Tópicos | Fábio Henrique Peviane

Após as palavras preconceituosas publicadas pela blogueira Julia Salgueiro contra uma criança portadora da Síndrome de Down, mais um caso foi registrado. Desta vez, um delegado do Acre faz uma “explicação” do que seria a presença do cromossomo 27, em plena delegacia localizada em Rio Branco. Fábio Henrique Peviane fala categoricamente que pessoas com o “cromossomo 27” – o correto seria 47 - são resultado da relação entre ETs com “as macacas, conhecidas como autralopithecas”.

A junção de ideias sem sentido e sem base científica continua. “Nasceram os ETs, que o pessoal chama de Síndrome de Down, mas que eles são ETs“, disse o delegado. Até mesmo uma suposta explicação do deputado Jair Bolsonaro foi citada. “Ele explicou que é porque os ETs têm os genes, os cromossomos diferentes e já que fizeram a mistura com os terráqueos, aí nasceram os ETs que o pessoal chama de Síndrome de Down", falou Fábio.

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Diante de toda a repercussão do vídeo, o delegado foi à TV local se explicar, afirmando se tratar de “uma brincadeira de 1° de abril”, por meio de uma encenação. A justificativa não foi suficiente e segundo a assessoria da Polícia Civil, o delegado está afastado dos trabalhos por motivos médicos após ter sofrido um acidente, mas o vídeo com as declarações foi encaminhado para a perícia. O delegado e o policial que fez a gravação estão respondendo a processo na corregedoria, no entanto, após a licença, Fábio voltará ao cargo e prestará esclarecimentos.

Ao site da Veja, pedidos de desculpa foram enviados pelo Governo do Acre. Secretário estadual de Polícia Civil, Carlos Flávio Richard explicou que “não coaduna com a postura inadequada e desrespeitosa do servidor e tomará as providências no intuito de identificar e responsabilizar todos os envolvidos na gravação e veiculação do vídeo”. 

Além disso, ressaltou o papel da corporação como a “garantia de direitos e da justiça” e que “não podem aceitar atos covardes de preconceito”. Já o secretário estadual de Segurança Pública, Emylson Farias, informou que “a adoção de atitudes ou a emissão de posicionamentos contrários, ainda que em tom de brincadeira, em nada contribui para a saudável convivência humana, além de caracterizar desvio ético e ato discriminatório e legalmente punível”.

Veja o vídeo postado no YouTube:

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