Tópicos | Gonzagão - A Lenda

O espetáculo "Gonzagão - A lenda", que acontece neste sábado (17) e domingo (18), na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife terá um efetivo de 30 agentes de trânsito da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) responsáveis por monitorar o tráfego do Bairro do Recife das 10h do sábado até às 22h do domingo.

A circulação de veículos será proibida em todo o entorno da Praça do Arsenal a partir das 10h do sábado, quando a estrutura do espetáculo será montada. Já no domingo, quando além do show também acontece o Recife Antigo de Coração, haverá bloqueio da Rua do Observatório x Rua do Brum; Avenida Alfredo Lisboa x Rua Dona Maria César; Rua Dona Maria César x Rua Vigário Tenório; Rua Dona Maria César x Avenida Marquês de Olinda; Avenida Marquês de Olinda x Rua da Guia; Avenida Rio Branco x Rua do Apolo; Avenida Rio Branco x Rua do Apolo; Rua do Bom Jesus x Avenida Barbosa Lima e Avenida Alfredo Lisboa x Rua Barbosa Lima.

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A CTTU recomenda ao público chegar cedo ao evento para evitar retenções ou deixar o carro em casa e utilizar o transporte coletivo. Outra opção é ir em grupo em um mesmo veículo, já que a oferta de vagas de estacionamento em via pública é limitada. Os condutores também devem estar atentos à sinalização que proíbe estacionamento. A fiscalização será rigorosa e o motorista que tiver o carro flagrado em local irregular corre o risco de receber multas entre leve, média e grave, no valor de R$ 53,21 (três pontos na CNH), R$ 85,13 (quatro pontos na CNH) ou 127,69 (cinco pontos na CNH) e de ter o veículo rebocado.

São nove atores em cena (apenas uma mulher) que se multiplicam para viver uma figura eterna. O musical Gonzagão - A Lenda, em cartaz no Sesc Belenzinho, em São Paulo, é fruto do esforço criativo do escritor e diretor João Falcão, um pernambucano que cresceu ouvindo os sucessos do Rei do Baião. "Foram suas canções que me ajudaram a moldar a imagem do sertão, a descobrir a importância das festas juninas, a considerar o valor da resistência do nordestino", comenta Falcão. "Para mim, Luiz Gonzaga é uma figura com uma força mítica maior que a do Padre Cícero."

Gonzagão - A Lenda narra a trajetória do músico de uma forma carinhosa, não se prendendo rigidamente à linha do tempo. Por meio de mais de 30 canções (como Asa Branca e Xote das Meninas), o espetáculo acompanha a trajetória de Luiz Gonzaga (1912-1989), da infância pobre ao músico consagrado. "Minha intenção é a de explicar a importância do trabalho e de como Gonzaga se transformou na cara do Brasil: um homem pobre que deixou o Nordeste para virar rei", diz Falcão. "Trata-se da identidade alegre de uma gente sofrida."

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A narrativa flui como uma fábula, com direito a licenças poéticas como o encontro (provavelmente fictício, pois não há comprovação) entre Gonzaga e Lampião. "O cangaceiro profetiza a história de como o músico vai se tornar Rei do Baião", observa o diretor e criador, que confessa ter enfrentado dificuldades para escolher as canções do espetáculo.

"Eu acreditava que conhecia bem todas elas, mas me surpreendi ao constatar que havia muitas que eram novidade para mim", conta.

Livre de amarras históricas, Falcão criou uma trama que se passa no futuro, quando o sertão virou mar. Lá, distante do século 20, um grupo lembra a lenda do Rei Luiz e, à medida em que vai entoando suas canções, apresenta também novas facetas de Gonzaga.

As músicas selecionadas são tocadas por quatro instrumentistas e cantadas por nove atores e Gonzaga, em todas as fases da vida, é interpretado ora por um ator, ora por outro. "É como se os intérpretes juntassem cacos de memórias. Ao mesmo tempo em que usam chapéu de couro, vestem calça de látex", afirma Falcão.

GONZAGÃO - A LENDA - Sesc Belenzinho.Rua Padre Adelino, 1.000, tel. 2076-9700. 6ª e sáb., 21 h: dom., 18 h. R$ 5/ R$ 25. Até 1º/12. sescsp.org.br

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veio a maioridade. E o Festival de Curitiba cresceu. Em sua 22ª edição, o evento que começa nesta terça-feira (26) exibe uma programação cunhada nos mesmos moldes dos anos anteriores: traz obras de dramaturgia nacional, foca na fusão de linguagens, reserva lugar para alguns experimentos e elege uma boa parcela de títulos atraentes para o grande público. A equipe de curadores, Celso Curi, Lucia Camargo e Thania Brandão, também se mantém intacta há cinco anos. "A receita é a mesma", garante Leandro Knolpfholz, diretor do Festival. Mas o resultado, de alguma forma, é diferente.

Neste ano, os antes onipresentes musicais à maneira da Broadway saíram de cena. Criações de médio porte que se destacaram na última temporada angariaram espaço considerável. A presença de títulos internacionais cresceu. Também chegou a tão ansiada rotatividade: não se vê mais a oferta viciada que manteve os mesmos grupos e diretores por anos na grade.

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No entanto, o sinal mais contundente de que essa edição pode se distinguir está no fato de a mostra ter deixado a posição passiva de apenas amealhar o que se faz no País e passar a atuar como coprodutora. São quatro as montagens nas quais o festival investiu de maneira direta: Homem Vertente, espetáculo em parceria com a companhia argentina Ojalá, Música em Cena, da cantora Cida Moreira, além das peças Parlapatões Revisitam Angeli e Cine Monstro Versão 1.0, de Enrique Diaz. "A intenção é viabilizar propostas que não poderiam estar no festival de outra maneira", aponta Knolpfholz. "Alguns são espetáculos que não ficariam prontos a tempo se a gente não desse um empurrão. Outros são desafios, ideias que a gente propôs. Não temos a pretensão de mudar os rumos das coisas, mas queríamos experimentar interferir na produção, como outros grandes festivais do mundo costumam fazer."

Até o dia 7 de abril, a capital paranaense recebe 32 espetáculos selecionados para o festival, nove deles estreias nacionais. A quantidade é equivalente a de outras edições. Porém, alguns recortes propostos pela curadoria também ajudaram a mudar as feições do evento. Um mesmo texto será apresentado em duas versões: The Pillowman, de São Paulo, e O Homem Travesseiro, do Rio, partem ambos da obra do inglês Martin McDonagh.

Outra mudança a ser comemorada: a lacuna deixada pelos grandes musicais foi ocupada por produções, de diferentes estilos e origens, que utilizam a música em sua concepção. "São criações em que a música não é utilizada apenas como pano de fundo, mas como protagonista da cena", diz o diretor do festival. Ele se refere a espetáculos como Os Bem-Intencionados - em que o grupo Lume, de Campinas, abandona momentaneamente seu olhar para o trabalho corporal para se lançar em uma proposta que valoriza a dramaturgia e, nessa esteira, uma série de canções. Também despontam nesse contexto peças como Gonzagão - A Lenda e Pansori Brecht, uma releitura rock do clássico Mãe Coragem, vinda da Coreia. "Essa utilização diferente da música não acontecia apenas aqui, mas em outros lugares do mundo."

A programação paralela do Festival costuma despertar tanta atenção quanto a lista de eleitos pela curadoria. Apesar disso, os problemas que atingem essa parcela do evento parecem longe de encontrar uma solução. Inspirado pelo Festival de Edimburgo, o Fringe de Curitiba é um espaço sem seleção, livre para quem quiser participar. Em 2013, a cidade verá 376 peças inscritas nessa categoria. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Seis espetáculos pernambucanos, além de montagens de grupos de outros estados ocupam diversos teatros do Recife a partir desta quarta-feira (21), quando tem início a 15ª edição do Festival Recife do Teatro Nacional. Na noite de abertura, os recifenses têm a chance de conferir o espetáculo Gonzagão - A lenda, escrito e dirigido pelo pernambucano João Falcão. A encenação acontece no Teatro de Santa Isabel em dois horários, às 19h e às 21h.

Até o dia 2 de dezembro, um total de 18 espetáculos se dividem entre os teatros Apolo, Hermilo Borba Filho, Barreto Júnior, Luiz Mendonça, Santa Isabel, Marco Camarotti e Capiba. Entre eles, Viúva, porém honesta de Nelson Rodrigues, encenado pelo grupo pernambucano Magiluth. Do Rio de Janeiro vêm espetáculos como Estamira, idealizado por Dani Barros, e Absurdo, de Daniel Herz. O Núcleo Bartolomeu de Depoimentos apresenta a primeira hip-hópera do Brasil, Orfeu Mestiço.

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Este ano, o festival rende homenagem ao ator e diretor Marcus Siqueira, fundador do Teatro Novo do Recife. Nesse sentido, o evento investiu não só nas apresentações, mas também nas ações formativas, uma vez que o homenageado se preocupava com a educação de atores. Na programação das atividades formativas, serão realizados seminários, oficina-residência, seis workshops, lançamentos de livros e leituras dramatizadas. Os ingressos para os espetáculos do Festival custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Serviço

15º Festival Recife do Teatro nacional

De 21 de novembro a 2 de dezembro

R$ 10 e R$ 5 (meia entrada) - Vendas antecipadas a partir de hoje (20), no Teatro Hermilo Borba Filho, das 10h às 16h.


http://www.15frtn.com

Natural de São Lourenço da Mata, pertinho do Recife, João Falcão nasceu em 1958, quando Luiz Gonzaga (1912-1989), filho de Exu, no mesmo Pernambuco, já contava mais de cinco dezenas de LPs, os maiores sucessos da carreira e vinte anos no Rio, fazendo fama com sua sanfona.

A figura do Rei do Baião sempre esteve fortemente presente - no imaginário familiar e popular, no repertório do dia a dia e nas festas juninas. Às vezes, em viagens, ele encontrava o artista em restaurantes de beira de estrada, entre um show e outro.

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O dramaturgo também queria prestar a sua homenagem neste ano do centenário. Não na linha estritamente biográfica, como Breno Silveira fez em "Gonzaga, de Pai Pra Filho", que estreou sexta. "Queria fazer a homenagem do teatro", explica o autor e diretor de "Gonzagão - A Lenda", em cartaz no Teatro do Sesc Ginástico (Rua Graça Aranha, 187, Rio, tel. 21-2279-4027).

Falcão leu tudo que encontrou sobre seu personagem. Preferiu uma abordagem "mais lúdica" do que "wikipédica". Falar mais do que mito (o menino pobre que ganhou majestade, o criador não só de um gênero, mais da própria ideia de sertão) do que do homem (o garoto que saiu de casa para tentar a sorte com música, o pai de Gonzaguinha).

Imaginou uma trupe que, no futuro, conta a lenda do Rei Luiz, remetendo-se a um distante século 20. O sertão virou mar. Sob a poeira das décadas, o grupo encontra informações sobre a tal lenda ao longo do espetáculo. A voz de Gonzaga está em textos que Falcão extraiu das muitas entrevistas gravadas para a TV - ele adorava reminiscências.

As mais de 50 músicas selecionadas, tocadas por quatro instrumentistas e cantadas por nove atores, também são episódios dessa história. O jovem e o velho Lua são interpretados ora por um ator, ora por outro.

A sanfona é protagonista, mas não onipresente. "Como o texto e a direção não são realistas, vi a oportunidade de desviar da estética tradicional do baião, a sonoridade de raiz, a sanfona, a zabumba e o triângulo. Incluímos o cello, a rabeca, a viola caipira e a percussão com bateria", conta o diretor musical, Alexandre Elias, que vem do sucesso de "Tim Maia - Vale Tudo".

"Pouca Diferença" (Que diferença da mulher o homem tem?) tem toque de jazz; "A Feira de Caruaru" virou um funk; "Assum Preto" é cantada só ao som do cello; "Qui Nem Jiló", rabeca e voz, é lentinha.

Metade dos músicos e atores é nordestina, mas isso não foi um pré-requisito na fase de audições. Mais do que sotaque, o que se buscava era um canto natural, sem vícios - o que anda difícil de encontrar, segundo preparadores vocais, em tempos de supremacia de musicais da Broadway nos teatros. Uma surpresa do elenco é o sanfoneiro, cantor de forró e motorista de táxi Marcelo Mimoso, que nunca assistiu a uma peça de teatro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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