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A executiva nacional do Democratas anunciou nesta segunda-feira, 14, que optou pela expulsão do ex-presidente da Câmara e deputado federal Rodrigo Maia (RJ). Em nota, o partido informou que, "após garantir o amplo direito de defesa ao parlamentar, os membros da Executiva apreciaram o voto da relatora, deputada Prof. Dorinha". "A comissão nacional, à unanimidade de votos, deliberou pelo cometimento de infração disciplinar, e consequente expulsão do deputado", comunica o texto.

Os atritos entre Maia e o partido, presidido pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto, cresceram desde que a sigla decidiu apoiar para a sucessão de Maia na presidência da Casa o indicado pelo Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), no lugar de Baleia Rossi (MDB-SP). No mês passado, o deputado Arthur Maia (DEM-BA) havia indicado que a situação havia se tornado insustentável após fortes críticas de Maia ao dirigente da sigla. "Mesmo sendo expulso, Rodrigo Maia deverá perder o mandato, pois é óbvio que a agressão gratuita e grosseira contra o presidente do partido configura uma desfiliação indireta", declarou na ocasião Arthur Maia nas redes sociais.

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À época do pedido de desfiliação do partido, Maia se referiu a ACM Neto como "malandro baiano" e disse que "esse baixinho não tem caráter".

Considerando os meses recentes, Rodrigo Maia é a terceira autoridade a deixar o DEM: em maio, tanto o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, quanto o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciaram que se desligariam da sigla. Na sequência, Garcia anunciou a filiação ao PSDB, enquanto Paes foi para o PSD. (Colaboraram: Pedro Venceslau e Matheus de Souza)

A cúpula do Partido Progressista não deve abrir processo de expulsão contra nenhum dos sete deputados da legenda que se posicionaram a favor da presidente Dilma Rousseff na votação do impeachment na Câmara, no dia 17.

A expulsão chegou a ser cogitada como uma das punições para os parlamentares que não seguissem a decisão da sigla de fechar questão a favor do impeachment da petista. As punições aos dissidentes devem ficar restritas a intervenções nos diretórios regionais.

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A direção do PP não expulsará nenhum deputado para não afetar o tamanho da bancada da legenda. Atualmente, a sigla é dona da quarta maior bancada da Casa, com 47 deputados.

Dos 45 deputados do PP que participaram da sessão, 4 votaram contra o impeachment: Waldir Maranhão (MA), Macedo (CE), Roberto Britto (BA) e Ronaldo Carletto (BA). Outros três parlamentares se abstiveram: Beto Salame (PA), Cacá Leão (BA) e Mário Negromonte (BA).

Até o momento, a cúpula do Partido Progressista já interveio nos diretórios estaduais do Maranhão e do Pará, destituindo, respectivamente, Waldir Maranhão, 1º vice-presidente da Câmara, e Beto Salame dos comandos regionais do partido.

Na Bahia, não há previsão de punição. A cúpula do PP deve respeitar a aliança do vice-governador e presidente estadual da sigla, João Leão, com o governador Rui Costa (PT), o que levou os deputados baianos do PP a votarem a favor de Dilma.

No Ceará, o PP interveio no diretório regional, mas para dar o comando do partido para o deputado federal Adail Carnerio. Foi uma espécie de recompensa por ele ter rompido com o governador Camilo Santana (PT) e votado a favor do impeachment.

Dos partidos que tinham fechado questão em relação ao impeachment, somente o PDT deve de fato expulsar dissidentes. A legenda tinha decidido votar contra o impedimento, mas seis deputados desobedeceram à decisão da sigla e votaram a favor do impeachment.

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