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No trimestre terminado em setembro, faltou trabalho para 20,150 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população subutilizada desceu ao menor patamar desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016, quando somava 19,983 milhões de pessoas.

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A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 17,8% no trimestre até junho de 2023 para 17,6% no trimestre até setembro. O resultado significa a menor taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando ficou em 17,4%.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até setembro de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 20,1%.

A população subutilizada caiu 1,0% ante o trimestre até junho, 201 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até setembro de 2022, houve um recuo de 14,0%, menos 3,276 milhões de pessoas.

Subocupação por insuficiência de horas trabalhadas

Segundo o IBGE, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,3% no trimestre até setembro, ante 5,2% no trimestre até junho.

Em todo o Brasil, há 5,325 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Na passagem do trimestre até junho para o trimestre até setembro, houve um aumento de 193 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 868 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.

No trimestre terminado em julho, faltou trabalho para 20,330 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho passou de 18,4% no trimestre até abril de 2023 para 17,8% no trimestre até julho.

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O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até julho de 2022, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 20,9%.

A população subutilizada caiu 3,1% ante o trimestre até abril, 642 mil pessoas a menos. Em relação ao trimestre até julho de 2022, houve um recuo de 16,4%, menos 3,977 milhões de pessoas.

Taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas

De acordo com o IBGE, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 5,2% no trimestre até julho, ante também 5,2% no trimestre até abril.

Em todo o Brasil, há 5,154 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas.

O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.

Na passagem do trimestre até abril para o trimestre até julho, houve um aumento de 101 mil pessoas (ou 2,0%) na população nessa condição.

O País tem 1,331 milhão de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano, o que equivale a uma redução de 20,5%.

No trimestre terminado em maio, faltou trabalho para 25,401 milhões de pessoas no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 23,5% no trimestre até fevereiro para 21,8% no trimestre até maio.

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O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

No trimestre até maio de 2021, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 29,2%. A população subutilizada caiu 6,8% ante o trimestre até fevereiro, 1,849 milhão de pessoas a menos.

Em relação ao trimestre até maio de 2021, houve um recuo de 23,8%, menos 7,945 milhões de pessoas.

No fim do ano passado, ainda sob a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência e com projeções de crescimento do PIB em 2018 que chegavam a superar os 3%, havia um certo otimismo em relação à queda do desemprego. Mas a realidade tem se mostrado bem diferente. A cada divulgação de dados sobre trabalho no País, consolida-se a convicção que o desemprego será um dos desafios mais urgentes a serem enfrentados por quem vencer a eleição para a presidência em outubro.

Dados anunciados na quinta-feira, 17, pelo IBGE mostram o tamanho desse desafio. No segundo trimestre, o número de pessoas que estão há mais de dois anos procurando emprego chegou ao recorde de 3,162 milhões. O total de desalentados, que são as pessoas que desistem de procurar emprego por acreditar que não vão mais encontrar, também foi recorde: 4,833 milhões. A taxa de desemprego do País, que estava em 11,8% em dezembro, fechou o segundo trimestre em 12,4% - são quase 13 milhões de desocupados.

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Ironicamente, a própria disputa eleitoral é apontada como uma das causas da manutenção da desocupação em níveis tão altos. Com um cenário totalmente incerto, empresas seguram investimentos e, consequentemente, a abertura de novas vagas. "Estamos num momento de elevada incerteza, sem saber quem é o candidato com mais chances, o que vai fazer, o que propõe", diz José Ronaldo de Castro Souza Júnior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). "Isso obviamente segura a retomada."

Ao defender suas propostas para o combate ao desemprego, os candidatos à Presidência convergem pelo menos na necessidade de o País retomar a estabilidade econômica para garantir a abertura de novas vagas de trabalho. Os programas de governo registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) trazem menções ao equilíbrio fiscal e falam ainda em aumentar investimentos em educação técnica para capacitação de mão de obra, além de destravar obras de infraestrutura, como medida emergencial para reduzir a taxa de desocupação entre os brasileiros.

A intenção de investir infraestrutura aparece nos planos do PT (que registrou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato), da Rede (de Marina Silva) e do MDB (cujo candidato é o ex-ministro Henrique Meirelles).

Os programas também citam a capacitação de mão de obra. Alvaro Dias, do Podemos, promete aliar desenvolvimento tecnológico e de educação como forma de encarar o desemprego. Geraldo Alckmin, do PSDB, propõe investir na qualificação técnica de jovens e parcerias com universidades; e Ciro Gomes, do PDT, vê necessidade de atuar na preparação dos desempregados.

Ciro também fala em alcançar o equilíbrio fiscal já nos primeiros dois anos de governo, caso seja eleito em outubro, enquanto Jair Bolsonaro (PSL) aposta na adoção completa de um "liberalismo econômico" para equilibrar as contas públicas. Já Alckmin fala em abrir a economia para fazer o comércio exterior representar 50% do PIB do País. Estreante na política, o candidato do Novo, João Amoêdo, sai em defesa do livre-comércio e da simplificação dos impostos para empreendedores.

Candidato do PSOL, Guilherme Boulos propõe revogar integralmente a reforma das leis trabalhistas, em vigor desde 2017, fala em uma política de valorização de salário mínimo e promete fortalecer a organização sindical no País.

Para o pesquisador de Economia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas Fernando de Holanda Barbosa, os ajustes fiscais são o principal caminho para abordar o problema do desemprego. "O Brasil precisa mostrar um ambiente estável e que o descompasso fiscal tem alguma solução em vista. Se a economia não cresce, é difícil solucionar o problema do desemprego. Para isso, é necessário tomar uma série de medidas e fazer reformas", disse ele.

Gasto público

Barbosa critica as propostas "emergenciais" que consideram como ponto de partida o aumento de gasto público. "A solução não é tentar criar emprego a fórceps gastando dinheiro. Esse tipo de medida dura temporariamente, mas resolve só o curto prazo."

Professor da Universidade de São Paulo Ruy Braga, especialista em sociologia do trabalho, afirma que o desemprego precisa ser atacado por vários "ângulos", além do viés econômico. "Temos de ter políticas para criação de novos empregos, mas também para absorver os milhões de trabalhadores que estão no subemprego. A questão é prioridade para as famílias." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A elevada subutilização de mão de obra no mercado de trabalho mostra que o cenário não é tão favorável, mesmo que haja aumento na ocupação e redução no total de desocupados, avaliou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apenas em um ano, o Brasil ganhou 1,3 milhão de pessoas subutilizadas.

A taxa de subutilização da força de trabalho subiu a patamar recorde em seis estados brasileiros no segundo trimestre: Maranhão (39,7%), Sergipe (37,6%), Amapá (36,2%), Roraima (24,8%),São Paulo (21,7%) e Rio de Janeiro (20,0%). Na média nacional, a taxa de subutilização foi de 24,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quinta-feira, 16, pelo IBGE.

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"Mais de um terço da população nordestina está subutilizada (36,1%). Quase um quarto da população brasileira está subutilizada (24,6%). No Sudeste, mais de um quinto está subutilizada (21,7%). Seis estados têm maior taxa de subutilização da força de trabalho da série", enumerou Azeredo.

Em um ano, o Brasil ganhou 1,3 milhão de pessoas subutilizadas, resultado puxado pelo aumento na população subocupada por insuficiência de horas. São pessoas que trabalham menos de 40 horas semanais, mas gostariam de trabalhar mais e estariam disponíveis para isso.

"A subutilização da força de trabalho está maior que no ano passado. A desocupação está caindo, na comparação interanual, mas o porcentual de pessoas subutilizadas está subindo. O mercado de trabalho vai além do desemprego. São pessoas que poderiam estar trabalhando", disse Azeredo.

Outro sinal desfavorável no mercado de trabalho é o desempenho do nível de desocupação, que mostra a proporção de pessoas trabalhando entre aquelas em idade para trabalhar. No segundo trimestre, o nível de ocupação estava no menor patamar da série histórica, iniciada em 2012, em sete estados brasileiros: Rio Grande do Sul (57,4%),Rondônia (55,5%), Amazonas (51,6%), Bahia (47,8%), Amapá (47,7%), Maranhão (41,7%) e Alagoas (35,4%). Na média nacional, o nível e ocupação ficou em 53,7% no segundo trimestre.

"Em nenhum estado do Nordeste a população ocupada chega a 50% da população em idade de trabalhar. É consequência do desenvolvimento econômico local. Isso vai se refletir em pobreza, em desemprego", observou Azeredo.

Outro indicador importante do mercado de trabalho, o total de empregados com carteira assinada no setor privado caiu ao menor nível da série no segundo trimestre nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

"Esses estados têm efeito farol. O que acontece neles acontece depois nos outros", alertou Azeredo.

A taxa de desocupação ainda é muito mais elevada entre pretos e pardos do que entre brancos, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No segundo trimestre de 2018, a taxa de desemprego ficou em 9,9% entre os brancos, resultado inferior à taxa de 15,0% registrada entre pretos e de 14,4% entre os pardos. A taxa de desemprego média no País foi de 12,4% no período.

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No início da série histórica da pesquisa, no primeiro trimestre de 2012, a taxa de desemprego média estava estimada em 7,9%, a dos pretos correspondia a 9,7%; a dos pardos, 9,1%; e a dos brancos, 6,6%.

O contingente dos desocupados no Brasil no primeiro trimestre de 2012 era de 7,6 milhões de pessoas: os pardos representavam 48,9% dessa população, seguidos pelos brancos (40,2%) e pretos (10,2%).

No segundo trimestre de 2018, o total de desempregados subiu para 12,9 milhões de pessoas: a participação dos pardos cresceu para 52,3%; a dos brancos diminuiu para 35,0%; e a dos pretos aumentou para 11,8%.

Quanto à população fora da força de trabalho no segundo trimestre de 2018, os pardos eram 47,9%, seguidos pelos brancos (42,4%) e pelos pretos (8,5%).

O País ganhou 838 mil novos desalentados no período de um ano. Em apenas um trimestre, 202 mil pessoas a mais aderiram à situação de desalento. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora a desocupação esteja menor em relação a um ano atrás, a geração de vagas não acompanhou o avanço na população em idade de trabalhar. A taxa de desemprego deixou de aumentar porque cresceu também o desalento, aquelas pessoas que não procuram emprego porque acreditam que não conseguiriam uma vaga, por exemplo.

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A população desalentada alcançou o patamar recorde de 4,833 milhões de pessoas no segundo trimestre deste ano, um avanço 21% em relação ao segundo trimestre do ano passado. O desalento atingiu o maior patamar da série histórica, iniciada em 2012, em 11 Estados, entre eles São Paulo, com 467 mil pessoas nessa situação, e Rio de Janeiro, onde há 101 mil desalentados.

"A probabilidade de uma pessoa desistir de procurar emprego está muito relacionada ao tempo que ela ficou procurando emprego. E algumas nem para a fila do desemprego vão", lembrou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Azeredo lembra que a dificuldade de outros integrantes da família de conseguir uma vaga ou notícias na mídia sobre o desemprego elevado já influenciam a percepção das pessoas sobre a dificuldade de encontrar um trabalho. Desde o início da crise, em 2014, o número de pessoas procurando trabalho há mais de dois anos aumentou 162%, para o montante recorde de 3,162 milhões de desempregados nessa condição.

A população inativa, formada por pessoas em idade de trabalhar que nem têm emprego nem procuram uma vaga, alcançou o recorde de 65,642 milhões no segundo trimestre de 2018. Desses, 8,162 milhões são considerados força de trabalho potencial, porque poderiam ou gostariam de trabalhar caso surgisse uma vaga. "Sessenta por cento de quem está na força de trabalho potencial está desalentado", apontou Azeredo.

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