Tópicos | fabricação de máscaras

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A crise do novo coronavírus tem afetado milhões de pessoas ao redor do mundo, causando contaminação, mortes, isolamento e prejuízos à economia. Devido ao isolamento social imposto pelos governantes, algumas pessoas perderam sua fonte de renda e estão tendo que buscar uma alternativa em meio à crise para garantir o próprio sustento.

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Uma das estratégias para driblar a crise é a produção de máscaras de pano para vendas. O objetivo pode proteger a face de gotículas que podem transportar o vírus. A costureira recifense Belize Ribeiro é uma dessas pessoas que está, neste período de isolamento social, produzindo máscaras para vender. Ela, que fabrica produto com material de algodão, começou fabricação a partir de uma de uma solicitação.

A pessoa que solicitou dá o material - tecidos e elásticos para Belizete e paga o valor de R$ 1 por cada máscara. Após essa encomenda, a costureira passou a produzir para sua própria venda, cobrando o valor de R$ 5 por cada máscara. Belizete, que antes da pandemia trabalhava com vendas de jóias, conta, ainda, que produz cerca de 150 máscaras diariamente. “A minha expectativa é atender a necessidade da população", conta ela, que espera faturar R$ 200 por mês com o comércio.

A costureira Maria Cristina da Silva, moradora do Recife, também viu no momento de crise uma oportunidade para empreender. Ela, que, assim como Belizete, vende cada máscara por R$ 5, conta como e por que decidiu produzir máscaras em meio à pandemia do novo coronavírus: “Eu sou uma costureira dinâmica. Assim, todos os dias eu tenho o que fazer. Então nesse momento em que a gente teve que ficar trancado, não tinha mais nada para eu fazer. Não tinha costura. As que tinha, eu fiz logo no início e depois fiquei sem nada para fazer e isso me deixou muito ansiosa e prostrada. Daí começou a acontecer essa história de máscara, então, eu recolhi os retalhos que tinha e comecei a produzir e começou a ter procura. E aí foi bom porque eu pude ocupar a minha mente novamente e não ficar tão dispersa”.

Ela, que é uma costureira autônoma, conta que trabalha com roupas sob medida. “Quando passar (a pandemia), eu voltar a fabricar o que eu fabrico, o que eu confecciono, que são roupas por medida. Então assim, geralmente eu trabalho com fardamento. Pego uma quantidade do mesmo modelo e faço por encomenda”, acrescenta.

Em relação à quantidade de máscaras produzidas por dia, Cristina conta que não tem um volume definido. “Eu não tenho uma quantidade de máscaras para produzir por dia, porque eu não tenho encomenda certa. Então, eu faço e aguardo alguém procurar. Divulgo-as e espero alguém vir procurar", conta.

Maria Cristina também descreve o que ela usa na produção das máscaras. “Eu uso tecido. Consegui comprar uns pedaços de tecido, mas no início eu comecei a fazer com retalhos, resto de retalhos. Eu uso tecido, elástico, linha, overlock. Esses são os materiais que eu estou utilizando no momento”, detalha.

A costureira fala que gostou de produzir as máscaras, porém a sua expectativa em relação a venda não é grande. “Para mim, está sendo uma experiência boa. Estou ganhando um pouco que dá para suprir a necessidade. Mas, assim, queria que tivessem mais pedidos. Se os pedidos fossem grandes, aí eu teria uma expectativa melhor", diz. A trabalhadora revela que ainda está fazendo o levantamento de quanto lucrará com as fabricações.

O Ministério da Saúde elencou uma lista com orientações para que as pessoas pudessem produzir suas máscaras em casa e ainda afirmou que, “além de eficiente, é um equipamento simples, que não exige grande complexidade na sua produção e pode ser um grande aliado no combate à propagação do coronavírus no Brasil, protegendo você e outras pessoas ao seu redor”.

De acordo com a pasta, a máscara é de uso individual e para ter eficácia, é necessário que a ela tenha no mínimo duas camadas de tecido e as máscaras caseiras podem ser confeccionadas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, contanto que sejam elaboradas e higienizadas de forma correta.

“O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais”, orienta o Ministério da Saúde. “Você pode fazer uma máscara ‘barreira’ usando um tecido grosso, com duas faces. Não precisa de especificações técnicas. Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. A diferença é que ela tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 30 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual”, disse o, à época, ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. “Máscaras de pano para uso comunitário funcionam muito bem e não são caras de fazer”, acrescentou o ex-ministro.

Veja, abaixo, as orientações feitas pelo Ministério da Saúde para que as pessoas possam produzir máscaras caseiras:

• Em primeiro lugar, é preciso dizer que a máscara é individual. Não pode ser dividida com ninguém, nem com mãe, filho, irmão, marido, esposa etc. Então se a sua família é grande, saiba que cada um tem que ter a sua máscara, ou máscaras;

• A máscara pode ser usada até ficar úmida. Depois desse tempo, é preciso trocar. Então, o ideal é que cada pessoa tenha pelo menos duas máscaras de pano;

• Mas atenção: a máscara serve de barreira física ao vírus. Por isso, é preciso que ela tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja, dupla face;

• Também é importante ter elásticos ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca. Desse jeito, o pano estará sempre protegendo a boca e o nariz e não restarão espaços no rosto;

• Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar;

• Chegando em casa, lave as máscaras usadas com água sanitária. Deixe de molho por cerca de 30 minutos;

• Para cumprir essa missão de proteção contra o coronavírus, serve qualquer pedaço de tecido, vale desmanchar aquela camisa velha, calça antiga, cueca, cortina, o que for.

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