneja.

O filho de Campos tem aproveitado essas andanças, inclusive, para fazer imagens que devem ser usadas na campanha. A candidatura de João vem sendo encarada como um dos trunfos do PSB para o pleito. A participação dele na disputa, esperam socialistas, também deve contribuir com a reeleição de Paulo Câmara com a ausência de Eduardo. João deve se desincompatibilizar da gestão em abril, prazo limite para quem ocupa cargo público se tornar apto a concorrer mandatos eletivos. 

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O advogado Antônio Campos (Podemos) ajuizou, nesta sexta-feira (3), um agravo recorrendo ao pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) contra a decisão do corregedor regional eleitoral, José Henrique Coelho Dias da Silva, que autorizou o uso da imagem do ex-governador Miguel Arraes pelo PSB. Para Campos, "há conflitos de interesses políticos da imagem de Arraes".

Presidente do Instituto Miguel Arraes (IMA), o irmão de Eduardo Campos ingressou com uma ação, em setembro, pedindo que a Justiça impedisse que o partido utilizasse registros do líder pessebista nas propagandas partidárias de rádio e televisão. O pedido foi indeferido na última quarta-feira (1º). Na decisão, o corregedor regional eleitoral disse que o uso do imagem teve "caráter informativo e histórico".

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"Entendo ainda que não houve intenção eleitoreira, nem desvirtuamento da propaganda eleitoral, pelo que não há elemento a justificar proibição genérica de sua utilização, o que, pelo entendimento reiterado desta Corte, configuraria censura prévia", justifica o magistrado. Agora o assunto será avaliado pelo Pleno do TRE. 

 

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