Tópicos | Grand Slam de Brasília

Com direito a um ouro para Ketleyn Quadros, o judô do Brasil terminou o segundo dia do Grand Slam de Brasília com quatro medalhas, nesta segunda-feira (7). Alexia Castilhos e David Lima conquistaram a prata, enquanto Maria Portela levou o bronze.

Na categoria até 63kg, o Brasil faturou uma dobradinha. Isso porque Ketleyn Quadros enfrentou e venceu a compatriota Alexia Castilhos na final. A medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 venceu seu primeiro Grand Slam da carreira, aos 32 anos.

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De quebra, a veterana somou 1.000 pontos no ranking que definirá as vagas olímpicas para Tóquio-2020. Assim, Ketleyn vai superar a compatriota (e principal rival para ficar com a vaga na categoria) na corrida olímpica.

Pela mesma categoria, o Brasil foi representado em Brasília também por Ryanne Lima e Mariana Silva. A primeira foi eliminada em sua segunda luta, enquanto Mariana avançou até a semifinal, quando foi batida por Alexia. Na disputa pelo bronze, foi superada por um ippon pela britânica Amy Livesey.

Também no feminino, Maria Portela se destacou na categoria até 70kg. Ela levou o bronze ao ganhar da canadense Kelita Zupancic por waza-ari. Ellen Santana, Luana Carvalho e Amanda Oliveira também competiram nesta categoria, sem sucesso. Foram eliminadas antes da briga por medalhas.

No masculino, o judô nacional foi representado por oito atletas. Apenas um deles subiu ao pódio nesta segunda. Na categoria até 73kg, David Lima conquistou a prata ao ser derrotado na final pelo russo Musa Mogushkov por ippon. Jefferson Santos Júnior, Eduardo Barbosa e Marcelo Contini caíram antes das disputas por pódio.

O mesmo aconteceu com Guilherme Schimidt, Guilherme Guimarães, Victor Penalber e Eduardo Yudy Santos, todos sem sucesso na categoria até 81kg.

Um mês após ser flagrada no exame antidoping e perder a medalha de ouro conquistada nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, Rafaela Silva voltou ao Circuito Mundial de judô em grande estilo e conquistou o bronze no Grand Slam de Brasília, neste domingo. Campeã olímpica e mundial, a carioca de 27 anos garantiu o terceiro lugar ao superar a portuguesa Telma Monteiro em disputa pelo pódio da categoria leve (57kg).

No fim de setembro, Rafaela já havia lutado o Grand Prix de clubes pelo Instituto Reação. Ela tenta provar sua inocência e se defende contra o uso de fenoterol, substância proibida encontrada em seu exame.

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Na semifinal, Rafaela foi surpreendida e perdeu para a jovem brasileira Katelyn Nascimento, de 21 anos, que ficou com a prata após ser batida pela britânica Nekoda Smythe-Davis.

OUTRAS MEDALHAS - O Brasil fechou o primeiro dia do torneio com nove medalhas: dois ouros, quatro pratas e três bronzes. As duas conquistas douradas vieram Allan Kuwabara (ligeiro masculino - 60kg) e Daniel Cargnin (meio-leve masculino - 66kg).

No caminho para o ouro, Kuwabara passou pelo campeão mundial júnior Francisco Garrigos, da Espanha, e pelo campeão europeu Islam Yashuev, da Rússia. A final foi contra o compatriota Eric Takabatake, que acabou superado no golden score com um ippon.

"Foi o meu primeiro Grand Slam, então pensei em dar o meu melhor e consegui sair vitorioso. Lutar com o Eric é sempre disputado, desde criança a gente se enfrenta, mas numa competição desse porte tem outro peso e estou muito feliz com a conquista", celebrou Kuwabara.

Campeão mundial júnior em 2017, Cargnin venceu quatro lutas por ippon até chegar à final contra o italiano Manuel Lombardo. O brasileiro mudou o recurso, mas manteve a sequência vencedora, triunfando com um wazari.

"Muito importante esse ouro, ainda mais em casa, diante da minha família e amigos. Só tenho a agradecer, estou muito feliz. Isso é o mais importante para seguir nessa evolução. O apoio da torcida foi essencial. Quando me sentia cansado, olhava para a torcida e sabia que estavam me dando todo apoio. Não só para mim, mas para meus companheiros", disse Cargnin.

Além de Takabatake e Katelyn, Gabriela Chibana (ligeiro feminino - 48kg) e Larissa Pimenta (meio-leve feminino - 52kg) conquistaram as outras duas pratas para o Brasil.

Chibana perdeu a final para a portuguesa Catarina Costa e ficou com a prata. Assim como Larissa, que não resistiu ao estrangulamento da italiana Odette Giuffrida, medalha de prata na Olimpíada do Rio. Eleudis Valentim também completou o pódio com o bronze.

O outro terceiro lugar veio com William Lima, que derrotou o russo Abdula Abdulzhalilov para garantir um lugar no pódio na categoria meio-leve masculina (66kg).

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