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O projeto social e esportivo que revelou a judoca Rafaela Silva, campeã olímpica e bi mundial, está com polo aberto em São Paulo desde o último final de semana. No último sábado (28), foi inaugurada uma sede do Instituto Reação na região da Freguesia do Ó, zona noroeste da capital paulista.

A expectativa do Reação, que tem como um dos fundadores o ex-judoca Flávio Canto, é a de atender 330 jovens, entre 4 e 17 anos. O espaço já abrigava um projeto, agora parceiro, liderado pelos voluntários Diogo Castilho (ex-judoca) e Diuly Stival. Em 2017 a iniciativa ganhou o apoio de uma rede de supermercados e se tornou o Instituto Roldão.

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Segundo o Reação, parte dos voluntários que atuavam no espaço foram contratados para darem continuidade às atividades, que envolvem treinos de judô e aulas de reforço escolar. Ainda foram integrados à equipe novos profissionais, como uma assistente social e uma psicóloga.

O polo em São Paulo fica na Rua dos Sitiantes, 970. Segundo o site do Instituto, são três os períodos para entrada de novos alunos, geralmente em fevereiro/março, maio e agosto/setembro. As datas previstas para matrícula são divulgadas nas redes sociais do projeto, mas é possível realizar uma pré-inscrição na sede de interesse. As atividades são gratuitas.

“Tenho certeza de que daqui sairão vários campeões, não só no judô, mas também na vida”, afirmou Flávio Canto, que foi medalhista de bronze na Olimpíada de Atenas (Grécia), em 2004, em comunicado à imprensa.

O Instituto Reação surgiu na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, em 2003, para levar judô e valores do esporte a jovens carentes. Conforme o projeto, são atendidos atualmente cerca de 4.500 alunos em cinco estados (Rio de Janeiro, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Minas Gerais e, agora, São Paulo).

Dois dos medalhistas de ouro do judô brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago defendem a equipe do Reação: Gabriel Falcão (categoria até 73 quilos) e Samanta Soares (até 78 kg). Cria do projeto e atualmente no Flamengo, Rafaela Silva também foi campeã no Chile, na categoria até 57 quilos.

O Brasil teve uma estreia de gala nesta sexta-feira (31) no Grand Slam de Judô de Antália (Turquia), o último antes do Mundial, principal competição da modalidade depois da Olimpíada. Número 3 do mundo, a carioca Rafaela Silva conquistou a medalha de ouro, a primeira dela nesta temporada, ao vencer a canadense Christa Deguchi (número 2), na final dos 57 quilos.

A categoria do 57 kg feminino teve dobradinha brasileira com Jéssica Lima, que levou o bronze. O terceiro pódio do país no evento foi garantido por William Lima, com outro bronze nos 66 kg. O Mundial de Judô ocorrerá de 7 a 13 de maio, em Doha (Catar).

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A delegação brasileira conta com 20 atletas – 10 homens e 10 mulheres - no Grand Slam de Antalya, etapa do circuito mundial de judô, que segue até domingo (2 de abril), com transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil (confira a programação ao final do texto).

Além de conquistar o ouro – e mais mil pontos no ranking mundial, determinante na corrida por vaga para Paris 2024 - Rafaela Silva também festejou seu primeiro triunfo sobre Deguchi, com direito a um wazari a três segundos do término da luta. Nas três oportunidades anteriores em que estiverem frente a frente, a canadense levou a melhor sobre a brasileira, campeã olímpica (2016) e bicampeã mundial (2013 e 2022).  

“Estou muito feliz com o resultado, vim com o objetivo de fazer uma boa competição no último Grand Slam antes do Campeonato Mundial e [ganhei] um presente para minha mãe, que fez aniversário ontem”, disse a medalhista, que começou o ano conquistando medalha de prata no Grand Prix de Portugal.

Esta quinta (31) também foi especial para Jéssica Lima que sobrou diante da alemã Seija Ballhaus na luta pelo bronze nos 57 kg. A brasileira começou desferindo um wazari sobre a adversária no primeiro minuto, mas sofreu duas punições. Mesmo assim terminou em vantagem e garantiu o terceiro lugar no pódio.

Na disputa masculina da categoria até 66 kg, William Lima superou o cazaque Gusman Kyrgyzbayev, que foi desclassificado após levar três punições (shido). Após faturar o bronze no golden score, William homenageou a gravidez da esposa, fazendo com o gesto de ninar bebês com os braços.

O judô é a modalidade que mais vezes assegurou medalhas olímpicas na história do Brasil em Olimpíadas; foram ao todo 23 pódios. O pais busca vagas em cada uma das 14 categorias individuais, além do torneio por equipes. O melhor posicionamento possível  no ranking mundial serve de referência para a distribuição de vagas para Paris 2024 pela Federação Internacional de Judô (IJF, na sigla em inglês).

O Grand Slam de Judô em Antália é uma das 18 etapas do circuito mundial de judô. Na busca por uma vaga olímpica em Paris 2024 – 186 para judocas homens e outras 186 para mulheres - são contabilizados os pontos conquistados entre julho de 2022 e junho de 2024.

Sábado (1º de abril):

Preliminares: 2h

Finais: 11h

Atletas: Ketleyn Quadros (63kg), Gabriella Mantena (63kg), Ellen Froner (70kg), Aléxia Castilhos (70kg), Eduardo Yudy (81kg)

Domingo (2):

Preliminares: 2h

Finais: 11h

Atletas: Beatriz Souza (+78kg), Rafael Macedo (90kg), Giovani Ferreira (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg), Rafael Buzacarini (100kg), Rafael Silva (+100kg) e João Cesarino (+100kg).

Rafaela Silva era só sorrisos após derrotar a japonesa Haruka Funakubo na final, em Taskhent, no Usbequistão, e conquistar o bicampeonato mundial de judô após nove anos. Após ficar dois anos suspensa por doping, a brasileira ganhou suas cinco lutas e retomou ao topo na categoria 57 Kg feminino.

Exibindo com orgulho a bela medalha da competição, a brasileira revelou o significado desta conquista após o longo período de punição. "Eu estou feliz com a minha medalha de ouro. Foi a resiliência, a concentração e o foco que eu trouxe para essa competição para sair com a medalha de ouro", disse, satisfeita com sua participação ao longo das lutar.

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Rafaela não precisou disputar a primeira luta no Mundial. De cara, porém, tinha uma adversária representante do país, o que teria toda a torcida contra como um peso a mais. A usbeque Nilufar Ermaganbetova, porém, foi batida sem dificuldades pela brasileira.

O duelo das oitavas, contra a búlgara Ivelina Ilieva, foi apontado como uma das lutas mais complicadas pela brasileira. Ela precisou do golden score para avançar, com um ippon. "Sabia que seria uma luta muito dura. Já lutei contra essa atleta da Bulgária quatro vezes, ganhei duas e perdi duas. Era sempre uma luta muito disputada", avaliou Rafaela.

Passando bem pelas quartas e semifinais, a campeã olímpica no Rio-2016 passou sufoco na busca pelo ouro contra a japonesa. Ela sofreu uma imobilização, mas escapou antes de a rival receber pontuação. Na reta final, aplicou um waza-ari e levou o sonhado bicampeonato. "Sabia que tinha de entrar bem focada e concentrada na luta, era uma atleta contra a qual eu nunca tinha lutado."

Rafaela Silva voltou a ser protagonista do judô mundial. A brasileira, que é campeã olímpica no Rio-2016, voltou aos tatames de um Campeonato Mundial após dois anos de suspensão por doping, em 2019. A judoca bateu a japonesa Haruka Funakubo na final e conquistou o seu bicampeonato mundial.

O terceiro dia foi dedicado às disputas das categorias 57kg feminino e 73kg masculino. Rafaela Silva entrou na competição na segunda rodada. Sua primeira luta foi contra a uzbeque Nilufar Ermaganbetova, que foi batida sem dificuldade para a brasileira. Depois, Rafaela enfrentou Ivelina Ilieva da Bulgária e aplicou um ippon no golden score para avançar na chave.

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Já nas quartas de final, a judoca da Cidade de Deus encarou a ucraniana Daria Bilodid, que é campeã mundial e medalhista olímpica na categoria 48kg. No novo peso, porém, a jovem de 21 anos encontrou em Rafaela uma adversária a altura de seu currículo e acabou sendo batida por três punições. A disputa da semifinal, Rafaela Silva fez uma luta relâmpago, venceu a israelense Timna Nelson Levy com apenas 24 segundos.

Na decisão, a brasileira enfrentou Haruka Funakubo do Japão. A nação levou os quatro primeiros ouros das quatro possíveis nos dois primeiros dias do campeonato. A interrupção da sequência japonesa veio justamente com Rafaela Silva. A final foi equilibrada, e a campeã olímpica sofreu uma imobilização, mas que não resultou em pontuação para a adversária. Faltando cerca de 30 segundos para o fim do tempo regular, Rafaela Silva conseguiu um waza-ari e só precisou sustentar a vantagem até o final da disputa para garantir o bicampeonato.

Rafaela Silva já tinha um ouro em Jogos Olímpicos em 2016 e três medalhas em campeonatos mundiais, um ouro em 2013, uma prata em 2011 e um bronze em 2019.

Daniel Cargnsin é bronze

Outro brasileiro que subiu nos tatames na manhã de hoje foi Daniel Cargnin, medalhista de bronze em Tóquio-2020. Após a conquista olímpica, o judoca mudou de categoria, de 66kg agora o brasileiro disputa até 73kg. Na transição de peso, Cargnin teve bons desempenhos, mas poucos resultados expressivos. Sua maior conquista na nova categoria foi um bronze conquistado no Grand Prix de Zabreg, em 2022.

No Campeonato Mundial, o gaúcho venceu suas três primeiras lutas. Bateu o romeno Alexandru Raicu com um waza-ari seguido por um ippon. Depois, enfrentou o azeri Rustam Orujov, 6º colocado no ranking mundial, e venceu disputa difícil. Nas oitavas de final, o brasileiro entrou como favorito contra Alexander Gabler da Alemanha, aplicou um ippon e avançou para a zona de medalhas.

Nas quartas de final, sofreu revés contra o israelense Tohar Butbul, número 5 do mundo. O brasileiro levou uma chave de braço e acabou caindo para a repescagem. Para volta a disputar o bronze, Cargnin superou o georgiano Lasha Shavdatuashvili, líder do ranking mundial da categoria 73kg. Com ritmo forte, o medalhista de bronze do Brasil conseguiu um waza-ari a poucos segundos do fim da disputa.

Na luta pelo bronze, Daniel Cargnin encontrou novamente Manuel Lombardo. Os dois se enfrentaram em Tóquio-2020 e o brasileiro levou a melhor na ocasião. Ambos subiram uma categoria e lutaram por um lugar no pódio no Campeonato Mundial. Com volume alto logo no início da luta, Daniel Cargnin conseguiu um ippon na metade a disputa e encerrou um jejum que vinha desde 2017 que o judô masculino brasileiro não conquistava medalhas individuais em Mundiais.

A última brasileira que disputou o terceiro dia do Mundial de Judô foi Jéssica Lima, na categoria 57kg, mesma que de Rafaela Silva. A brasileira acabou sendo derrotada por Haruka Funakubo nas oitavas de final.

A judoca brasileira Rafaela Silva, medalhista de ouro na Olimpíada disputada no Rio de Janeiro, em 2016, está fora da próxima edição dos Jogos de Tóquio-2021. A decisão da Corte Arbitral do Esporte (CAS) manteve uma punição de dois anos, aplicada pela Federação Internacional de Judô (IJF), à atleta flagrada no exame antidoping durante o Pan-Americano de Lima, no Peru, em julho do ano passado.

O caso foi julgado em setembro deste an. No entanto, o anúncio só foi feito na última terça-feira (22). A atleta havia sido punida pela IJF em janeiro e entrou com recurso na CAS. Com a manutenção da pena, Rafaela perdeu duas medalhas de bronze (individual e por equipe) do último Mundial de Judô, no Japão, em 2019, e o ouro conquistado no Pan de Lima.

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Segundo o processo contra a brasileira, o exame identificou a substância fenoterol, um metabólito aplicado no tratamento de problemas respiratórios e que dilata as vias respiratórias. Como o fármaco pode beneficiar a performance dos atletas, e Rafaela não conseguiu provar que usou o produto sem intenção de melhorar o desempenho no esporte, a campeã olímpica segue afastada dos tatames até janeiro de 2022.

Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, Rafaela Silva está com a participação na edição deste ano ameaçada. Punida com dois anos de suspensão por ser pega em um exame antidoping realizado em agosto do ano passado, durante os Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru), hoje a judoca estaria fora dos Jogos de Tóquio (Japão).

Em entrevista à Agência Brasil, o gestor de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Ney Wilson, diz acreditar que a punição de Rafaela será revista, mas admite que a entidade já trabalha com um plano B: "Temos convicção de que foi bem injusta [a forma como Rafaela foi punida]. Parece que, como é uma atleta medalhista, sempre é um grande exemplo de punição. Porém, dois anos é exagero. Não quer dizer que ela não deva ser punida, pois o atleta tem responsabilidade sobre tudo aquilo que coloca para dentro do corpo dele, mesmo que não seja intencional. Acredito que possam rever isso, que ela tenha suspensão, mas que permita disputar os Jogos".

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O teste realizado pela judoca no Pan deu positivo para fenoterol, um broncodilatador utilizado para tratamento de doenças respiratórias. Em setembro, durante entrevista coletiva, Rafaela afirmou que a contaminação pode ter ocorrido acidentalmente, em uma brincadeira com uma criança que fazia uso da substância. A judoca acabou perdendo a medalha de ouro conquistada em Lima por conta do doping.

A participação em Tóquio depende de julgamento na Corte Arbitral do Esporte (CAS), que ainda não foi marcado. Recentemente, o nadador Gabriel Santos, que corria risco de não competir nos Jogos após um exame antidoping realizado em São Paulo há nove meses detectar clostebol (agente anabólico), foi absolvido pelo CAS e liberado para competir na seletiva olímpica da natação, em abril, no Rio de Janeiro. A Corte entendeu que Gabriel não teve culpa ou negligência pela contaminação. O atleta afirmou que teria usado uma toalha ou peça de roupa do irmão, cujo creme pós-barba continha a substância.

Caso Rafaela não tenha a mesma sorte, o Brasil corre risco de não ter uma substituta na categoria até 57 quilos. Classificam-se direto para os Jogos os 18 atletas mais bem colocados por categoria, sendo um por país. Ou seja, se uma mesma nação tiver dois judocas no top-18, o que vier na sequência no ranking olímpico (se for de nacionalidade diferente dos que estão à frente) fica com a vaga.

Atualmente, a segunda melhor brasileira na categoria é Ketelyn Nascimento, de 21 anos e 40ª do mundo, cerca de mil pontos atrás da chinesa Tongjuan Lu, que hoje é dona da última vaga olímpica direta na categoria. Ela será uma das representantes do país no Grand Slam de Ecaterimburgo (Rússia), que acontece entre os dias 13 e 15 de março e que dá, justamente, mil pontos à campeã. "Estamos trabalhando e acelerando o processo com uma atleta que era para o outro ciclo, fazendo uma competição atrás da outra para ver a possibilidade de ela entrar na zona de ranqueamento olímpico", explica Wilson.

Outra possibilidade é por meio de uma cota continental, uma "repescagem" para 100 atletas fora da classificação direta. O Brasil tem direito a uma dessas vagas, que hoje seria da categoria até 73 quilos, única sem brasileiros indo diretamente aos Jogos. Eduardo Barbosa, número um do país no peso, é o 35º do mundo e está em situação mais favorável que Ketelyn. "Se conseguirmos essa vaga direta, resgatamos a vaga da [categoria] até 57 quilos pela cota, se for preciso", conclui o dirigente.

O Brasil esteve presente nas 14 categorias do judô olímpico nas duas últimas edições. A modalidade é a que mais rendeu medalhas ao país. São 22, sendo quatro de ouro (Rafaela Silva, Sarah Menezes, Aurélio Miguel e Rogério Sampaio), três pratas e 15 de bronze.

A Federação Internacional de Judô informou que a lutadora brasileira Rafaela Silva está suspensa por dois anos após ter sido pega no exame antidoping em agosto do ano passado, nos Jogos Pan-Americanos de Lima. Com a decisão, que chega há seis meses da Olimpíada de Tóquio, ela está fora da competição e não poderá buscar o bicampeonato - foi ouro no Rio, em 2016.

A atleta, que está com um novo advogado, vai entrar com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) para tentar ir ao Japão. A audiência ocorreu na última quarta-feira. Quem vai defendê-la é Marcelo Franklin, especialista neste tipo de caso. "Entrei no caso hoje (ontem) e ainda não recebi a íntegra do processo", disse ao Estado.

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Em setembro do ano passado, a judoca chegou a se defender afirmando que a aparição na urina de fenoterol, substância presente em medicamentos contra a asma e capaz de melhorar o desempenho de um atleta, se deve à contaminação pelo contato com um bebê que tomava a medicação.

A Confederação Brasileira de Judô (CBJ) divulgou uma nota dizendo que prestará todo suporte para a atleta. "A Confederação Brasileira de Judô seguirá acompanhando os desdobramentos do processo legal referente ao caso de doping envolvendo a judoca da seleção brasileira, Rafaela Silva, com a confiança de que a justiça prevalecerá. Rafaela Silva é campeã olímpica e mundial, exemplo de superação dentro e fora dos tatames e um dos maiores ídolos do esporte brasileiro. A CBJ prestará o suporte que lhe couber e só se pronunciará novamente após a decisão final do processo".

Rafaela Silva sagrou-se bicampeã dos Jogos Mundiais Militares na categoria leve (até 57Kg) neste sábado ao derrotar, por ippon, a romena Andreea Chitu. A competição está sendo realizada em Wuhan, na China.

A campeã olímpica no Rio-2016 garantiu a vitória na finalíssima aplicando dois wazaris que acabaram rendendo um ippon. O golpe fatal da carioca aconteceu com 1min26s de luta, dando a ela a segunda conquista da carreira no evento internacional. Em 2015, já havia sido medalha de ouro quando a competição foi sediada na Coreia do Sul.

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A judoca ainda tenta se defender de sanções na Justiça Deportiva após ter sido flagrada no exame antidoping nos Jogos Pan-Americanos de Lima deste ano, quando acabou perdendo o ouro conquistado no evento. Na ocasião, foi detectada a presença de um ativo que tem efeito broncodilatador, a substância fenoterol, que costuma ser usada em tratamento de doenças respiratórias.

"Este ano o nível está muito forte e cada vez vai evoluindo mais. Não tem mais competição fácil. O foco é conseguir mais uma medalha de ouro em Jogos Olímpicos, agora em Tóquio 2020. É uma missão dura, mas não impossível. Como atual campeã, sei que estarei visada e vou trabalhar para isso", comentou a atleta, nascida no Jacarezinho.

Para chegar ao ouro neste sábado, Rafaela estreou, no dia anterior, vencendo a Amina Mamedova, do Usbequistão. Em seguida, superou a ucraniana Marilia Skora, a indonésia Ni Kadek Anny Pandini, nas quartas, e a polonesa Arleta Podolak, nas semifinais.

Um mês após ser flagrada no exame antidoping e perder a medalha de ouro conquistada nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, Rafaela Silva voltou ao Circuito Mundial de judô em grande estilo e conquistou o bronze no Grand Slam de Brasília, neste domingo. Campeã olímpica e mundial, a carioca de 27 anos garantiu o terceiro lugar ao superar a portuguesa Telma Monteiro em disputa pelo pódio da categoria leve (57kg).

No fim de setembro, Rafaela já havia lutado o Grand Prix de clubes pelo Instituto Reação. Ela tenta provar sua inocência e se defende contra o uso de fenoterol, substância proibida encontrada em seu exame.

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Na semifinal, Rafaela foi surpreendida e perdeu para a jovem brasileira Katelyn Nascimento, de 21 anos, que ficou com a prata após ser batida pela britânica Nekoda Smythe-Davis.

OUTRAS MEDALHAS - O Brasil fechou o primeiro dia do torneio com nove medalhas: dois ouros, quatro pratas e três bronzes. As duas conquistas douradas vieram Allan Kuwabara (ligeiro masculino - 60kg) e Daniel Cargnin (meio-leve masculino - 66kg).

No caminho para o ouro, Kuwabara passou pelo campeão mundial júnior Francisco Garrigos, da Espanha, e pelo campeão europeu Islam Yashuev, da Rússia. A final foi contra o compatriota Eric Takabatake, que acabou superado no golden score com um ippon.

"Foi o meu primeiro Grand Slam, então pensei em dar o meu melhor e consegui sair vitorioso. Lutar com o Eric é sempre disputado, desde criança a gente se enfrenta, mas numa competição desse porte tem outro peso e estou muito feliz com a conquista", celebrou Kuwabara.

Campeão mundial júnior em 2017, Cargnin venceu quatro lutas por ippon até chegar à final contra o italiano Manuel Lombardo. O brasileiro mudou o recurso, mas manteve a sequência vencedora, triunfando com um wazari.

"Muito importante esse ouro, ainda mais em casa, diante da minha família e amigos. Só tenho a agradecer, estou muito feliz. Isso é o mais importante para seguir nessa evolução. O apoio da torcida foi essencial. Quando me sentia cansado, olhava para a torcida e sabia que estavam me dando todo apoio. Não só para mim, mas para meus companheiros", disse Cargnin.

Além de Takabatake e Katelyn, Gabriela Chibana (ligeiro feminino - 48kg) e Larissa Pimenta (meio-leve feminino - 52kg) conquistaram as outras duas pratas para o Brasil.

Chibana perdeu a final para a portuguesa Catarina Costa e ficou com a prata. Assim como Larissa, que não resistiu ao estrangulamento da italiana Odette Giuffrida, medalha de prata na Olimpíada do Rio. Eleudis Valentim também completou o pódio com o bronze.

O outro terceiro lugar veio com William Lima, que derrotou o russo Abdula Abdulzhalilov para garantir um lugar no pódio na categoria meio-leve masculina (66kg).

A judoca Rafaela Silva, de 27 anos, perdeu a medalha de ouro conquistada nos Jogos Pan-Americanos de Lima na categoria até 57kg após ser pega no exame antidoping realizado no dia 9 de agosto, durante a competição no Peru.

Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira, a organização do evento informou que Rafaela Silva e outros atletas que testaram positivo no exame antidoping foram desqualificados dos Jogos, perderam suas medalhas e seus resultados foram anulados. A atleta brasileira testou positivo para fenoterol, substância presente em medicamentos contra a asma e capaz de melhorar o desempenho de um atleta.

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De acordo com a Panam Sports, audiências sobre a situação de competidores pegos no exame antidoping em Lima foram agendadas para os dias 3 e 4 de outubro. Os organizadores ainda aguardam os resultados de análises das amostras B solicitadas pelos atletas afetados.

Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio e campeã mundial, Rafaela Silva se defendeu na semana passada e explicou que a presença em seu teste de urina de fenoterol se deve à contaminação pelo contato com um bebê que toma medicação contra problemas respiratórios. Segundo a judoca, em 4 de agosto ela teve contato com um bebê de sete meses que usa produtos contra a asma, e aí foi contaminada.

Depois do Pan, Rafaela viajou ao Japão para disputar o Mundial de Judô e voltou para casa com duas medalhas de bronze, no individual e por equipes mistas. Ainda não está definido se ela perderá as medalhas. Vinte dias após o antidoping positivo, Rafaela se submeteu a outro exame idêntico, no Mundial de Judô, que não identificou a substância em seu organismo.

O fenoterol tem efeito broncodilatador e não é substância proibida, mas especificada pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Isso significa que a atleta pode apresentar a defesa antes de qualquer suspensão. Em 2016, a nadadora Etiene Medeiros passou pela mesma situação e acabou inocentada. Um dado importante é a quantidade da substância encontrada no organismo.

Um dos principais nomes do judô nacional, Rafaela participou de duas edições dos Jogos Olímpicos. No Rio, ela foi ouro e está cotada para chegar novamente ao pódio no próximo ano, na Olimpíada de Tóquio.

Além de Rafaela Silva, o Time Brasil teve no Pan de Lima outros dois casos de doping. Um foi do ciclista Kácio Freitas, que foi medalha de bronze por equipes. O outro foi de Andressa Morais, do lançamento de disco. Ela foi medalhista de prata e está suspensa preventivamente e, por isso, não disputará o Mundial de Atletismo.

A judoca Rafaela Silva, de 27 anos, foi reprovada em exame antidoping que realizou em 9 de agosto, durante a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Lima, onde conquistou a medalha de ouro em sua categoria da modalidade. O teste detectou que ela havia consumido fenoterol, substância presente em medicamentos contra a asma e capaz de melhorar o desempenho de um atleta.

Segundo a judoca, em 4 de agosto ela teve contato com um bebê de sete meses que usa produtos contra a asma, e daí foi contaminada. "Tenho o hábito de permitir que as crianças mordam meu nariz. Faço isso sempre, por exemplo, com meu sobrinho, o Silvestre, de quatro meses, e nesse dia (4 de agosto) fui ao apartamento em que mora uma colega judoca e tive contato com a Lara, filha dela, que usa o produto contra asma", narrou Rafaela, durante entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, no Rio.

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Vinte dias após esse antidoping, Rafaela se submeteu a outro exame idêntico, no âmbito do Mundial de Judô, quando foi medalha de bronze. Esse antidoping não identificou mais a substância proibida. "O fenoterol é eliminado do corpo com muita rapidez, e isso pode ajudar na defesa da Rafaela", afirmou L. C. Cameron, chefe do departamento de Genética e Biologia Molecular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), que também participou da coletiva.

Segundo o advogado Bichara Neto, que defende Rafaela perante as cortes internacionais neste caso e também participou da entrevista coletiva, a audiência preliminar no âmbito dos Jogos Pan-Americanos ocorreu na última quinta-feira, e uma primeira decisão em relação à atleta deve ser emitida na próxima semana. No entanto, Rafaela não será suspensa - pode, no máximo, perder a medalha pan-americana.

Depois dessa decisão é que o caso será encaminhado à Federação Internacional de Judô (IFJ, na sigla em inglês), que então vai analisar o caso, com poder para suspender Rafaela. "O processo ainda não foi aberto, nenhum prazo está correndo, então não há nenhuma previsão de quando haverá qualquer decisão da Federação", disse Bichara Neto.

Ele será responsável por explicar à entidade que Rafaela não quis se dopar nem agiu de forma irresponsável. "Em teoria, pode haver suspensão de até dois anos, mas estou confiante que ela ficará livre de qualquer pena", afirmou.

"Nenhum atleta está preparado para viver um momento desses, mas vou continuar treinando e competindo normalmente. Nunca me dopei, não uso drogas nem bebida alcoólica, e o contato com a substância foi totalmente involuntário", disse a judoca.

A judoca campeã mundial, pan-americana e olímpica Rafaela Silva foi flagrada no exame antidoping. A atleta de 27 anos vai dar mais explicações sobre o caso nesta sexta-feira à tarde, na sede da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na Urca, na zona sul do Rio de Janeiro, em uma entrevista coletiva convocadas às pressas pelo Instituto Reação, onde ela treina diariamente.

Rafaela Silva ganhou no início de agosto a medalha de ouro no Pan de Lima, no Peru, e no final do mesmo mês faturou o bronze - tanto em sua categoria ao vencer a francesa Sarah-Léonie Cysique como nas equipes mistas - no Mundial da modalidade no Japão. Ainda não há informação se essas conquistas serão invalidadas e em qual competição a atleta testou positivo para alguma substância proibida.

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Para se defender do teste positivo para doping, Rafaela Silva terá como advogado Bichara Neto, que já atuou em casos semelhantes de atletas, como foi com o nadador Gabriel Santos e com a tenista Beatriz Haddad Maia.

A atleta participou de duas edições dos Jogos Olímpicos. No Rio-2016, ela foi ouro e está cotada para repetir a conquista no próximo ano, no Japão. No momento, a brasileira está em quarto lugar no ranking mundial da categoria e é um dos principais nomes do país nessa modalidade.

Campeã olímpica nos Jogos do Rio-2016, a brasileira Rafaela Silva faturou nesta terça-feira a medalha de bronze na categoria 57 kg no Mundial de Judô, que está sendo realizado no ginásio Nippon Budokan, em Tóquio, no Japão. Esta é a primeira conquista do Brasil na competição, que terá disputas até este domingo. Antes, nos dois primeiros dias de lutas, cinco judocas entraram no tatame, mas não chegaram nem perto da briga por medalhas.

O bronze de Rafaela Silva veio com uma vitória por waza-ari sobre a francesa Sarah Leonie Cysique, mas foi a semifinal que mais doeu para a brasileira. Em uma "final antecipada" contra a japonesa Tsukasa Yoshida, que defendia o título mundial, a campeã olímpica foi derrotada com um ippon no "golden score". Na decisão, a judoca da casa perdeu para a canadense Christa Deguchi.

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Esta é a terceira medalha individual de Rafaela Silva em Mundiais. Ela ganhou a prata em Paris-2011, o ouro no Rio-2013 e agora o bronze em Tóquio-2019. Além disso, a judoca do Brasil levou a prata na disputa por equipes feminina no Rio-2013 e por equipes mistas em Budapeste-2017. A campeã olímpica está em quarto lugar no ranking mundial e busca a vaga olímpica para os Jogos de Tóquio-2020.

Nas primeiras rodadas, Rafaela Silva mostrou segurança e eficiência nas estratégias traçadas junto com o técnico Mario Tsutsui e a coordenadora Rosicleia Campos para cada luta. Na estreia, entrou com tudo diante da marfinense Zouleiha Dabonne e fez valer o favoritismo vencendo o combate por ippon.

Nas oitavas de final, o caminho começou a ficar mais complexo com uma luta bastante estudada diante da portuguesa medalhista olímpica e mundial Telma Monteiro. Atenta, Rafaela Silva jogou no erro da adversária, contra-atacou para marcar um waza-ari e administrou a vantagem, forçando três punições para a judoca europeia.

A expectativa por um duelo nas quartas de final diante da também cabeça de chave Jessica Klimkait, do Canadá, foi frustrada pelo surpreendente ippon da russa Daria Mezhetskaia, que a eliminou e, em seguida, bateu a panamenha Miryam Ropper para enfrentar Rafaela Silva.

Mais uma vez apostando nos contra-ataques, a brasileira impôs uma pegada canhota nas costas da russa e dominou as ações do combate nos primeiros minutos forçando uma punição à Mezhetskaia por passividade. A russa veio para cima e caiu nas armadilhas dos contragolpes fatais da campeã olímpica, que liquidou o duelo com um waza-ari e o ippon em 17 segundos.

O Mundial de Judô continua nesta quarta-feira, no quarto dia de disputas. O Brasil será representado por três judocas: Ketleyn Quadros e Alexia Castilhos, na categoria 63 kg, e Eduardo Yudi, na 81 kg (meio-médio).

A primeira edição dos Jogos Pan-Americanos no Peru chegou ao fim na noite deste domingo com a realização da cerimônia de encerramento em Lima, no Estádio Nacional. E, simbolicamente, a cidade cedeu parte da festa para Santiago, que organizará a próxima edição do evento poliesportivo, em 2023.

Com muitas danças e uso de cores, os organizadores do Pan de Lima aproveitaram a despedida do Pan para apresentarem mais detalhes da cultura peruana. Enquanto isso, o Chile exibiu alguns dos seus principais artistas, como a cantora Francisca Valenzuela, que realizou um breve show.

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Na cerimônia de encerramento, Rafaela Silva foi a porta-bandeira do Brasil. Dona de títulos mundial e olímpico, a judoca conquistou em Lima a sua primeira medalha de ouro pan-americana. E também chamou a atenção a participação da carateca Jéssica Linhares, bronze em Lima e que entrou em uma cadeira de rodas para o desfile de adeus dos atletas após sofrer fissura no terceiro metatarso do pé direito.

Elas fizeram parte de uma delegação que foi 171 vezes ao pódio no Pan de Lima, com 55 medalhas de ouro, 45 de prata e 71 de bronze, o que deixou o Brasil em segundo lugar no quadro geral de medalhas, algo que não ocorria desde 1963, quando o evento foi realizado em São Paulo.

A natação foi o carro-chefe do Brasil em Lima, com 30 medalhas conquistadas, sendo dez de ouro. E o País aproveitou o evento para faturar 29 vagas diretas para a Olimpíada de Tóquio: handebol feminino (14 atletas), adestramento (3), CCE (3), saltos (3), pentatlo feminino (1), tênis masculino (1), tênis de mesa (1) e vela (2).

O Pan de 2023 será realizado a partir de 20 de outubro a 5 de novembro em Santiago.

Rafaela Silva voltou a brilhar em uma competição no Circuito Mundial de Judô em 2019. Nesta sexta-feira, a brasileira conquistou o bicampeonato do Grand Prix de Budapeste ao vencer na final a kosovar Nora Gjakova.

Campeã em maio do Grand Slam de Baku, Rafaela passa a somar duas medalhas de ouro e quatro de prata na temporada 2019. "Fiz uma competição boa. Consegui aproveitar bastante os treinamentos que fizemos em Alicante e em Valência para praticar algumas coisas que eu vinha trabalhando e soltar mais golpes", avaliou.

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Na sua vitoriosa campanha, Rafaela ganhou suas três primeiras lutas por ippon, passando por Hadeel Elalmi, da Jordânia, Carla Mascaro, da Espanha, e Sabrina Filzmoser, da Áustria. Na semifinal, por waza-ari, derrotou a húngara Hedvig Karakas. E, na final, com dois waza-ari, se vingou do revés para Gjakova na decisão do Grand Prix de Tbilisi.

"Eu já estava entalada com essa final da Geórgia que perdi para essa adversária. Então, dessa vez, fui com um pouco mais de sangue nos olhos. Estou feliz com meu desempenho esse ano. É manter o foco agora, seguir firme nos treinos para os Jogos Pan-Americanos e para o Campeonato Mundial", disse.

Também nesta sexta-feira em Budapeste, Eleudis Valentim perdeu a disputa pelo bronze na categoria até 52kg para Andrea Chitu, da Romênia, ao ser imobilizada. Antes disso, a brasileira venceu Anastasia Polikarpova (Rússia), Madelene Rubinstein (Noruega) e Ana Perez Box (Espanha) nas primeiras rodadas, depois perdendo nas semifinais para a suíça Fabienne Kocher ao receber três punições. Na mesma categoria, Larissa Pimenta perdeu na repescagem para Ana Perez Box.

Phelipe Pelim (60kg), Ítalo Carvalho (60kg), Diego Santos (66kg), Eduarda Francisco (48kg) e Tamires Crude (57kg) também competiram nesta sexta-feira, mas foram batidos nas oitavas.

No sábado, o judô brasileiro será representado por Ketleyn Quadros (63kg), Maria Portela (70kg), Ellen Santana (70kg), Jeferson Santos Jr (73kg), Leandro Guilheiro (81kg) e João Pedro Macedo (81kg) no Grand Prix de Budapeste. Já Mayra Aguiar (78kg), Maria Suelen Altheman (+78kg), Beatriz Souza (+78kg) e Matheus Assis (90kg) vão lutar no domingo.

O judô brasileiro voltou a passar em branco no segundo dia do Grand Slam de Osaka, no Japão. Neste sábado, a principal esperança estava em Rafaela Silva, mas a campeã olímpica decepcionou e foi surpreendida logo na estreia da categoria para atletas até 57kg.

Medalhista de ouro nos Jogos do Rio, em 2016, Rafaela, número 11 do ranking da categoria, não foi páreo para a búlgara Ivelina Ilieva, apenas 30.ª colocada na lista. Apesar do favoritismo da adversária, a europeia conseguiu um wazari e segurou a luta até o cronômetro zerar sem ceder qualquer pontuação.

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Se Rafaela decepcionou, quem chegou mais perto de medalha foi Maria Portela (70kg). A brasileira estreou com vitória por ippon sobre a grega Elisavet Teltsidou, mas caiu na segunda luta para a japonesa Saki Niizoe, também por ippon. Na repescagem, perdeu para a espanhola Maria Bernabéu graças a um wazari.

Ainda entre as mulheres, Alexia Castilhos (63kg) estreou com vitória sobre a chinesa Chang Su por ippon, mas foi eliminada na segunda luta diante da eslovena Tina Trstenjak após sofrer três punições.

Entre os homens, Marcelo Contini e Eduardo Barbosa também ficaram sem pódio na categoria até 73kg. Contini foi derrotado logo na estreia pelo japonês Rentaro Nogami, eliminado por três punições no golden score, enquanto Eduardo até bateu na estreia o porto-riquenho Jeffrey Ruiz graças a um wazari, mas caiu na sequência para o sueco Tommy Macias no golden score.

O judô brasileiro encerra sua participação em Osaka nesta madrugada de sábado para domingo (horário de Brasília). Serão quatro os atletas do País que subirão ao tatame: Rafael Macedo (90kg), Rafael Buzacarini (100kg), Rafael Silva, o "Baby" (+100kg), e Beatriz Souza (+78kg).

Depois de conquistar os títulos nas disputas por equipes masculinas e femininas do Mundial Militar, o judô brasileiro voltou ao tatame do CEFAN, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, para as competições individuais. E, novamente, a equipe nacional conseguiu um bom desempenho subindo ao pódio em todas as seis categorias. Só de ouro foram quatro: Eric Takabatake (60kg), Charles Chibana (66kg), Jéssica Pereira (52kg) e a atual campeã olímpica Rafaela Silva (57kg).

A primeira medalha do dia veio com Gabriela Chibana (48kg), que derrotou a chinesa Zixiao Guo para conquistar o bronze. O primeiro ouro veio na sequência com Eric Takabatake, que conseguiu o ippon sobre o russo Gadhziev na final do peso ligeiro (60kg).

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Jéssica Pereira levantou a torcida no ginásio do CEFAN ao imobilizar Yulia Kazarina, da Rússia, por 20 segundos para conquistar o título no peso leve.

Daniel Cargnin (66kg) foi o quarto brasileiro a entrar no tatame para buscar uma medalha. O bronze escapou a poucos segundos do fim da luta contra o casaque Zhengissov. Mas, nesta categoria, o Brasil chegou à grande final com Charles Chibana, que derrotou o russo Alim Balkarov com uma projeção perfeita para levar o ouro.

Da mesma forma, o Brasil também chegou às duas disputas por medalhas no peso leve feminino. Tamires Crude (57kg) conquistou o bronze ao derrotar a chinesa Yu Lan e, na final, Rafaela Silva levou a torcida à loucura com um waza-ari no "golden score" para derrotar a francesa Hélène Receveaux e conquistar mais um título mundial em casa.

A última medalha brasileira foi no peso leve masculino, com desempenho perfeito de Marcelo Contini na disputa pelo bronze, vencendo David Gamosov, da Rússia, por ippon.

O Mundial Militar terá seu último dia de competição neste sábado com as disputas dos pesos 63kg, 70kg, 78kg, +78kg, 81kg, 90kg, 100kg e +100kg.

A campeã olímpica Rafaela Silva foi vítima de uma cena, no mínimo, constrangedora nesta quinta-feira. A judoca afirma que foi parada por uma viatura da Polícia Militar, no Rio de Janeiro, no caminho de sua casa e usou as redes sociais para desabafar: "Esse preconceito vai até onde?"

Em seu perfil oficial no Twitter, Rafaela Silva narra toda a história. Ela conta que ao chegar no Rio de Janeiro pegou um táxi no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, para ir até a sua casa, localizada no bairro de Jacarepaguá. A abordagem policial aconteceu na Av. Brasil e a judoca só conseguiu seguir viagem depois de ser reconhecida como "aquela atleta da olimpíada".

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"Chegando hoje (quinta-feira) no Rio de Janeiro, peguei um táxi pra chegar em casa! No meio da av Brasil um carro da polícia passou ao lado do táxi onde estou e os policiais não estava (sic) com uma cara muita simpática, até então ok", disse Rafaela Silva, que não se atentou para o fato. "Continuei mexendo no meu celular e sentada no Táxi, daqui a pouco ligaram a sirene e o taxista achou que eles queriam passagem, mas não foi o caso, eles queriam que o taxista encostasse o carro".

O constrangimento, segundo Rafaela Silva, começou em seguida. "Quando o taxista encostou eles chamaram ele pra um canto, quando olhei na janela outro policial armado mandando eu sair de dentro do carro, levantei e sai, quando cheguei na calçada ele outro pra minha cara e falou... trabalha aonde? Eu respondi... não trabalho, sou atleta! Na mesma hora ele olhou pra minha cara e falou... vc é aquela atleta da olimpíada né? Eu disse... sim, e ele perguntou... mora aonde? Eu falei, em Jacarepaguá e estou tentando chegar em casa".

"Na mesma hora o policial baixou a cabeça entrou na viatura e foi embora! Quando entrei no carro novamente o taxista falou que o polícia perguntou de onde ele estava vindo e onde ele tinha parado pra me pegar. E o taxista respondeu... essa é aquela de judô, peguei no aeroporto e o polícia falou... ah tá! Achei que tinha pego na favela", escreveu Rafaela Silva.

"Isso tudo no meio da av Brasil e todo mundo me olhando, achando que a polícia tinha pego um bandido, mas era apenas eu, tentando chegar em casa", afirmou a judoca, que encerrou a história com um desabafo. "Esse preconceito vai até aonde?"

Rafaela Silva voltou aos tatames neste domingo após a conquista da medalha de ouro olímpica, nos Jogos do Rio-2016, e ajudou o Instituto Reação a garantir o bicampeonato do Grand Prix Interclubes Feminino de Judô, disputado em Lauro de Freitas, na Bahia.

Na final da competição, o time carioca derrotou o Minas Tênis Clube pelo placar de 4 a 1. A Sogipa venceu o Pinheiros por 3 a 2 e alcançou um lugar no pódio do Grand Prix conquistando a medalha de bronze.

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Rafaela Silva disputou a competição na categoria até 63kg, uma acima da qual venceu nos Jogos do Rio. Na decisão, ela entrou no tatame para disputar a terceira luta da série e derrotou Ketleyn Quadros, que foi bronze na Olimpíada. O resultado deixou o Instituto Reação em vantagem de 2 a 1.

Antes, Raquel Silva (52kg) venceu por dois yukos Erika Miranda e fez 1 a 0 para o Instituto Reação. Em seguida, Kamilla Silva (57kg), do time mineiro, marcou um wazari no golden score contra Flávia Cruz e deixou tudo igual.

Na sequência, Amanda Oliveira (70kg) garantiu a taça ao derrotar Mariana Silva. No tempo regulamentar, houve empate com uma punição para cada. No golden score, Amanda conseguiu pontuar com um yuko e garantiu o título. Houve ainda o último combate, quando Maria Suelen Altheman (+70kg) bateu Victoria Oliveira por ippon, fechando o placar em 4 a 1.

Para chegar à decisão, o Instituto Reação derrotou Grêmio Náutico União, São José dos Campos e a Sogipa na fase de grupos, classificando-se para a semifinal em primeiro lugar do Grupo A. Na semifinal, o time carioca bateu o Pinheiros por 5 a 0.

Do outro lado, o Minas superou Judô Futuro, Palmeiras e Pinheiros para passar em primeiro lugar no Grupo B. Na semi, as mineiras derrotaram a Sogipa por 3 a 2, com vitórias de Erika Miranda, Ketleyn Quadros e Mariana Silva. Manoella Costa e Rochele Nunes marcaram os pontos para a equipe adversária.

A história da menina negra e homossexual, criada na Cidade de Deus e que, superando o preconceito, ganhou o ouro olímpico foi a mais inspiradora dos Jogos do Rio. Essa é a opinião da Associação de Comitês Olímpicos Nacionais (ANOC), entidade que reúne 206 comitês olímpicos pares do COB e que entregou à brasileira Rafaela Silva o prêmio de "Performance mais inspiradora do Rio-2016".

A campeã olímpica da categoria até 57kg foi até Doha, no Catar, para receber a premiação na terça-feira durante o evento de gala da entidade, que se reúne ali para sua assembleia geral. Mais de mil delegados participam do encontro.

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Os grandes prêmios da noite, porém, foram entregues ao sul-africano Wayde van Niekerk e à porto-riquenha Monica Puig, eleitos melhores atletas do Rio-2016. Ele bateu o recorde mundial dos 400m no atletismo para vencer essa prova na Olimpíada. Mesmo correndo na raia 1, superou em 0s15 a marca de Michael Johnson que, desde 1999, parecia insuperável.

Ela, número 34 do ranking mundial, venceu favoritas para conquistar a primeira medalha de ouro da história de Porto Rico, no tênis. Nascida em Miami, nos Estados Unidos, ela se dedica de forma ímpar ao país de seus pais, abrindo mão de torneios profissionais para jogar por Porto Rico inclusive em eventos menores, como os Jogos Centro-Americanos.

Entre os vencedores dos prêmios entregues pela ANOC, destaque para a seleção de Fiji de rúgbi sevens, que deu, com ouro, a primeira medalha do seu país e foi eleita a melhor equipe masculina. A seleção feminina de hóquei sobre a grama da Grã-Bretanha ficou com o prêmio feminino.

A Grã-Bretanha, apesar de ter sido segunda colocada no quadro de medalhas, também venceu como melhor comitê olímpico nacional. Foi um prêmio ao fato de os britânicos, pela primeira vez na história, terem tido um desempenho melhor na Olimpíada seguinte a sediar os Jogos do que quando foram anfitriões.

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