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Em forma de disco em sua juventude e ovais quando se tornam mais velhas, as galáxias são suscetíveis de mudar de forma durante sua vida, de acordo com uma equipe internacional de cientistas.

Ao observar o céu em sua forma atual e, em seguida, voltar no tempo usando os telescópios Hubble e Herschel, uma equipe de pesquisadores liderada por astrônomos da Universidade de Cardiff estabeleceu que uma grande parte das galáxias passaram por uma "metamorfose" desde a sua formação após o Big Bang.

Para o estudo, que foi publicado no Monthly Notices da Royal Astronomical Society, os pesquisadores observaram cerca de 10.000 galáxias em sua forma atual e as classificaram em dois grupos: galáxias espirais em forma de disco plano em rotação (como a nossa Via Láctea) e galáxias elípticas em forma oval, com estrelas que vêm e vão de forma irregular.

Graças aos telescópios Hubble e Herschel, os investigadores puderam, em seguida, voltar no tempo para observar as galáxias tais como eram logo após o Big Bang.

Os pesquisadores descobriram que 83% das estrelas em seus dias de juventude pertenciam a uma galáxia em forma de disco. Um número que cai para 49% nos dias atuais.

"Até agora tínhamos visto apenas casos particulares de transformação de galáxias espirais em galáxias elípticas", disse David Clements do Imperial College de Londres e co-autor do estudo.

"Este estudo mostra que este tipo de transformação não é excepcional, mas faz parte da história normal da evolução das galáxias", ressalta.

Duas teorias tentam explicar essas transformações. Para alguns cientistas, elas são o resultado da fusão de duas galáxias em forma de disco em uma única galáxia em forma oval. Uma fusão violenta causada pela gravidade e que destrói os dois discos, produzindo uma enorme pilha de estrelas.

Para outros, a transformação está ligada a um processo mais suave. As estrelas trancada em um disco moveriam-se gradualmente para o seu núcleo produzindo uma pilha central de estrelas, modificando gradualmente a forma da galáxia.

"Este estudo é um grande passo para a compreensão da evolução de galáxias. Ao usar alguns dos dados e das técnicas mais avançadas disponíveis, finalmente vamos começar a compreender os processos que moldaram o nosso universo", ressaltou Matthew Allen, membro da equipe e da Universidade de Cardiff.

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