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Acusado de corrupção, o colombiano Enrique Sanz foi banido do futebol pela Fifa nesta terça-feira. O executivo teria infringido o Código de Ética da entidade quando ocupava o cargo de secretário-geral da Confederação de Futebol das Américas Central e do Norte e do Caribe (Concacaf).

De acordo com a Fifa, ele foi considerado culpado pelo Comitê de Ética independente da entidade por violar uma série de artigos do Código, todos envolvendo corrupção. Sanz teria participado de diversos esquemas de corrupção relativos a competições organizadas pela Fifa, Concacaf, Confederação de Futebol do Caribe e Conmebol entre os anos de 2012 e 2015.

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Pelas investigações, a entidade máxima do futebol mundial apurou que o colombiano infringiu o artigo 27 do seu Código de Ética - receber suborno e corrupção -, o que levou à decisão de suspensão definitiva de qualquer atividade relacionada ao futebol, seja na área esportiva ou administrativa, em nível nacional e mundial.

Além disso, Sanz recebeu como punição uma multa de 100 mil francos suíços, equivalente a R$ 417 mil. Segundo a Fifa, a suspensão tem início nesta terça-feira.

Com esta decisão, o colombiano de 45 anos segue o mesmo caminho do seu antecessor na secretária-geral da Concacaf. Chuck Blazer, que exerceu esta função entre 1990 e 2011, também foi banido do futebol após apuração interna da Fifa que apontou envolvimento com corrupção.

Também investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Sanz era o "coconspirador número três", em citação dos investidores norte-americanos. O colombiano nunca foi condenado pelas autoridades dos EUA, mas foi apontado como participante do esquema de corrupção quando ainda trabalhava para a Traffic USA, empresa de marketing esportivo também envolvida no caso, em 2012.

Pela acusação do Departamento de Justiça, Sanz teria recebido uma "caríssima pintura de uma galeria de arte de Nova York" como suborno.

O Comitê de Ética da Fifa anunciou nesta segunda-feira (1°) a suspensão do secretário-geral da Concacaf, o colombiano Enrique Sanz, que está impedido de exercer qualquer atividade relacionada ao futebol. A punição está relacionada ao escândalo de corrupção deflagrado na semana passada, mas a Fifa não explicou os motivos exatos da suspensão. Sanz não tem seu nome mencionado na investigação da Justiça norte-americana, mas sua descrição corresponde à de um "co-conspirador" envolvido em subornos na época em que era vice-presidente da Traffic USA.

Saez, que nasceu na Colômbia mas é cidadão norte-americano e cresceu em Miami, assumiu como secretário-geral da Concacaf em julho de 2012. Naquele ano, a empresa pagou 3 milhões de dólares a um dirigente de nome não revelado, vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo, pelo que acusa a Justiça dos EUA.

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Por conta dessa suspeita de suborno, o atual presidente da Traffic USA, Aaron Davidson, é o primeiro acusado que responde formalmente em uma corte dos Estados Unidos. Ele está suspenso na Fifa e na Liga de Futebol da América do Norte (NASL), do qual era presidente. O suborno gerou um contrato de 24 milhões de dólares para a empresa de Davidson, que adquiriu os direitos de transmissão das Eliminatórias da Copa.

Quando assumiu a secretaria-geral da Concacaf, Saez foi elogiado pelo presidente Jeffrey Webb, que disse, na ocasião, que Sanz era um profissional com "competência e integridade" para fazer uma limpeza geral na confederação.

Webb é uma das sete pessoas presas na operação da polícia da Suíça, à pedido da Justiça dos Estados Unidos, envolvidas no escândalo de corrupção. Na quinta-feira, a Concacaf anunciou o afastamento de Webb e de Eduardo Li, o líder da federação costarriquenha e candidato da Concacaf para integrar o Comitê Executivo da Fifa. Sanz recebeu uma licença.

O hondurenho Alfredo Hawit assumiu a presidência do organismo gestor do futebol na América Central, do Norte e no Caribe, e o norte-americano Ted Howard substitui Sanz nas funções administrativas.

A Traffic Sports USA tem sede em Miami e se dedica a promover eventos de futebol na América do Norte, América Central e no Caribe. Davidson é parceiro de J. Hawilla, fundador da Traffic, empresa de marketing esportivo. O brasileiro confessou quatro crimes à Justiça americana: extorsão, conspiração por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.

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