Tópicos | Venda de animais

Em vídeo postado nesse sábado (16), a apresentadora e ativista animal Luísa Mell denunciou que a PetLand Brasil, uma das maiores redes de produtos para animais domésticos do País, vendia cães comprados de um canil em Piedade, no interior de São Paulo, interditado após serem descobertos maus tratos e uso de medicamentos vencidos.

No stories do Instagram, Mell incentiva as pessoas a denunciarem para "acabar com a irresponsabilidade dessas grandes lojas". A ativista ainda escrever "@petlandbrasil vergonha!!" e segue falando sobre o estado de saúde em que os animais eram comprados da Petland e da Petz.

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Em outro trecho do stories, a apresentadora ameniza a denúncia contra a Petz, uma vez que, segundo ela, a loja teria reconhecido o erro e estava apoiando o resgate dos animais mantidos em condições precárias.

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Na última quarta (13), a Polícia Militar Ambiental fechou um canil com cerca de 1,5 mil cães em situação de maus-tratos, em Piedade, interior de São Paulo. A equipe, que foi ao local após denúncia anônima, encontrou cães sem alimentação, acondicionados em ambientes sujos, com sintomas de doenças e recebendo medicação com prazo de validade vencido. Na propriedade, no bairro rural de Goiabas, foram constatados danos ambientais.

Conforme a Ambiental, o canil se dedicava à criação, reprodução e vendas de cães de raça. Após constatar que muitos animais estavam sem comida e em condições higiênicas inadequadas, os policiais acionaram a Vigilância Sanitária do município.

O proprietário de um zoológico privado da empobrecida Faixa de Gaza colocou à venda três filhotes de leão, alegando que não pode alimentá-los.

Mohamad Ahmad Yumaa recorreu às redes sociais para anunciar a venda, a 3.500 dinares jordanianos cada (US$ 5.000). "Devido à situação econômica e à dificuldade de encontrar comida e bebidas [para os animais], fui forçado a colocar à venda esses três filhotes nascidos há um mês", explicou.

Ele indicou que precisa do dinheiro para custear a manutenção do resto de sua manada, dois leões e três leoas, cuja alimentação custa cerca de US$ 345 por mês. Yumaa, dono do zoológico de Rafah, na fronteira com o Egito, há 23 anos, batizou os filhotes de Palestina, Al Quds (Jerusalém, em árabe) e Erdogan (o primeiro-ministro turco).

Até agora recebeu algumas chamadas graças ao anúncio, mas não conseguiu vender nenhum dos filhotes. Em 2016, um tigre, duas tartarugas, duas águias, dois porcos-espinhos, um pelicano, um emu e um cervo foram transferidos do zoológico de Gaza para centros na África do Sul, Jordânia e Israel.

Muitos outros animais morreram devido às duras condições devido à falta de dinheiro dos proprietários do enclave, golpeado por três guerras com Israel desde 2008 e pelo bloqueio ao qual o Estado hebreu o submete há uma década.

Amontoados, sob o sol e presos em gaiolas. Privados de conforto e longe das condições sanitárias ideais, diversos animais são vendidos em feiras e mercados públicos do Recife. O Portal LeiaJá foi até alguns destes lociais e constatou as más condições pelas quais são submetidos bichos de diferentes espécies. 

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O cenário encontrado por nossa reportagem - principalmente no Mercado da Madalena, na Zona Oeste da capital - vai de encontro ao que se entende por bem-estar animal. “Há os cinco preceitos básicos dessa ciência, de que todos os animais devem ser livres de medo e estresse; de fome e sede; de desconforto; serem livres de dor e doenças; ter liberdade para expressar seu comportamento ambiental”, explicou a médica veterinária Naiara Nascimento. 

Diante dos flagrantes, a profissional explica que “os animais devem estar em um espaço onde existam água e alimento disponível para ele, o que não é o caso de algumas gaiolas”. “Não pode existir privação disso e está havendo. A área deve mantê-lo confortável, afinal ele tem que poder deitar, girar e não deve ficar apertado neste lugar. A gaiola deve estar em boas condições de uso e não deve apresentar riscos de machucar o animal, mas é possível ver algumas delas com ferrugem e danificadas”, complementa a veterinária. 

Defesa dos animais

A ativista dos direitos dos animais, Goretti Queiroz, explicou que esse tipo de prática é "comprovadamente maus tratos". Ela informou que comerciantes "promovem diariamente esse tipo de violência, mantendo esses bichos em gaiolas minúsculas". 

Queiroz apontou para o trabalho realizado pelos ativistas, em março deste ano, através de vistorias em feiras e mercados públicos com o objetivo de averiguar a situação da venda de animais nesses locais. O grupo buscou a Delegacia do Meio Ambiente (Depoma) para emitir Boletins de Ocorrência e também recorreu à construção de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Ela alega que a situação nesses espaços não melhorou e critica as poucas ações realizadas pela polícia.

"Eles não realizam fiscalizações e apontam a falta de equipe e estrutura para efetivarem o trabalho. Dizem que não têm efetivo nem pra cuidar de gente". Os ativistas irão tentar agendar uma reunião com o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, para intensificar a atuação desta delegacia. Após período sem titular, a Depoma tem à frente a delegada Beatriz Gibson, nomeada em outubro deste ano.  

Com relação às fiscalizações, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Prefeitura do Recife, destacou a responsabilidade como papel da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH). Até o fechamento desta matéria, o órgão ainda não havia se posicionado quanto à realização das vistorias. 

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