Tópicos | Feiras públicas

Amontoados, sob o sol e presos em gaiolas. Privados de conforto e longe das condições sanitárias ideais, diversos animais são vendidos em feiras e mercados públicos do Recife. O Portal LeiaJá foi até alguns destes lociais e constatou as más condições pelas quais são submetidos bichos de diferentes espécies. 

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O cenário encontrado por nossa reportagem - principalmente no Mercado da Madalena, na Zona Oeste da capital - vai de encontro ao que se entende por bem-estar animal. “Há os cinco preceitos básicos dessa ciência, de que todos os animais devem ser livres de medo e estresse; de fome e sede; de desconforto; serem livres de dor e doenças; ter liberdade para expressar seu comportamento ambiental”, explicou a médica veterinária Naiara Nascimento. 

Diante dos flagrantes, a profissional explica que “os animais devem estar em um espaço onde existam água e alimento disponível para ele, o que não é o caso de algumas gaiolas”. “Não pode existir privação disso e está havendo. A área deve mantê-lo confortável, afinal ele tem que poder deitar, girar e não deve ficar apertado neste lugar. A gaiola deve estar em boas condições de uso e não deve apresentar riscos de machucar o animal, mas é possível ver algumas delas com ferrugem e danificadas”, complementa a veterinária. 

Defesa dos animais

A ativista dos direitos dos animais, Goretti Queiroz, explicou que esse tipo de prática é "comprovadamente maus tratos". Ela informou que comerciantes "promovem diariamente esse tipo de violência, mantendo esses bichos em gaiolas minúsculas". 

Queiroz apontou para o trabalho realizado pelos ativistas, em março deste ano, através de vistorias em feiras e mercados públicos com o objetivo de averiguar a situação da venda de animais nesses locais. O grupo buscou a Delegacia do Meio Ambiente (Depoma) para emitir Boletins de Ocorrência e também recorreu à construção de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Ela alega que a situação nesses espaços não melhorou e critica as poucas ações realizadas pela polícia.

"Eles não realizam fiscalizações e apontam a falta de equipe e estrutura para efetivarem o trabalho. Dizem que não têm efetivo nem pra cuidar de gente". Os ativistas irão tentar agendar uma reunião com o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, para intensificar a atuação desta delegacia. Após período sem titular, a Depoma tem à frente a delegada Beatriz Gibson, nomeada em outubro deste ano.  

Com relação às fiscalizações, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Prefeitura do Recife, destacou a responsabilidade como papel da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Até o fechamento desta matéria, o órgão ainda não havia se posicionado quanto à realização das vistorias. 

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