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O Japão foi atingido por dois terremotos em apenas oito minutos neste domingo, um deles com magnitude de 6,2 graus. Por enquanto não há informações sobre vítimas nem alerta de tsunami.

O primeiro tremor foi sentido às 4h20 (horário local), na costa nordeste do Japão. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, a profundidade dos dois terremotos foi relativamente pequena, de cerca de 10 quilômetros. "Os níveis do mar podem mudar levemente devido ao primeiro terremoto, mas não existe risco de danos", afirmou a agência norte-americana em comunicado.

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Em março do ano passado, um terremoto de magnitude 9,0 atingiu a mesma região japonesa e causou um enorme tsunami, deixando quase 19 mil pessoas mortas ou desaparecidas e desencadeando um acidente nuclear na usina de Fukushima. As informações são da Dow Jones.

O ministro da Economia e Indústria do Japão, Yukio Edano, disse nesta segunda-feira que dois reatores nucleares dos 54 que existem no Japão cumprem com os padrões de segurança do governo, mesmo que reformas completas levem alguns anos. Isso abre o caminho para que os dois reatores, na usina de Ohi, sejam religados em breve. Atualmente, todos, com a exceção de um reator, estão desligados, passando por inspeções de segurança que o governo japonês começou a conduzir após o desastre nuclear nos reatores da usina de Fukushima Daiichi, a partir de 11 de março de 2011.

Os moradores temem outro desastre nuclear nos modelos de Fukushima, mas o Japão ainda não afastou o risco de sofrer uma séria crise de energia se os reatores não forem religados até o verão boreal deste ano, em junho. Na sexta-feira passada, o governo emitiu novas diretrizes para responder as dúvidas e reduzir as preocupações dos moradores. Em resposta, a Kansai Electric Co., que opera a usina de Ohi, submeteu seu plano de segurança dos dois reatores para a prefeitura de Fukui. A Kansai disse que reformas completas levarão até três anos.

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A Kansai disse que se a usina de Ohi permanecer desligada, haverá déficit de 20% no fornecimento de eletricidade na sua área de serviço, o que inclui as cidades de Osaka e Kyoto. Segundo Edano, a Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão afirmou que os reatores de Ohi passaram por melhorias de segurança. O religamento imediato dos reatores, contudo, ainda não foi autorizado.

As informações são da Associated Press.

A radioatividade do desastre na usina nuclear de Fukushima Dai-ichi, em março no ano passado, foi detectada a 643 quilômetros no Oceano Pacífico. Cientistas afirmaram que leituras feitas nas águas do oceano indicaram até mil vezes mais césio-137 nas amostras, proveniente da usina que teve vazamentos após terremoto e tsunami. A descoberta foi relatada hoje, em conferência de cientistas nos Estados Unidos.

Mas eles disseram que a proporção encontrada está muito abaixo dos níveis que geralmente são considerados nocivos, tanto para os animais marinhos quanto para as pessoas que se alimentam de frutos do mar. Os resultados são de amostras de água obtidas em julho, cerca de três meses depois do desastre. As informações são da Associated Press.

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O governo japonês informou nesta quarta-feira que pode levar 40 anos para limpar e desativar completamente a usina nuclear de Fukushima, que foi duramente atingida por um tsunami em março. O ministro para Crises Nucleares, Goshi Hosono, deu a entender que o prazo era ambicioso e reconheceu que a desativação dos três reatores da usina Fukushima Dai-ichi é um "projeto sem precedentes" e que o processo não é "totalmente previsível".

"Mas nós precisamos fazer isso mesmo que enfrentemos dificuldades ao longo do caminho", disse Hosono em coletiva de imprensa.

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De acordo com um detalhado roteiro, aprovado mais cedo nesta quarta-feira, após consultas com especialistas e reguladores nucleares, a operadora da usina Tokyo Electric Power Co. (Tepco) vai começar a retirar as barras de combustível no período de dois a três anos das piscinas localizadas no topo de cada prédio onde estão os reatores.

Após essa etapa, a Tepco vai começar a remover o combustível derretido, processo que deve começar em dez anos e ser concluído em 25 anos, a partir de hoje. A localização e as condições do combustível derretido não são conhecidas.

O prazo é mais de duas vezes maior do que o exigido para a remoção do reator número 2 da usina Three Mile Island, que sofreu derretimento parcial em 1979.

O ministro do Comércio, Yukio Edano, prometeu que as autoridades assegurarão a segurança da usina. Ele também prometeu dar atenção às preocupações de dezenas de milhares de moradores que foram desalojados quando a usina foi atingida pelo terremoto e posterior tsunami em 11 de março, dando início à pior crise nuclear do mundo desde o acidente com Chernobyl, em 1986.

"Não podemos permitir que o trabalho para a desativação cause novos riscos ou adie o retorno dos moradores para suas casas", disse ele.

A desativação total da usina vai exigir um período de mais cinco a dez anos após a remoção dos resíduos de combustível, o que indica que todo o processo vai levar até 40 anos, segundo o roteiro.

O processo vai demandar o desenvolvimento de robôs e de tecnologia que permitam a realização dos trabalhos de forma remota, pois os níveis de radiação dentro dos prédios dos reatores são extremamente altos.

Autoridades disseram esperar que esses robôs estejam em funcionamento até 2013 e que a descontaminação dos prédios dos reatores tenha início em 2014. As informações são da Associated Press.

Fujii-e disse que um dos erros depois da tragédia foi as autoridades japonesas não terem "informado o que havia acontecido". Especialista em energia atômica e doutor em engenharia pela Universidade de Tóquio, ele  comandou as investigações sobre as explosões e os vazamentos.

"O grande erro foi que, entre os dias 11 e 16 de março, as autoridades japonesas não informaram o que estava acontecendo. Não conseguiram explicar a diferença entre o terremoto e o acidente nuclear", disse Fujii-e.

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O ex-presidente da Comissão de Energia Atômica defendeu a necessidade de aperfeiçoar a gestão de acidentes. "Com 66 anos de experiência após as armas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, nós seguimos a filosofia de que podemos nos recuperar desse acidente. Vamos pensar novamente se podemos superar a tragédia com um trabalho conjunto em âmbito internacional", disse.

A  Comissão de Energia Atômica do Japão informou que o país precisará de pelo menos 30 anos para desmontar a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. Em setembro, foi anunciado que a radiação no mar de Fukushima é o triplo do que havia sido estimado pela empresa operadora. A contaminação, segundo especialistas, foi causada pelo uso de água para arrefecer os reatores. A água contaminada vazou para o mar.

A Agência de Segurança Industrial e Nuclear (Nisa, na sigla em inglês) do Japão informou que foram detectados possíveis sinais de fissão nuclear em um dos reatores da usina Fukishima Daiichi, o que aumentaria o risco de emissões radioativas na central abalada pelo terremoto e tsunami em março. Mas as autoridades e especialistas disseram que os volumes encontrados são tão pequenos que não devem causar problemas.

Segundo a agência, foram encontradas pequenas quantidades de xenônio 133 e 135, ambos subprodutos de fissão nuclear, no reator. Nenhuma destas substâncias representa um risco à saúde pública. O xenônio 133 tem vida de cinco dias e o xenônio 135 dura somente nove horas, disse um porta-voz da Nisa. Ele afirmou que qualquer reação nuclear ocorreria apenas numa base localizada.

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Um retorno da fissão nuclear seria um revés para a operadora da usina, a Tokyo Electric Power Co (Tepco), que espera deixar os reatores numa condição segura conhecida como parada fria até o fim do ano. A existência do xenônio pode indicar que uma reação nuclear ainda está ocorrendo dentro da unidade. As informações são da Dow Jones. (Regina Cardeal)

São Paulo - A televisão estatal japonesa NHK é a grande homenageada da Mostra VerCiência 2011, que começa hoje (18) e vai até o dia 23 deste mês, com eventos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília e Salvador, além de uma seleção especial de programas em outras cidades. A mostra integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e tem o objetivo de divulgar a cultura científica, com a apresentação de 80 programas de dez países: Brasil, Japão, Argentina, Chile, México, Colômbia, Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália.
 
Como homenageada especial, a NHK traz para o Brasil o documentário-reportagem Fukushima: Mapeando a Radiação, concluído no começo deste mês e que mostra a atuação de dois cientistas após o desastre da Usina Nuclear de Fukushima. O acidente foi provocado pelo terremoto seguido de um tsunami, em 11 de março deste ano.
 
A primeira exibição fora do Japão ocorrerá às 15h de hoje (18), na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), com a presença do chefe da equipe de Programas de Ciência e Meio Ambiente da NHK, Toshihiro Matsumoto.
 
Mesmo sem ter autorização para entrar na usina, os cientistas Shinzo Kimura e Masaharu Okano, que já tinham estudado a radiação na cidade de Chernobil na Ucrânia, conseguiram retirar amostras de solo e fazer medições em um trecho de 3 mil quilômetros. 
 
“Eles se rebelaram contra o silêncio que havia sido imposto aos pesquisadores por alguns órgãos oficiais do Japão e com a equipe da NHK foram fazer medições em campo ao redor da usina. Graças ao trabalho deles, muitas pessoas foram avisadas dos riscos de contrair doenças e deixaram suas casas”, explicou um dos curadores da mostra, o jornalista Sérgio Brandão.
 
Na avaliação de Brandão, também cabe à televisão estatal japonesa outro destaque: um documentário de 90 minutos sob o título Mistério dos Números Primos. “É uma parte da matemática que desafia os matemáticos e os filósofos desde a Grécia antiga e com esse programa, a NHK ganhou um prêmio que é uma espécie de Oscar japonês”, disse.
 
Na mostra deste ano foram selecionados seis grandes temas: mudanças climáticas; desastres naturais e prevenção de riscos; Ano Internacional da Química; mulheres na ciência; evolução e biodiversidade e aventura da ciência. A introdução do tema Mulheres na Ciência tem o objetivo de homenagear a polaca Marrie Curie (1867 a 1934), ganhadora do Prêmio Nobel de Física, em 1903 e do Prêmio Nobel de Química, em 1911.
 
A programação e os locais das apresentações poderão ser acessados por meio do endereço eletrônico www.verciencia.com.br

Brasília – As regiões Nordeste e Norte do Japão foram atingidas hoje (10) por um terremoto de 5,6 graus na escala  Richter. O epicentro foi na região de Fukushima – a mesma que, em 11 de março, foi afetada por um terremoto seguido por tsunami, que gerou acidentes radioativos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi.

Até hoje o governo japonês lida com as consequências dos tremores de março e dos vazamentos e explosões radioativos. Os efeitos do terrremoto foram percebidos principalmente na província de Miyagi. De acordo com as autoridades, não foram registados danos graves na infraestrutura e nem interrupções nos sistemas de transporte público.

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Os tremores de terra no Japão são constantes. Desde março, porém, a população stá em alerta por causa do terremoto de março, de 8,9 graus na escala Richter, considerado o sétimo tremor mais intenso na história do país, seguido por tsunami. A situação se agravou com as explosões radioativas.

Cidades inteiras em volta da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi foram esvaziadas. As pessoas ainda vivem em abrigos provisórios à espera de autorização para voltar às suas casas. As autoridades japonesas proibiram a produção e o consumo de alimentos da região.

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