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Uma vistoria da Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia do São Francisco em Pernambuco (FPI-PE) flagrou 16 homens cortando vegetação nativa da caatinga na manhã da terça-feira (16). O ponto de desmatamento ilegal ficava localizado próximo ao canal da Transposição do Rio São Francisco, na zona rural de Floresta, no Sertão de Pernambuco.

Aos fiscais, os trabalhadores contaram que a madeira, já separada em cerca de 50 montes de lenha, seria carregada em um caminhão e transportada pelo dono do veículo. O proprietário do caminhão seria o responsável por pagá-los pelo serviço.

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O homem foi autuado pela equipe da FPI-PE em razão do crime ambiental de exploração ilegal de madeira nativa, já que não apresentou nenhum tipo de documentação atestando a legalidade do trabalho. A lenha foi apreendida e trazida no próprio caminhão do autuado para a cidade de Petrolândia, também no Sertão, base da operação de fiscalização. Foi lavrado um termo circunstanciado de ocorrência por infração à Lei de Crimes Ambientais.

De acordo com a FPI-PE, o dono do caminhão disse que costuma revender a lenha para padarias e empresas de cerâmica. O órgão fiscalizador investigará se as informações são verdadeiras.

Os trabalhadores foram liberados após terminarem o carregamento da madeira apreendida. Eles viviam acampados em condição degradante. No local, havia duas tendas improvisadas onde, segundo relato dos próprios trabalhadores, eles dormiam e se alimentavam.

No acampamento foram localizadas quatro motocicletas, redes, esteiras, panelas, carne de animais - incluindo a carcaça de um tatu-peba, cuja caça é proibida - e vários tonéis de água. O transporte da lenha entre o local da extração e o ponto de carga do caminhão era feito por meio de dois carros de bois.

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