Para muitas pessoas habituadas a comer carne, a ideia de uma alimentação vegetariana ou vegana, que além de eliminar carnes e frutos do mar do cardápio, também rejeita produtos de origem animal, pode parecer estranha e até mesmo ruim, criando-se um preconceito em relação aos pratos apreciados por pessoas que têm em sua filosofia de vida o bem-estar, a libertação e o respeito a todos os animais. Apesar disso, não somente os vegetarianos e veganos gostam dos pratos que não levam, em sua composição de ingredientes, carnes ou outros derivados animais.
O LeiaJá foi ao 3º Festival Vegano do Recife, realizado neste sábado (8) e domingo (9) na Faculdade Santa Helena, no bairro da Madalena, e conheceu a história de pessoas que têm uma dieta onívora e “olhavam torto” para a comida vegana, mas ao decidir experimentar, gostaram.
##RECOMENDA##Angélica Reis trabalha no Sindicato do Ministério Público e também é co-fundadora da ONG Aliança Palestina Recife. Angela conta que tem vários amigos veganos através dos quais conheceu a culinária livre de animais, experimentou, gostou e perdeu o preconceito. Ela também relata que admira a causa vegana, que pensa no animal para muito além da comida, mas que ela ainda precisa ir além para romper suas barreiras e mudar.
“Preciso romper minhas barreiras, para ir além é preciso conhecer a causa e toda a exploração violenta e o sofrimento que a indústria impõe aos animais. Eu tento reduzir o meu consumo e mesmo não tendo moral para isso, apresento a causa e a comida para o máximo de pessoas que eu posso”, contou Angélica.
Dira Pascoal é cuidadora de animais e idosos. Sua dieta também é onívora e ela conta que tinha resistência e uma ideia errada a respeito da alimentação vegetariana antes de, em um evento, ter tido a oportunidade de experimentar. “Somos habituados a achar que é a carne que deixa a comida boa e saborosa mas não é exatamente assim. A resistência a experimentar acontece muito por medo do desconhecido, mas eu gosto de experimentar coisas novas, no dia em que fui a um evento e vi um prato bonito que me deu vontade de comer eu provei e gostei. Acho que algumas vezes as comidas têm um tempero meio desequilibrado, alguns pratos são difíceis de fazer ou caros, mas quando o tempero fica certo, é muito gostoso”, explicou ela. O festival conta com a venda de produtos, adoção de cães e gatos, tatuagens veganas, atrações musicais, palestras e demonstrações culinárias das 9h às 18h com entrada franca.
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