Tópicos | famílias destruídas

O julgamento de João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista responsável por provocar uma colisão no bairro da Tamarineira, no Recife, entra para o terceiro dia nesta quinta-feira (17). O júri popular iniciou na manhã da última terça (15) e está acontecendo na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife. João Victor deve prestar depoimento hoje.

O acusado foi identificado como o condutor que avançou o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017, como ficou conhecido o caso. No acidente, morreram Maria Emília Guimarães, de 39 anos, seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, à época grávida de quatro meses. 

##RECOMENDA##

Sobreviveram à tragédia a filha mais velha do casal, Marcelinha, que sofreu traumatismo craniano e faz tratamento até hoje, e o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos.

Assista ao júri: 

[@#video#@]

A defesa de João Victor Ribeiro de Oliveira, motorista responsável por provocar uma colisão no bairro da Tamarineira, no Recife, que resultou na morte de três pessoas e deixou duas gravemente feridas fez um apelo para que a sentença do réu seja justa. João Victor está sendo julgado nesta terça-feira (15), por um júri popular, na 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro de Joana Bezerra, área central do Recife.

--> Tamarineira: 'doerá até meu último dia de vida', diz pai

##RECOMENDA##

O acusado foi identificado como o condutor que avançou o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017. Em conversa com a imprensa, o advogado Bruno Aguiar afirmou que durante o julgamento eles não vão alegar inocência ou negar a alta velocidade e o avanço do sinal.

"Não tem como ser inocente. A defesa não vai negar os fatos, não vai negar a velocidade, não vai alegar que não teve autoria, isso aconteceu. Mas existe, no ordenamento jurídico, lei específica que trata de casos como esse. E que em nenhum momento apareceu. Talvez por isso se tenha uma parte da verdade, a verdade não está completa no processo, a verdade processual não está completa, vai ser completada agora", declarou Bruno.

O advogado afirmou que a mãe de João Victor está acompanhando o julgamento e salientou que a família dele também sofre com as consequências da tragédia.

“Foram várias famílias destruídas. As famílias das vítimas foram destruídas e a gente sente muito por isso, mas a do autor também foi destruída. Já vinha sofrendo, de fato, e está muito abalada. Ninguém queria que acontecesse e aconteceu. Ele deve ser julgado de forma certa, para que isso tenha uma solução mais justa. Se fala tanto em justiça, se pede tanta justiça e é o que nós também vamos pedir aqui”, esclareceu.

De acordo com Bruno Aguiar, a defesa arrolou 18 testemunhas, mas ainda está em conversa com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) - o acusador do processo - para ver quantas pessoas serão ouvidas. Indagado se a defesa tentaria retirar a acusação de triplo homicídio, o que agrava ainda mais a pena, o advogado optou por não entrar em detalhes.

João Victor é réu por triplo homicídio doloso duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio. Na época do acidente, ele tinha 25 anos e de acordo com a investigação, havia ingerido bebida alcoólica. O réu foi preso em flagrante e teve a prisão preventiva decretada logo em seguida. 

O caso

Na colisão, a esposa Maria Emília Guimarães, de 39 anos, o filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de três anos, e a babá Rosiane Maria de Brito Souza, grávida de quatro meses, morreram. A filha mais velha do casal, Marcelinha, hoje com nove anos, sofreu um grave traumatismo craniano e ficou internada por dois meses após o acidente, e faz tratamento até hoje. A menina vive com o pai, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 49 anos, e único outro sobrevivente da tragédia.

De acordo com a Polícia Civil, João Victor havia ingerido álcool por muitas horas consecutivas, em uma festa local, misturando, inclusive, bebidas como cerveja e uísque. Perícias técnicas apontaram que o veículo conduzido pelo estudante de engenharia estava a 108 quilômetros por hora, quando o máximo permitido na via em que ele trafegava é de 60 quilômetros por hora.

A batida aconteceu por volta das 19h30, no cruzamento da Estrada do Arraial com a Rua Cônego Barata, no bairro da Tamarineira. Ainda de acordo com a polícia, o veículo onde viajava a família de quatro pessoas e a babá, que estava grávida, seguia pela Estrada do Arraial, no sentido Casa Forte, na mesma região, quando o outro carro avançou o sinal e causou a colisão. A caminhonete da família estava a cerca de 30 quilômetros por hora.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando