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Os professores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no Comando de Greve Local, sinalizaram o final da mobilização para a Assembléia Geral da próxima quarta (5). Hoje (29), na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, a decisão coletiva entre os 180 presentes foi a manutenção da greve. Na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), a reunião ampliada está marcada para amanhã (30), em Cruz das Almas, no centro administrativo da universidade.

Os docentes dessas instituições de ensino estão há mais de 90 dias em greve e ainda não conseguiram avançar nas negociações. A professora da UFRB, Kiki Givigi, informou que a APUB e a APUR são sindicatos diferentes, por tanto “quando um professor da UFRB vai a assembléia da UFBA é em forma de solidariedade”. De acordo com o professor Claudio Lira, do curso de Educação Física da UFBA, uma comissão cuidará da transição democrática de diretorias na APUB. “Isso só afeta a greve em aspectos administrativos, em mobilização continuamos com as atividades”, informou o professor.

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A professora Kiki, informou que a Assembléia do dia 4 de setembro na UFRB irá decidir as possibilidades do término do movimento de greve nessa instituição. Carlos Lira informou que o Comando de Greve Local da UFBA irá discutir amanhã sobre as possibilidades de término da paralisação de forma unificada com outros setores. O Grito dos Excluídos, na comemoração do 7 de Setembro em Salvador foi citado como um momento possível. A agenda de atividades da duas instituições estarão disponíveis nos blog’s e na rede social Facebook.

Por Diogo de Oliveira

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e o Tribunal de Justiça (TJ-BA) anunciaram, nesta terça-feira (17), que deixaram de mediar as negociações entre governo e professores em greve. Em nota, o MP e o TJ alertam que nas últimas três reuniões que participaram como mediadores não visualizaram uma proposta que trouxesse consenso entre as partes e que, já aos 100 dias de greve, seria impossível repor o calendário escolar. Inicialmente, foi a obrigação de velar pelo interesse público – as aulas – que os fez assumir a postura.

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A nota afirma que “persistindo o impasse, em razão da não obtenção de um acordo em tempo hábil e aproximando-se uma situação de dano irreversível ao calendário escolar, após empreendidos todos os esforços e ante a ausência de condições objetivas de resolução no âmbito da mediação, não resta outra alternativa às referidas instituições mediadoras senão considerar, nas atuais circunstâncias, concluídas as negociações”.

O MP e o TJ foram convocados pelo movimento grevista para mediar a negociação após 89 dias de greve, com ocupação da Assembleia Legislativa da Bahia. O governo aceitou a mediação. No entanto, na última sexta-feira (13), o movimento decidiu em assembleia geral por não acatar a proposta. O termo de impasse, alegado pelo Sindicato dos Professores e Letrados da Bahia (APLB), era a readmissão de 57 professores que sofreram processos administrativos por aderirem à greve, além de não atender aos 22% de aumento que a classe reivindica. Também nesta manhã, a APLB, protocolou uma moção solicitando que o MP e o TJ não se retirem do processo de mediação.

A situação se agrava

Antes da retirada do Ministério Público e do Tribunal de Justiça da negociação, a água, luz e telefone da Assembleia Legislativa (AL) foram cortadas pelo presidente, Marcelo Nilo (PDT). A ação do presidente tinha o objetivo de forçar a retirada dos professores do salão Nestor Duarte, contíguo ao plenário. Hoje (17), o procurador geral, Graciliano Bonfim, protocolou o pedido de reintegração de posse do salão.

Cerca de cem estudantes do 3º ano, que estão tendo aula no Colégio Estadual Thales de Azevedo, realizam uma manifestação a favor do movimento grevista dos professores do estado, desde as 8h desta quarta-feira (27), no bairro do Costa Azul. O colégio é uma das 19 escolas sedes determinadas pelo governo, na última segunda-feira (25), como reforço para alunos do último ano que vão prestar vestibular e Enem.

De acordo com a presidente do grêmio estudantil, Larissa Correia, todas as 17 salas foram esvaziadas e as aulas boicotadas como forma de apoiar os professores grevistas. "Achamos justo que o governo cumpra com a palavra e pague os 22% prometidos. Isso precisa ser solucionado o quanto antes para que todos os alunos voltem à rotina escolar", desabafou.

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Professores grevistas também compareceram, além de estudantes de outras escolas, que se juntaram aos manifestantes. Depois do ato, que contou com um carro de som, eles seguiram em passeata pela avenida Tancredo Neves.

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