No Recife para o lançamento do livro "A Política contra o Vírus", escrito com o amigo Humberto Costa (PT), o senador Randolfe Rodrigues (AP) saiu em defesa da governadora Raquel Lyra (PSDB). O parlamentar minimizou a polêmica sobre o suposto alinhamento bolsonarista da gestora e cobrou uma grande aliança na disputa da Prefeitura do Recife.
Randolfe participou da programação da XIV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco desse sábado (14) e revelou os bastidores da CPI da Covid que entraram no livro. Em uma leitura sobre a posição questionável de Raquel, ele ressaltou que, apesar de ter se aliado a figuras conservadoras, ela não pode ser taxada como bolsonarista.
##RECOMENDA##"Seria leviandade da minha parte chamar Raquel de bolsonarista porque ela não é. Agora tem forças que estão no entorno dela que são desse campo político. Não é o caso de Raquel, mas acho que ela e muito outros fazem parte de um campo de democratas que, embora não tenha o mesmo ponto de vista da esquerda clássica, se associa no movimento que está em curso desde a eleição do presidente Lula de reconstrução nacional", avaliou o parlamentar.
Túlio Gadêlha como prefeito do Recife
Fora da REDE desde maio, depois de se desentender com o partido sobre a exploração da Petrobras no Amapá, Randolfe não deu pistas sobre seu destino, mas incentivou a construção de frentes amplas em todo o país para as eleições municipais de 2024.
Amigo de Túlio Gadêlha (REDE), ele conhece o desejo do deputado de assumir a Prefeitura do Recife e enxerga competência para comandar a gestão, mas entende que a prioridade deveria ser a criação de uma aliança do campo progressista na capital para fazer frente ao “fascismo estruturado na sociedade brasileira”.
"Eu desejo que, não somente Túlio, mas também os companheiros do PT aqui em Recife e o querido João campos tenham a compreensão e a necessidade de, acima de tudo, manter a unidade das forças progressistas", sugeriu Randolfe.
Presidência do Senado
Atual líder do governo no Senado, ele garantiu que não pretende se candidatar à Presidência do Senado no próximo ano, mas também não espera se afastar de uma posição de destaque na Casa para defender o governo Lula.
"A minha tarefa histórica e de vida é ajudar o presidente Lula na que eu considero a mais importante missão do nosso tempo: a reconstrução nacional. Meu serviço é esse, seja na liderança do governo, onde estou no momento, seja em alguma função auxiliar a esta", concluiu o senador.