Tópicos | Protesto estudantes

Por Diogo de Oliveira

A Reitoria da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) cortou a água e luz e isolou o Restaurante Universitário (RU) que está ocupado por estudantes.  Depois de três meses e vinte e sete dias de ocupação, essa é considerada a retaliação mais formal e severa ao coletivo estudantil.  O grupo iniciou a ocupação no dia 13 de abril com 30 estudantes, sendo que atualmente apenas 15 estão responsáveis pela ação.

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A briga sobre o RU é desde 2007 e se dá por ser o espaço gerido por uma instituição privada, a Saber & Vida, que divide a distribuição de alimentação em boas condições de higiene e preparo no self-service ao lado do RU cobrando três vezes mais por quilo de comida. No espaço do RU, a alimentação é servida por R$1 a estudantes, técnico-servidores e professores, mas de baixa qualidade. Segundo o relato do coletivo, quando entraram na cozinha do restaurante “o que enxergaram foram panelas completamente sujas, frutas, verduras, carnes, grãos e outros alimentos num estado de podridão, estocados em congeladores forrados por lama”. Ainda no relato disponível no blog do coletivo eles colocam que “o chão, as paredes, os móveis e toda a cozinha de um modo geral estão em total descaso, sujos e impossíveis de serem vistas sem causar asco”.

Até hoje a administração central da UEFS não se pronunciou sobre a situação encontrada no Restaurante Universitário pelos estudantes. Desde o início da ocupação a reitoria se mostra disposta ao diálogo e algumas negociações foram tratadas entre reitoria e coletivo estudantil. A atual reitoria da UEFS é gerida pelo professor doutor Zé Carlos, eleito em 2010 através da campanha +UEFS, onde estavam dispostos professores, estudantes e técnicos. 

Em nota, a assessoria de comunicação da UEFS, afirma: “diante da recusa em negociar por parte de um grupo de estudantes que ocupou o Restaurante Universitário e da reivindicação da comunidade que pede o retorno das atividades do RU, a Administração Central da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) optou por novas ações para a desocupação do espaço”.

Os pontos de pauta do coletivo são: funcionamento do RU nos finais de semana, qualidade de alimentação, gestão pública, alimentação gratuita para toda a comunidade acadêmica, fim do self-service, além de cumprimento de cláusula contratual. A reitoria afirma que o único ponto que não pode atender de imediato, surgido durante as negociações, é a retirada da ala self-service do RU. Mesmo com as condições da reitoria, os estudantes afirmam que não sairão do RU até o fim do self-service.

Cerca de cem estudantes do 3º ano, que estão tendo aula no Colégio Estadual Thales de Azevedo, realizam uma manifestação a favor do movimento grevista dos professores do estado, desde as 8h desta quarta-feira (27), no bairro do Costa Azul. O colégio é uma das 19 escolas sedes determinadas pelo governo, na última segunda-feira (25), como reforço para alunos do último ano que vão prestar vestibular e Enem.

De acordo com a presidente do grêmio estudantil, Larissa Correia, todas as 17 salas foram esvaziadas e as aulas boicotadas como forma de apoiar os professores grevistas. "Achamos justo que o governo cumpra com a palavra e pague os 22% prometidos. Isso precisa ser solucionado o quanto antes para que todos os alunos voltem à rotina escolar", desabafou.

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Professores grevistas também compareceram, além de estudantes de outras escolas, que se juntaram aos manifestantes. Depois do ato, que contou com um carro de som, eles seguiram em passeata pela avenida Tancredo Neves.

Cerca de 30 estudantes que participaram da passeata pelas ruas do centro do Recife, na tarde desta quarta-feira (25), em protesto contra o aumento de 6,5% na passagem de ônibus, continuam bloqueando o trânsito na Avenida Conde da Boa Vista, neste momento. O pequeno grupo se concentrou num trecho da via, na esquina com a Rua Sete de Setembro impedindo a passagem dos coletivos nos dois sentidos da avenida.

Alguns manifestantes estão sentados em frente aos veículos, outros gritam palavras de ordem do movimento. Não há policiamento no local. Passageiros que estão dentro dos coletivos e os que ainda esperam os ônibus nas paradas começaram a reprovar a atitude dos protestantes.

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Minutos antes, cerca de dois mil manifestantes chegaram ao Palácio do Governo, situado na Praça da Republica, área central da capital do Estado, no início da noite e permaneceram no local por cerca de uma hora. Enquanto isso, o Governador, Eduardo Campos, já estava reunido com representantes do governo e entidades estudantis, onde discutem sobre as reivindicações dos estudantes. O encontro ainda não terminou.

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