Tópicos | Terremoto

O custo dos danos causados pelo terremoto no Ano Novo, que matou ao menos 236 pessoas no centro do Japão, pode chegar a 17,6 bilhões de dólares (86,6 bilhões de reais na cotação atual), disse nesta sexta-feira um funcionário do governo japonês.

O terremoto de magnitude 7,5 e suas réplicas devastaram grandes áreas da província de Ishikawa, na costa do Mar do Japão, destruindo edifícios, estradas e causando grandes incêndios.

##RECOMENDA##

Segundo uma estimativa do governo, os danos em Ishikawa e em duas outras regiões vizinhas podem custar entre 1,1 bilhão e 2,6 bilhões de ienes (7,4 bilhões de dólares a 17,6 bilhões de dólares), confirmou o funcionário.

Estes números ficam muito abaixo dos 16,9 bilhões de ienes de danos causados pelo terramoto e tsunami de 2011 no nordeste do Japão, que matou 18.500 pessoas e causou um desastre nuclear na central de Fukushima.

As autoridades revelaram na quinta-feira os detalhes dos planos de reconstrução de Ishikawa, onde a neve e os danos na rede rodoviária complicaram as tarefas de resgate e assistência.

Embora o país esteja habituado a terremotos e tenha regulamentos de construção rigorosos, algumas zonas rurais, como as afetadas por este terremoto, têm estruturas mais antigas e desprotegidas.

Um terremoto de magnitude 7 sacudiu na madrugada desta terça-feira (tarde de segunda, 22, no Brasil) a fronteira entre China e Quirguistão, onde três pessoas ficaram feridas.

Autoridades locais enviaram uma equipe ao local do epicentro e cerca de 800 pessoas estavam prontas para atuar nos trabalhos de resgate, informou a agência de notícias estatal Xinhua.

##RECOMENDA##

O sismo foi registrado pouco depois das 2h locais, a 13 km de profundidade, na região chinesa de Xinjiang, segundo dados revisados.

Duas casas residenciais e galpões de gado desabaram na área próxima ao epicentro, no condado rural de Wushi, que ficou sem eletricidade, segundo a imprensa estatal. Canais de TV de Nova Délhi noticiaram tremores fortes naquela cidade indiana, localizada a 1.400 km de distância.

- Réplicas -

Cao Yanglong, que estava em Aksu a negócios, disse à Xinhua que estava no 21º andar de um hotel e sentiu como se o estivessem sacudindo para tirá-lo da cama.

Após o primeiro tremor em Xinjiang, foram registradas três réplicas na região, com magnitudes entre 5 e 5,5.

Em Almaty, maior cidade do Cazaquistão, moradores foram para as ruas após o tremor, segundo imagens divulgadas pela imprensa e em redes sociais. Autoridades não relataram vítimas nem danos importantes.

Em Bishkek, capital do vizinho Quirguistão, pessoas também se refugiaram nas ruas. Bohobek Ashikeev, do Ministério de Situações de Emergência do Quirguistão, disse em mensagem de vídeo que não foram registrados danos nem baixas na cidade.

O tremor aconteceu um dia depois de um deslizamento de terra que soterrou dezenas de pessoas e causou pelo menos oito mortes no sudoeste da China.

Em dezembro, um terremoto no noroeste do país causou 148 mortes e obrigou milhares de pessoas a deixarem suas casas na província de Gansu. Foi o tremor mais letal registrado na China desde 2014, quando mais de 600 pessoas perderam suas vidas na província de Yunnan, no sudoeste do país.

No tremor de dezembro, as temperaturas abaixo de zero tornaram a operação de resgate ainda mais difícil.

A Região Norte, registrou, nesse sábado, 20, o maior tremor de terra da história do Brasil. Com 6,6 graus na Escala Richter, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto ocorreu às 18h31 no horário de Brasília, 16h31 no horário local.

Embora o Serviço Geológico dos Estados Unidos informe que o terremoto tenha ocorrido próximo a Tarauacá, no Acre, as coordenadas exatas do tremor apontam para uma área isolada em Ipixuna, no Amazonas.

##RECOMENDA##

Até agora, não há registro de danos. Isso porque o abalo ocorreu a 614,5 quilômetros de profundidade, o que permite a dissipação da energia. Segundo os geólogos, um tremor nessa profundidade dificilmente é sentido pela população.

O Centro de Redes de Terremotos da China também registrou o tremor na Amazônia. O órgão do país asiático mediu a mesma intensidade, de 6,6 graus na Escala Richter, mas o órgão apontou profundidade maior, de 630 quilômetros.

Em 7 de junho de 2022, Tarauacá, no noroeste do Acre, tinha registrado abalo de 6,5 graus, o segundo maior tremor da história do País. Na ocasião, o terremoto não deixou vítimas, nem danos materiais.

Os tremores ocorrem porque a região está próxima da Cordilheira dos Andes, uma das zonas com maior atividade sísmica do planeta. Nos últimos 45 anos, houve quase cem abalos sísmicos em um raio de 250 quilômetros de Tarauacá, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos. Nenhum deles, porém, teve consequências graves.

Até agora, nem os governos do Acre e do Amazonas, nem as prefeituras de Tarauacá e Ipixuna se manifestaram. Antes das ocorrências deste fim de semana, o maior abalo sísmico da história do Brasil tinha sido registrado na região da Serra do Tombador, em Mato Grosso, em 31 de janeiro de 1955, com 6,2 graus na Escala Richter.

(Com informações da Agência Brasil)

A estimativa do número de desaparecidos após o forte terremoto que abalou o centro do Japão em 1º de janeiro triplicou nesta segunda-feira (8) e passa de 300, um balanço ainda provisório que, até momento, confirmou a morte de 168 pessoas.

Uma semana após o terremoto de magnitude 7,5, que também deixou 565 feridos, 323 pessoas estão desaparecidas, de acordo com um novo relatório das autoridades locais publicado nesta segunda-feira.

A maioria das pessoas, das quais não se tem notícias, é da cidade de Wajima, uma das mais afetadas pela catástrofe, na península de Noto, às margens do Mar do Japão. A cidade também foi palco de graves incêndios em decorrência do sismo.

Seguido por centenas de tremores secundários, o terremoto causou milhares de deslizamentos de terra e o desabamento de edifícios e estradas em toda a região. Também desencadeou um tsunami com ondas de mais de um metro de altura na costa da península de Noto, uma estreita faixa de terra com cerca de 100 quilômetros de extensão.

O tremor foi sentido até Tóquio, a 300 km de distância.

Milhares de equipes de resgate chegaram de diferentes pontos do país para apoiar os esforços de socorro e continuam as buscas nos escombros à procura de corpos.

Na segunda-feira, tiveram de lidar com a queda de neve na península de Noto, que depositou camadas de mais de 10 cm em alguns locais, e com temperaturas que não ultrapassaram os 4°C.

Teme-se a ocorrência de novos deslizamentos de terra, devido às chuvas, e espera-se que as condições de gelo compliquem ainda mais o tráfego nas estradas danificadas pelo terremoto, advertiram as autoridades.

Os serviços de resgate também continuam seus esforços para chegar a mais de 2.000 pessoas, algumas das quais se encontram em estado crítico, isoladas por estradas afetadas pelo terremoto, e para lhes entregar comida e equipamento.

O governador da província de Ishikawa, Hiroshi Hase, sublinhou no canal de televisão público NHK que é necessário "evitar a todo o custo mortes" entre os deslocados pelo desastre.

Cerca de 29.000 pessoas permaneciam abrigadas no domingo em 404 instalações oferecidas pelo governo.

- Situação crítica de saúde -

"Levar o mínimo de ajuda humanitária às pessoas para que possam sobreviver é um desafio", explicou Hisayoshi Kondo, chefe de uma equipe de assistência médica enviada para a zona, em entrevista ao canal de televisão Asahi, acrescentando que, "nas zonas isoladas, o abastecimento de água e de alimentos continua insuficiente".

Pelo menos 18.000 casas na região de Ishikawa seguiam sem eletricidade nesta segunda-feira, e mais de 66.100 não tinham água no domingo. E, de acordo com a imprensa local, das 29.000 vítimas instaladas em abrigos governamentais, muitas não tinham água, eletricidade e aquecimento suficientes.

"Quero melhorar as más condições nos abrigos", disse Hase à NHK.

"A primeira prioridade tem sido resgatar as pessoas que estão sob os escombros e chegar às comunidades isoladas", declarou o primeiro-ministro Fumio Kishida em uma entrevista ao mesmo canal no domingo.

O Exército enviou pequenos grupos de tropas a pé para cada uma das comunidades isoladas, relatou.

O governo também "mobilizou vários helicópteros da polícia e dos bombeiros (…) para acessá-las do céu", acrescentou Kishida.

O Japão registra centenas de terremotos todos os anos, e a maioria não causa danos, em função dos rígidos códigos de construção em vigor há mais de quatro décadas. Muitas das construções do país são, no entanto, antigas, especialmente em comunidades de zonas rurais como Noto.

O Japão ainda guarda a memória do devastador terremoto de 2011 que desencadeou um tsunami, deixou cerca de 18.500 mortos, ou desaparecidos, e causou uma catástrofe nuclear na central de Fukushima.

A usina nuclear de Shika, que fica a 65 quilômetros do epicentro do terremoto de 7,6 graus de magnitude que atingiu a região de Hokuriku, no Japão, na última segunda-feira, 1º, informou ter identificado uma mancha de óleo na superfície do mar em frente ao empreendimento.

Segundo a Hokuriku Electric, a marca tinha entre cinco e dez metros e foi tratada com um neutralizante. Os níveis de radiação externa não foram afetados e não há impactos adversos para a saúde humana ou para o meio ambiente, de acordo com a empresa.

##RECOMENDA##

Embora ainda avalie a situação, a concessionária acredita que a mancha foi causada pelo vazamento do óleo isolante do transformador durante o terremoto. O sistema de extinção de incêndio teria dispersado o óleo e borrifado água ao redor do transformador.

As principais fontes de alimentação externa, instalações de monitoramento e sistemas de refrigeração da planta estão funcionando normalmente. Outros impactos como a interrupção temporária do fornecimento de energia também foram sentidos.

Enquanto isso, as equipes de resgate continuam trabalhando em meio à neve para entregar suprimentos às aldeias isoladas afetadas pelo terremoto, que matou mais de 120 pessoas. Na manhã deste domingo, 195 pessoas ainda estavam desaparecidas e 560 ficaram feridas.

(Com Dow Jones Newswires)

Uma nonagenária que ficou presa sob os escombros durante cinco dias após o terremoto que abalou o Japão no dia de Ano Novo foi resgatada com vida, contra todas as probabilidades, embora a esperada nevasca neste domingo (7) deva complicar os esforços de resgate.

Pelo menos 128 pessoas morreram no terremoto de magnitude 7,5 que atingiu a península de Noto em 1º de janeiro, à beira do mar do Japão, na costa ocidental do arquipélago, e 195 continuam desaparecidas, segundo um novo relatório divulgado neste domingo, que também relata 560 feridos.

##RECOMENDA##

O terremoto e suas centenas de réplicas demoliram casas, provocaram incêndios e desencadearam um tsunami com ondas de mais de um metro de altura.

As esperanças de encontrar sobreviventes geralmente desaparecem três dias após um terremoto, mas a idosa resgatada passou cinco dias sob os escombros de uma casa desabada na cidade de Suzu, antes de ser salva no sábado.

A mulher foi levada ao hospital para tratamento e respondeu claramente às perguntas dos socorristas, segundo a emissora pública NHK.

"Espere!", gritaram as equipes de resgate na chuva, segundo um vídeo filmado pela polícia e divulgado pela mídia local. "Tudo vai ficar bem", "mantenha-se positiva", pediram-lhe.

Mas muitos tiveram menos sorte. Na cidade de Anamizu, na mesma península, um homem de 52 anos que perdeu o filho de 21 anos e os sogros aguardava notícias de outros membros da sua família.

"Gostaria que eles estivessem vivos, não quero ficar sozinho", disse ele à NHK.

- Missões de helicópteros -

Muitas comunidades na península de Noto foram isoladas por estradas danificadas e deslizamentos de terra que bloqueiam a passagem de veículos de ajuda humanitária.

O mau tempo e a nevasca prevista para este domingo ameaçam dificultar a missão dos milhares de policiais, militares e outras equipes de resgate mobilizados.

Poderia também piorar as condições de mais de 30 mil pessoas que vivem em 366 abrigos do governo devido à dificuldade de entrega de materiais de socorro às áreas que sofrem com cortes de água e eletricidade.

"A primeira prioridade tem sido resgatar pessoas sob os escombros e chegar a comunidades isoladas", disse o primeiro-ministro, Fumio Kishida, em entrevista à NHK neste domingo.

O exército enviou pequenos grupos de tropas a pé para cada uma das comunidades isoladas, disse ele.

O governo também "mobilizou vários helicópteros da polícia e dos bombeiros (…) para acessá-las do céu", acrescentou Kishida.

Na cidade de Anamizu, equipes de resgate com capas de chuva laranja ou azuis foram vistas carregando o corpo de uma vítima de deslizamento de terra, coberto com uma lona azul.

Além disso, em meio à destruição generalizada na cidade de Wajima, a tradicional porta vermelha de um santuário ainda estava de pé, mas a vista através dela era agora uma confusão de madeira e vigas derrubadas.

O Japão sofre centenas de terremotos todos os anos e a maioria não causa danos, devido aos rígidos códigos de construção em vigor há mais de quatro décadas.

Mas muitos dos edifícios do país são antigos, especialmente em comunidades de zonas rurais, como Noto.

O Japão ainda guarda a memória do devastador terremoto de 2011 que desencadeou um tsunami, deixou cerca de 18.500 mortos ou desaparecidos e causou uma catástrofe nuclear na central de Fukushima.

As equipes de resgate japonesas vasculham os escombros neste sábado (6), quase sem esperança de encontrar sobreviventes, cinco dias depois do terremoto que atingiu o centro do país no dia de Ano Novo e deixou pelo menos 126 mortos.

O número de mortos no terremoto de magnitude 7,5 que atingiu a província de Ishikawa na segunda-feira deve continuar aumentando, com mais de 200 pessoas desaparecidas, segundo as autoridades.

O trabalho dos socorristas tem sido dificultado pelo mau tempo, que será agravado pela queda de neve prevista para domingo, e pelos danos nas estradas, que estão quase inutilizáveis.

Duas idosas foram resgatadas com vida das ruínas de suas casas na quinta-feira, mas não houve novas notícias encorajadoras desde então.

Em Suzu, onde dezenas de casas ficaram em ruínas, um cão de resgate ajudou nos esforços de resgate.

"Eles são treinados para latir quando detectam uma pessoa nos escombros", explicou Masayo Kikuchi, seu treinador, à AFP.

As casas onde são encontrados os mortos são sinalizadas e os socorristas aguardam a chegada de um legista que poderá identificar o corpo junto com os familiares.

No porto da cidade, barcos de pesca foram vistos afundados ou levados à costa pelas ondas do tsunami provocado pelo terremoto, que acredita-se ter arrastado pelo menos uma pessoa.

Os danos também são extensos em Wajima e em outras partes da província de Ishikawa, localizada na costa do mar do Japão.

Fortes réplicas abalaram a região desde o devastador terremoto de segunda-feira, que causou deslizamentos de terra, um grande incêndio e um tsunami com ondas de mais de um metro de altura.

"Eu estava relaxando no dia de Ano Novo quando o terremoto começou. Meus parentes estavam todos lá e nos divertíamos", disse Hiroyuki Hamatani, 53 anos, à AFP em meio a veículos queimados e postes caídos.

"A casa ficou de pé mas não está habitável (…) não tenho espaço na cabeça para pensar no futuro", acrescentou.

- Rezar pelos mortos -

"Rezamos sinceramente pelo repouso das almas daqueles que morreram", disse o primeiro-ministro, Fumio Kishida, na rede social X.

Quase 23.800 casas ficaram sem eletricidade na região de Ishikawa e mais de 66.400 estão sem água potável. Os cortes de água e energia também afetaram hospitais e instalações de cuidados para idosos e pessoas com deficiência.

Mais de 31.400 pessoas foram alojadas em 357 abrigos e muitas comunidades permanecem isoladas.

"Estamos fazendo o nosso melhor para realizar resgates em cidades isoladas (…). Contudo, a realidade é que o isolamento não foi resolvido na medida que gostaríamos", admitiu o governador regional, Hiroshi Hase, na sexta-feira.

O Japão registra centenas de terremotos todos os anos. A maioria não causa danos graças aos rigorosos regulamentos de construção em vigor há mais de quatro décadas.

Em 2011, um terremoto subaquático de magnitude 9 desencadeou um tsunami que deixou cerca de 18.500 mortos ou desaparecidos.

O terremoto também causou danos à usina nuclear de Fukushima, causando um dos piores desastres nucleares da história.

burs-stu/mtp/cjc/gm-an/meb/an/aa

Socorristas japoneses corriam contra o tempo nesta quarta-feira (3), em condições muito adversas, para encontrar sobreviventes do terremoto que atingiu o país no dia do Ano Novo e deixou ao menos 64 mortos.

O terremoto de magnitude 7,5 atingiu a localidade de Ishikawa, na ilha de Honshu, e provocou a destruição de milhares de edifícios, bloqueios de estradas, um devastador incêndio e um alerta de tsunami, com ondas de mais de um metro.

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou nesta quarta-feira que se trata de "uma corrida contra o tempo”, dado o número de pessoas presas nos prédios que desabaram.

"Já se passaram mais de 40 horas desde o desastre. Temos muitos relatos de pessoas que precisam ser resgatadas", declarou, após uma reunião de gestão de crise.

Autoridades alertaram para chuvas fortes, que já começaram nesta quarta-feira em uma das regiões mais afetadas, a península de Noto, no mar do Japão. A Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês) advertiu para os riscos de deslizamentos de terra.

O terremoto teve magnitude de 7,5, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), sacudiu Ishikawa às 16h10 locais (4h10 em Brasília) de segunda-feira e deixou o solo instável. A JMA classificou o sismo como de 7,6.

Além disso, centenas de réplicas complicam o trabalho dos socorristas, e as operações são interrompidas quando há alerta de instabilidade do terreno que os obriga a deixar os escombros.

O balanço de mortos pode aumentar, já que as buscas devem se prolongar por vários dias em zonas rurais de difícil acesso.

- Uma situação "catastrófica" -

Na cidade costeira de Suzu, o prefeito, Masuhiro Izumiya, citado pela rede TBS, informou que "cerca de 90% das casas foram totalmente, ou quase totalmente, destruídas.

"A situação é verdadeiramente catastrófica", afirmou.

Mais de 31.800 pessoas se encontravam em abrigos, segundo as autoridades. Quase 34 mil casas permaneciam sem luz na região de Ishikawa, além de cerca de 115 mil casas sem água nesta área e em outras, indicou o governo.

Yuko Okuda, de 30 anos, contou que está em um abrigo porque não tem luz nem água e sente medo que sua casa caia por constantes réplicas.

"Minha casa pode desabar a qualquer momento", contou à AFP a mulher que vive em Anamizu, pequena localidade da península de Noto.

O diretor de pesquisas do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS), o geólogo Robin Lacassin, advertiu que, com um terremoto de magnitude 7,5, é previsível que haja réplicas durante meses.

As autoridades de Ishikawa pediram à população que deixem de contatar familiares afetados para preservar as baterias dos telefones para as chamadas de emergência.

Os trens de alta velocidade retomaram seus serviços no centro do país, depois que cerca de 2.400 passageiros passaram horas, ou mesmo quase um dia, bloqueados em plataformas e estações.

As rodovias também foram reabertas para facilitar a entrega de alimentos e produtos de primeira necessidade, mas o estado das estradas dificulta o trânsito.

Situado no Cinturão de Fogo do Pacífico, o Japão é um país acostumado à atividade sísmica.

Mas o arquipélago ainda se recorda do trauma provocado por um terremoto de magnitude 9, em 2011, com um devastador tsunami que varreu a costa nordeste e deixou cerca de 20.000 mortos e desaparecidos. O desastre provocou um acidente nuclear em Fukushima, o pior desde a catástrofe de Chernobyl, em 1986.

O terremoto desta segunda-feira provocou poucos danos nas usinas nucleares do litoral, segundo suas operadoras.

A Agência Meteorológica do Japão emitiu, na segunda-feira, 1º, um alerta de tsunami importante para Ishikawa e alertas ou avisos de tsunami de nível inferior para o restante da costa oeste da ilha principal do Japão, Honshu, e também para a ilha do norte de Hokkaido. O alerta foi rebaixado algumas horas depois, e todos os alertas de tsunami foram suspensos até a manhã desta terça-feira, 2.

Os alertas ocorreram em meio a uma série de terremotos poderosos que atingiram o oeste do Japão e que deixaram pelo menos 48 pessoas mortas e milhares de edifícios, veículos e barcos danificados. Autoridades alertaram que mais terremotos podem ocorrer. Réplicas do abalo continuaram a abalar a província de Ishikawa e áreas próximas um dia após um tremor de magnitude 7,6 atingir a região na tarde de segunda.

##RECOMENDA##

Foram confirmadas 48 mortes em Ishikawa, segundo autoridades. Outras 16 pessoas ficaram gravemente feridas, enquanto os danos às casas eram tão grandes que não puderam ser avaliados imediatamente, disseram as autoridades. Relatos da mídia japonesa indicaram que dezenas de milhares de residências foram destruídas.

O porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi, disse que 17 pessoas ficaram gravemente feridas e forneceu uma contagem ligeiramente menor de mortes, enquanto afirmava estar ciente da contagem da província. Áreas ainda estavam sem água, energia e serviço de celular, e os moradores expressaram tristeza por suas casas destruídas e futuros incertos.

Ondas com mais de um metro atingiram alguns lugares. Pessoas evacuadas de suas casas se reuniram em auditórios, escolas e centros comunitários. Os serviços de trens-bala na região foram interrompidos, mas grande parte foi restabelecido nesta terça-feira. Trechos de rodovias foram fechados. Meteorologistas previram chuva, gerando preocupações sobre edifícios e infraestrutura já desmoronados.

Vídeos mostraram fileiras de casas desabadas e virados. Navios meio submersos flutuavam em baías onde ondas do tsunami haviam avançado, deixando a costa enlameada.

"Não é apenas uma bagunça. A parede desabou, e você pode ver até o cômodo ao lado. Acho que não podemos mais viver aqui", disse Miki Kobayashi, moradora de Ishikawa, enquanto varria ao redor de sua casa. Ela também mencionou que a casa já tinha sido danificada em um terremoto de 2007.

Parte do cotidiano

Embora o número de vítimas continue a aumentar gradualmente, os alertas públicos rápidos, transmitidos por meio de mensagens e telefones, e a resposta rápida do público em geral e das autoridades parecem ter mantido pelo menos parte dos danos sob controle. Os esforços de resgate realizados rapidamente por bombeiros, policiais e militares são um testemunho de como esta nação suportou repetidamente desastres, que praticamente se tornaram parte do cotidiano.

Toshitaka Katada, professor da Universidade de Tóquio especializado em desastres, disse que as pessoas estavam preparadas porque a área havia sido atingida por terremotos nos últimos anos. Eles tinham planos de evacuação e suprimentos de emergência em estoque. "Provavelmente não há povo na Terra, exceto os japoneses, que esteja tão preparado para desastres", afirmou em uma entrevista por telefone à Associated Press.

Katada alertou que a situação ainda é precária e imprevisível. O terremoto e tsunami de março de 2011 no nordeste do Japão foram precedidos por outros terremotos. "Isso está longe de terminar", disse. Previsões de cientistas foram repetidamente refutadas, como no terremoto de 2016 em Kumamoto, no sudoeste, uma área anteriormente considerada relativamente livre de terremotos. A única projeção real possível é que não se pode fazer projeções, acrescentou Katada. "Ter muita confiança no poder da ciência é muito perigoso. Estamos lidando com a natureza".

Imagens aéreas da mídia japonesa mostraram danos generalizados nos locais mais atingidos, com deslizamentos de terra fechando estradas, barcos lançados nas águas e um grande incêndio que transformou uma parte inteira da cidade de Wajima em cinzas. O exército japonês enviou mil soldados para as zonas de desastre para se juntar aos esforços de resgate, disse o primeiro-ministro Fumio Kishida. "Salvar vidas é nossa prioridade e estamos lutando contra o tempo", disse ele. "É crucial que as pessoas presas em suas casas sejam resgatadas imediatamente".

Um terremoto com uma magnitude preliminar de 5,6 sacudiu a área de Ishikawa enquanto ele falava. Mais terremotos continuaram a abalar a região, totalizando mais de 100 réplicas nas últimas 24 horas. Reguladores nucleares disseram que várias usinas nucleares na região estavam operando normalmente. O terremoto e tsunami de 2011 causaram o derretimento de três reatores e a liberação de grandes quantidades de radiação em uma usina nuclear no nordeste do Japão.

EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em um comunicado que sua administração está "pronta para fornecer qualquer assistência necessária ao povo japonês". O Japão é frequentemente atingido por terremotos devido à sua localização ao longo do "Anel de Fogo", um arco de vulcões e falhas na Bacia do Pacífico. Fonte: Associated Press.

De acordo com a cidade de Wajima, província de Ishikawa, no Japão, até às 9h do dia 2 (horário local), oito pessoas foram confirmadas mortas devido aos terremotos. Já se passaram mais de 15 horas desde o início do incêndio em Kawai-cho, no centro de Wajima, por conta do tremor de magnitude 6 na escala de intensidade sísmica.

Os esforços para extinguir o incêndio continuam, informou a NHK, canal público do Japão. O corpo de

##RECOMENDA##

bombeiros continua tentando controlar o incêndio, enquanto contabiliza os danos humanos.

Um vídeo feito por um helicóptero da NHK por volta das 6h50 (horário local) mostra um incêndio

ocorrendo na área de Asaichi Dori, uma conhecida atração turística, com chamas saindo de vários

locais e fumaça branca subindo por uma ampla área.

Os edifícios circundantes estão totalmente carbonizados e alguns até totalmente queimados. De

acordo com o corpo de bombeiros, há informações de que o prédio de uma antiga empresa de laca em Kawai-cho, cidade de Wajima, desabou.

A emissora pública do Japão, NHK, atualizou para quatro o número de mortos

em terremotos na costa oeste do país nesta segunda-feira. As informações foram fornecidas pela

##RECOMENDA##

Prefeitura de Ishikawa, onde o tremor atingiu magnitude 7. Mais cedo, a polícia local já havia

confirmado a morte de um idoso.

Há ainda relatos de pessoas feridas e desabamentos em cinco províncias: Ishikawa, Niigata, Fukui,

Toyama e Gifu, além de relatos de moradores que não puderam fugir e foram deixados para trás em

suas casas.

O Itamaraty divulgou nota oficial no início da tarde apontando que, até o momento, não há notícias de brasileiros mortos ou feridos entre as vítimas do terremoto que atingiu o Japão nesta segunda-feira, 1º.

"O Itamaraty, por meio de sua embaixada em Tóquio e de seus consulados-gerais no Japão, está em contato com a comunidade brasileira no país e com autoridades locais", diz a publicação.

##RECOMENDA##

A pasta informa que os plantões consulares do Consulado-Geral em Nagoia (080-8255-2410) e em Tóquio (090-6949-5328) estão em funcionamento para atender nacionais em situação de emergência. O plantão consular geral do Itamaraty também pode ser contatado por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.

Na mesma nota, o governo expressou solidariedade à população japonesa e as vítimas, que ainda estão sendo registradas.

O Japão retirou seu alerta mais alto de tsunami, após uma série de grandes terremotos nesta segunda-feira, dia 1º, mas afirmou a moradores de áreas costeiras da região que não devem retornar a suas casas, já que ainda poderiam surgir ondas mortíferas. Os tremores, o pior deles com magnitude preliminar de 7,6, provocaram um incêndio e queda de prédios na costa oeste da principal ilha do Japão, Honshu. Não estava claro ainda se havia mortos ou feridos. A Agência Meteorológica do Japão reportou mais de doze terremotos no Mar do Japão, perto da costa de Ishikawa, e em zonas próximas, depois das 16h (hora local).

Pelo menos seis casas foram danificadas, com pessoas presas dentro, disse um porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi. Houve um incêndio na prefeitura de Ishikawa, na cidade de Wajima, e mais de 30 mil residências estavam sem energia.

##RECOMENDA##

O alerta inicial foi rebaixado horas depois dos terremotos para um alerta de tsunami regional. Isso significa que as ondas poderiam chegar a até 3 metros. Devem ocorrer ainda tremores secundários nos próximos dias, advertem autoridades. Fonte: Associated Press.

O Japão emitiu aletas de tsunami e orientou as pessoas que deixem áreas próximas ao mar, após uma série de fortes terremotos em sua costa oeste nesta segunda-feira, dia 1º. A Agência Meteorológica do Japão reportou tremores na costa de Ishikawa e em zonas próximas depois das 16h (hora local). Um deles teve magnitude preliminar de 7,6.

As autoridades emitiram o alerta de risco de um grande tsunami para Ishikawa e alertas de tsunamis menores para o restante da costa oeste da principal ilha do país, Honshu. A emissora pública NHK disse que ondas poderiam chegar a 5 metros e afirmou que as pessoas deveriam se abrigar em terras altas logo, nessa região de risco. Os alertas continuaram a ser veiculados mais de duas horas após o alerta inicial. Vários tremores secundários ocorreram na região.

##RECOMENDA##

Porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi disse a repórteres que usinas nucleares na área não tinham qualquer irregularidade. Mas enfatizou a importância de que as pessoas se abriguem para evitar eventuais problemas com tsunami. Os terremotos também causaram danos. Imagens da imprensa japonesa mostraram fumaça avermelhada em uma área na cidade de Wajima, em Ishikawa, mas não havia detalhes. Uma casa havia ruído em outra zona, e havia uma busca em andamento para ajudar eventuais vítimas. Trens rápidos foram paralisados na área e partes de uma rodovia foram fechados, segundo a NHK.

A Agência Meteorológica disse em entrevista coletiva que mais tremores fortes poderiam atingir a região na próxima semana, sobretudo nos próximos dois a três dias. Fonte: Associated Press.

Sobreviventes do terremoto na China se recuperavam nesta quinta-feira nos hospitais, enquanto as equipes de emergência transportavam mantimentos para a região afetada, três dias depois do tremor que deixou 135 mortos, segundo um balanço atualizado.

As equipes de emergência prosseguem com as buscas por vítimas na província de Qinghai, noroeste do país.

##RECOMENDA##

Quase mil pessoas ficaram feridas na província e na vizinha Gansu após o terremoto potente, de pouca profundidade, que abalou a região na segunda-feira à noite.

O balanço anterior registrava 134 mortes.

No hospital do condado de Jishishan, em Gansu, perto do epicentro do terremoto, médicos atendiam os feridos em edifícios visivelmente danificados pelo tremor.

"Eu quero voltar para casa", declarou à AFP uma paciente que aguardava por uma cirurgia na perna. "Mas a minha casa foi destruída, não sei para onde ir", acrescentou.

"As pessoas estão preocupadas com os tremores secundários, não conseguem dormir porque não há lugar seguro", disse um funcionário do governo de Jishishan.

O Centro Geológico dos Estados Unidos (USGS) afirmou que o terremoto foi registrado às 23H59 locais de segunda-feira, com 5,9 graus de magnitude a 100 km de Lanzhou, capital de Gansu.

Vários tremores secundários foram registrados. As autoridades alertaram para a possibilidade de terremotos de mais de 5 graus de magnitude nos próximos dias.

Os sobreviventes do terremoto na China, que matou 131 pessoas conforme um balanço atualizado, estavam abrigados em barracas nesta quarta-feira (20), no momento em que uma onda de frio afeta o norte do país.

O terremoto aconteceu na segunda-feira à noite, em uma região 1.300 km ao sudoeste de Pequim.

##RECOMENDA##

"As operações de busca e resgate terminaram ontem", declarou nesta quarta-feira um dos coordenadores do serviço de gestão de emergências de Gansu em uma entrevista coletiva.

"A principal missão agora é atender os feridos e realocar os desabrigados", acrescentou.

O terremoto, que também deixou quase 1.000 feridos, segundo a agência estatal Xinhua, foi o mais letal no país desde 2014, quando mais de 600 pessoas morreram em um tremor em Yunnan (sudoeste).

Correspondentes da AFP observaram famílias refugiadas em barracas no condado de Jishishan, na província de Gansu (noroeste), perto do epicentro do terremoto.

Uma mulher afirmou que teme retornar para casa. "Não podemos voltar, é muito perigoso", disse à AFP, recusando-se a revelar seu nome.

"Tudo pode desabar a qualquer momento", explicou.

O terremoto provocou 113 mortes na província de Gansu, e 18, na província vizinha de Qinghai. Quase mil feridos foram hospitalizados, segundo o canal estatal CCTV.

O papa Francisco afirmou que seus "pensamentos estão com as vítimas e os feridos do devastador terremoto" e se declarou "próximo das populações que sofrem, com afeto e oração".

Apenas na província de Gansu, 87.000 pessoas foram levadas para "abrigos temporários", segundo a CCTV.

Para as famílias que dormem ao relento, as únicas fontes de calor são os fogões e cobertores carregados às pressas de suas casas.

- Temperaturas polares -

Na localidade de Liugou, os habitantes estão aglomerados em grandes barracas montadas pelas autoridades locais em uma quadra de basquete.

Algumas barracas recebem até 35 pessoas.

As esperanças de encontrar sobreviventes parecem mínimas quase dois dias após o terremoto, ainda mais com as temperaturas polares na região.

A meteorologia indica que o termômetro deve atingir -17ºC nesta quarta-feira em Jishishan.

O norte da China enfrenta uma onda de frio sem precedentes. Na cidade histórica de Datong, província de Shanxi, o termômetro chegou a 33,2 graus abaixo de zero na terça-feira.

As autoridades enviaram bombeiros e equipes de emergência às regiões afetadas.

A imprensa estatal chinesa informou que 2.500 barracas, 20.000 casacos e 5.000 camas dobráveis foram enviadas para a província de Gansu.

O tremor de segunda-feira teve 6,2 graus de magnitude, segundo a Xinhua (ou 5,9, de acordo com Centro Geológico dos Estados Unidos, USGS), e foi seguido por vários tremores secundários.

As autoridades chinesas alertaram que, nos próximos dias, podem ser registrados mais tremores com magnitude superior a 5.

bur-tjx-cmk-etb/chv/lch/pz/mab/meb/fp/tt

Um forte terremoto durante a madrugada desta terça-feira, 19, sacudiu uma região montanhosa no noroeste da China, destruindo casas e deixando moradores na rua em uma noite de inverno abaixo de zero. Pelo menos 126 pessoas morreram, sendo o terremoto mais mortal registrado em nove anos no país.

O terremoto de magnitude 6,2 iniciou pouco antes da meia-noite, ferindo mais de 700 pessoas, danificando estradas e cortando energia e linhas de comunicação nas províncias de Gansu e Qinghai, segundo a imprensa estatal chinesa.

##RECOMENDA##

Enquanto serviços de emergência trabalhavam procurando pessoas desaparecidas em meio a prédios colapsados e pelo menos um deslizamento de terra, pessoas que perderam suas casas estavam se preparando para passar uma noite gelada em tendas apressadamente levantadas.

"Eu apenas me sinto ansioso, quais outros sentimentos poderia haver?", disse Ma Dongdong, que teve três quartos em sua casa destruídos e parte da sua cafeteria, completamente rachada. Com medo de voltar para casa por causa dos tremores secundários, ele passou a noite em um campo com a esposa, seus dois filhos e alguns vizinhos, onde acenderam uma fogueira para se manterem aquecidos. No início da manhã, eles foram para um acampamento que Ma disse abrigar cerca de 700 pessoas. No meio da tarde, eles aguardavam a chegada de cobertores e agasalhos.

O terremoto aconteceu em uma profundidade de 10 quilômetros no condado de Jishishan, em Gansu, a cerca de 5 quilômetros da fronteira provincial com Qinghai, disse o Centro de Redes Terremotos da China.

A emissora de TV estatal CCTV disse que 113 mortos foram confirmados em Gansu e 536 feridos. Treze outros foram mortos e 182 feridos em Qinghai, na área norte do epicentro, disse o Partido Comunista em uma entrevista coletiva.

Tremores secundários

Houve nove tremores secundários por volta das 10h - cerca de 10 horas depois do terremoto inicial - e o maior deles registrou magnitude de 4,1. As autoridades de emergência em Gansu lançaram um apelo por 300 trabalhadores adicionais para operações de busca e salvamento, e as autoridades de Qinghai relataram o desaparecimento de 20 pessoas num deslizamento de terra, segundo a mídia estatal chinesa.

O terremoto foi sentido grande parte da área circundante, incluindo Lanzhou, capital da província de Gansu, cerca de 100 quilômetros a nordeste do epicentro. Fotos e vídeos postados por um estudante da Universidade de Lanzhou mostraram estudantes saindo às pressas de um dormitório. "O terremoto foi muito intenso", disse Wang Xi, o estudante que postou as imagens. "Minhas pernas ficaram fracas, especialmente quando descemos correndo do dormitório."

O número de mortos foi o mais alto desde agosto de 2014, quando um terremoto matou 617 pessoas na província de Yunnan, no sudoeste da China. O terremoto mais mortal do país nos últimos anos foi um terremoto de magnitude 7,9 em 2008, que deixou quase 90 mil mortos ou presumivelmente mortos e devastou cidades e escolas na província de Sichuan, levando a um esforço de anos para reconstruir com materiais mais resistentes.

Li Haibing, um especialista na Academia Chinesa de Ciências Geológicas, disse que o número relativamente elevado de vítimas no último terremoto foi em parte porque foi superficial. "Portanto, causou maior abalo e destruição, embora a magnitude não fosse grande", disse ele.

Outros fatores incluem o movimento principalmente vertical do terremoto, que causa tremores mais violentos; a baixa qualidade dos edifícios em uma área relativamente pobre; e o fato de ter acontecido no meio da noite, quando a maioria das pessoas estava em casa, disse Li.

Barracas, camas dobráveis e colchas

O epicentro foi a cerca de 1,3 mil quilômetros a sudoeste de Pequim, a capital da China. A área remota e montanhosa é uma região predominante de grupos étnicos muçulmanos e perto de algumas comunidades tibetanas. Geograficamente, fica no centro da China, embora a região seja comumente referida como o noroeste, já que fica no extremo noroeste das planícies mais populosas da China.

Barracas, camas dobráveis e colchas estavam sendo enviadas para a área de desastre, de acordo com a CCTV. A emissora citou o líder chinês Xi Jinping pedindo por esforços totais de busca e resgate para minimizar as vítimas.

Durante a noite, a região registrou temperaturas de -15ºC a -9ºC. O The Beijing Youth Daily, um jornal do Partido Comunista, citou um coordenador de resgate dizendo que havia necessidade de geradores, casacos e combustível para fornos, entre outros itens.

Pelo menos 4 mil bombeiros, soldados e policiais foram acionados nos esforços de resgate. Um vídeo publicado pelo Ministério de Gestão de Emergências mostrou trabalhadores de emergência em uniformes laranja usando varas para tentar mover pedaços pesados do que pareciam ser detritos de concreto à noite. Outros vídeos distribuídos pela mídia estatal mostraram trabalhadores levantando uma vítima e ajudando uma pessoa que tropeçava caminhando em uma área coberta por neve leve.

Dois moradores do condado de Jishishan relataram que havia rachaduras em suas paredes, mas seus prédios não desabaram. Eles não tinham certeza se era seguro permanecer em suas casas e estavam tentando descobrir onde passariam a noite.

Terremotos são relativamente comuns na área montanhosa do noroeste da China. Em setembro de 2023, 93 pessoas morreram em um terremoto de magnitude 6,8 que chocou a província de Sichuan, no sudoeste do país, provocando deslizamentos de terra e sacudindo edifícios em a capital da província de Chengdu, onde 21 milhões de residentes estavam sob bloqueio devido à covid-19. Fonte: Associated Press.

As equipes de emergência procuravam sobreviventes nesta terça-feira (19) entre os escombros de edifícios que desabaram após um terremoto que deixou pelo menos 118 mortos no noroeste de China.

O tremor aconteceu quase 1.300 quilômetros ao sudoeste de Pequim, na província de Gansu.

##RECOMENDA##

As autoridades da província de Qinghai informaram que pelo menos 105 pessoas morreram e quase 400 ficaram feridas. Na província vizinha de Qinghai, o canal de televisão estatal CCTV anunciou um balanço de 13 mortos e 20 desaparecidos na cidade de Haidong.

O terremoto danificou milhares de casas e obrigou os moradores a correr para as ruas, em um período do ano de temperaturas gélidas.

"Estava com muito medo. Olhe como as minhas mãos e pernas estão tremendo", declarou uma mulher em um vídeo divulgado nas redes sociais do jornal estatal Diário do Povo.

"Eu saí correndo de casa, a terra da montanha cedeu e caiu no teto", acrescentou a jovem, sentada com um bebê nos braços e coberta por uma manta.

O terremoto de magnitude 5,9, segundo o Instituto Geofísico dos Estados Unidos (USGS), ocorreu às 23h59 (12h59 de Brasília) a uma profundidade de dez quilômetros.

A agência estatal Xinhua informou que a magnitude do terremoto foi de 6,2 e que o tremor foi sentido na cidade histórica de Xi'an, na província de Shaanxi (norte), a cerca de 570 km de distância.

O epicentro do terremoto foi localizado 100 km ao sudoeste da capital provincial, Lanzhou, e foi seguido por vários tremores secundários.

Este é o terremoto com o maior número de vítimas na China desde 2014, quando mais de 600 pessoas faleceram em um tremor na província de Yunnan, sudoeste do país.

As equipes de resgate começaram a trabalhar cedo nesta terça-feira. O presidente da China, Xi Jinping, pediu "todos os esforços" nas operações de busca e resgate.

As autoridades provinciais também se deslocaram para as áreas mais afetadas.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aliado de Pequim, expressou "profundas condolências" a Xi e afirmou que o país compartilha "a dor dos que perderam seus entes queridos nesta catástrofe".

- Clima gelado -

A agência Xinhua relatou cortes nos serviços de energia elétrica e água em algumas localidades. Vídeos postados nas redes sociais mostraram telhados caídos e escombros nas ruas.

A CCTV exibiu imagens de veículos de resgate chegando às áreas afetadas por estradas cobertas de neve.

A emissora informou que mais de 1.400 bombeiros e socorristas foram enviados à área do desastre e outros 1.600 permanecem de sobreaviso.

Os socorristas apareceram lado a lado nos caminhões, enquanto outras imagens os mostraram em pé recebendo instruções.

Em outros vídeos, equipes de emergência foram vistas usando lanternas para procurar entre os escombros, com macas laranjas para carregar os corpos.

As temperaturas caíram abaixo de zero no norte da China, e imagens da CCTV de uma das áreas mais afetadas mostraram moradores se aquecendo em uma fogueira enquanto os trabalhadores de emergência levantavam tendas.

Os terremotos são frequentes na China. Em agosto, um terremoto de magnitude 5,4 atingiu o leste do país, deixando mais de 20 feridos e derrubando dezenas de prédios.

Em setembro de 2022, um terremoto de magnitude 6,6 atingiu a província de Sichuan, onde quase 100 pessoas morreram.

Outro terremoto, de magnitude 7,9 em 2008, deixou mais de 87.000 pessoas mortas ou desaparecidas, incluindo 5.335 estudantes.

Moradores da Cidade do México sentiram por um terremoto moderado de magnitude 5.8 que atingiu ao sul da capital nesta quinta-feira, 7. O Serviço Geológico dos Estados Unidos afirmou que o terremoto ocorreu por volta das 14h03, horário local, próximo a Chiautla de Tapia, uma vila rural a cerca de 200 quilômetros ao sul da Cidade do México, no Estado de Puebla.

O chefe da agência federal de defesa civil afirmou que não houve relatos imediatos de danos em Chiautla. O prefeito interino da Cidade do México, Martí Batres, disse que não houve relatos imediatos de danos ou ferimentos na capital.

##RECOMENDA##

O tremor ativou o sistema de alarme de terremotos da Cidade do México, levando as pessoas a deixarem prédios de apartamentos e escritórios em bairros por toda a cidade. Grupos de trabalhadores de escritório se reuniram nas calçadas ao longo da avenida Reforma, no centro da cidade. Fonte: Associated Press,

Pelo menos três pessoas morreram no terremoto que abalou o sul das Filipinas neste fim de semana e provocou vários tremores secundários, disseram as autoridades nesta segunda-feira (4).

Outras oito pessoas ficaram feridas após o terremoto de magnitude 7,6 que ocorreu no sábado (2) na costa da ilha de Mindanao. Na mesma área, vários tremores secundários com magnitudes superiores a 6,0 foram registados no domingo.

Um deles foi um terremoto de magnitude 6,9 na madrugada de segunda-feira, a uma profundidade de 30 quilômetros, em um ponto 72 quilômetros a nordeste do município de Hinatuan, na província de Surigao del Sur, disse o Serviço Geológico dos EUA.

"Ainda estamos aterrorizados porque há muitas réplicas", disse Alex Arana, chefe da agência de desastres da província, à rádio DZBB.

Na noite de domingo, mais de 30 mil famílias permaneciam em abrigos em Surigao del Sur, disse Arana.

O terremoto inicial de sábado desencadeou alertas de tsunami que foram posteriormente cancelados em toda a região do Pacífico e levou os moradores da costa leste de Mindanao a fugir dos edifícios.

Em Surigao del Sur, duas pessoas morreram, disse Arana, uma devido à queda de destroços e a outra devido ao desabamento de um muro.

Uma mulher grávida também morreu na cidade de Tagum, província de Davao del Norte, informou a agência de desastres.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando