Tópicos | estudo de caso controle

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estão trabalhando em um estudo de caso controle para investigar fatores de origem infecciosa, genéticos e ambientais relacionados com a epidemia de microcefalia, além da ligação com o zika vírus. Os detalhes do projeto foram repassados durante uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10).

A iniciativa será coordenada pelo Centro de Pesquisas da Fiocruz e deve começar a ser colocada em prática nos próximos 15 dias. As análises intermediárias serão realizadas entre seis a oito meses, mas pode ser possível obter dados preliminares nos três primeiros meses do estudo.

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Os trabalhos serão realizados em oito maternidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), principalmente nas que recebem o maior número desses casos. Serão realizados exames em 200 recém-nascidos com microcefalia e 400 bebês sem a malformação, logo após o parto. Os resultados serão comparados.

"Essa é a primeira etapa de um processo de avaliação de todos os potenciais fatores de risco conhecidos entre o grupo que tem a microcefalia e o sem a doença. Os fatores são tanto do ponto de vista genéticos em relação às famílias, e também fatores ambientais, comportamentais e de outros vírus que a mãe pode ter de uma forma passado para a criança", explicou a coordenadora representante do Ministério da Saúde, Celina Turchi Martelli.

Os bebês nascidos com microcefalia serão submetidos a exame de tomografia, protocolo colocado em prática atualmente. Os dois primeiros recém-nascidos do dia sem a malformação irão realizar ultrassom transfontanela. Em ambos os casos também serão coletados o sangue do cordão umbilical. A escolha das crianças que passarão pelos testes segue um protocolo já utilizado.

Os procedimentos só serão realizados a partir da autorização dos pais. “É importante deixar claro que esses exames não causam dados nenhum aos bebês. No caso da ultrassom não há radiação. O procedimento é feito através da fontanela da criança. Em relação às exposições ambientais serão investigados o uso de remédios, vacinas, inseticida, qualquer elementos que mãe tenha feito durante o período gestacional. Além de fatores familiares”.

No caso da mãe, também haverá a coleta do sangue, além do preenchimento de um questionário sobre os medicamentos consumidos, inseticidas colocadas na casa e casos de doenças genéticas na família. Todas as amostras serão processadas laboratorialmente para detectar ou não a presença do vírus.

O estudo piloto servirá para tentar caracterizar os casos e auxiliar no diagnóstico. Também serão avaliados os aspectos clínicos das ocorrências. “Por se tratar de um evento inusitado e desconhecido, tivemos que adaptar as metodologias já existentes. O estudo de caso controle é o mais adequado para respostas rápidas”.

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