Tópicos | exames psiquiátricos

O autor dos ataques a duas mesquitas na Nova Zelândia, nos quais morreram 50 pessoas no dia 15 de março, será submetido a exames psiquiátricos para a Justiça local saber se pode ou não levá-lo a julgamento, segundo informações oficiais divulgadas nesta quinta-feira (4).

O australiano Brenton Tarrant será examinado por dois especialistas para determinar "se está preparado para ser submetido a julgamento ou se é inimputável", ordenou o juiz Cameron Mander, da Alta Corte, numa breve audiência em Christchurch, cidade onde ocorreram os ataques, localizada na ilha sul da Nova Zelândia.

O atirador, de 28 anos, enfrenta 50 acusações de assassinato e 39 de tentativa de assassinato, informou nesta quinta-feira a polícia neozelandesa.

Tarrant ouviu a determinação do juiz através de videoconferência, pois está detido em Auckland (na ilha norte), isolado numa cela de um presídio de segurança máxima após a maior matança da história moderna da Nova Zelândia.

O criminoso, que se declara supremacista branco, permaneceu em silêncio durante toda a audiência, na qual não lhe foi exigido se declarar culpado ou inocente.

Vários familiares das vítimas estavam na corte para ver pela primeira vez o autor do massacre.

"Só quero ver o que tem a dizer, que tipo de sentimento tem, (sua) emoção, ver qual é sua reação, boa ou má", disse à Rádio Nova Zelândia Yama Nabi, cujo pai de 71 anos foi assassinado.

Tarrant ficará em prisão preventiva até a próxima audiência no tribunal, no dia 14 de junho.

Os investigadores não excluem outras acusações contra o supremacista branco, mas não revelaram quais poderiam ser. Especialistas dizem que podem estar relacionados com a qualificação do atentado como terrorista.

Em 15 de março passado, Tarrant matou 50 muçulmanos que estavam em duas mesquitas de Christchurch e transmitiu o ataque ao vivo através do Facebook.

Tarrant dispensou seu advogado após a primeira audiência, no dia 16 de março, o que levanta suspeitas de quer se defender sozinho e usar o julgamento como una plataforma de propaganda.

A imprensa está proibida de registrar qualquer tipo de imagem do acusado.

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