Tópicos | Henrique Avancini

Em 24 anos de carreira, Henrique Avancini já pedalou pelos mais diferentes cantos do planeta. Mas nunca teve a oportunidade de calçar suas sapatilhas de competição na Amazônia. Enquanto essa chance não vem, o ciclista olímpico vai usar o calçado especializado de outra forma para ajudar a famosa floresta sul-americana.

Entre uma competição e outra, em sua reta final de preparação para a Olimpíada de Tóquio, Avancini vai sortear e leiloar dois pares de sapatilhas na iniciativa chamada "Pedaling for a Reason" ("pedalando por um motivo", em tradução livre). Os recursos arrecadados serão direcionados para o projeto social "Salvação para a Amazônia". Para participar do sorteio e do leilão, é preciso acessar o site www.semexe.com/pedalingforareason.

##RECOMENDA##

"Esse projeto nasceu com o intuito de auxiliar organizações e projetos que fazem um trabalho relevante para a sociedade. Vai além do cuidado com o meio ambiente. É muito voltado também ao cuidado com as pessoas", disse o ciclista de 32 anos ao Estadão, acostumado a conviver com a natureza nas competições. "Quando você pratica um esporte como o mountain bike, é muito fácil despertar o interesse por ecologia e por qualquer tema de preservação ou sustentabilidade porque passa a fazer parte da sua realidade."

Os pares de sapatilhas da iniciativa são as mesmas que Avancini vai usar na disputa das duas primeiras etapas da Copa do Mundo de MTB (mountain bike), nas provas de short track e cross country olímpico (XCO), na Alemanha e na República Checa, em maio. Os calçados são personalizados, com a figura de uma arara vermelha e outras referências à flora e fauna da Amazônia.

"Nunca disputei nenhuma competição na Amazônia. Já tive duas oportunidades, mas infelizmente não consegui realizar nenhuma destas provas. Mas acredito que seja algo a ser explorado no futuro. Com certeza lá tem muito potencial para a realização de competições muito marcantes", projetou.

Ainda longe da Amazônia, Avancini segue cada vez mais ativo na defesa do meio ambiente. Não por acaso. Se antes tinha contato mais próximo com a natureza somente durante as competições, agora ele praticamente mora onde costumar disputar as provas esportivas, em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. "Hoje eu moro mais afastado do centro urbano. Então, praticamente todos os treinos que eu faço já começa na porta de casa, em cima da bicicleta. Acabo conseguindo realizar isso com uma certa facilidade."

Ferramenta de trabalho, a bicicleta também é meio de transporte para o especialista nas duas rodas. Ele acredita que a "bike" deve ganhar ainda mais relevância como meio do transporte após a pandemia, que passou a valorizá-la por conta do distanciamento social natural, em detrimento do confinamento de pessoas tão comum em ônibus e metrô.

"Usar a bicicleta para se locomover é algo que está se tornando cada vez mais prático com a inclusão de bicicletários. Em alguns trechos o trânsito acaba sendo demasiadamente lento, sobrecarregado. Com a bicicleta, quando se tem o mínimo de condições de circulação, acaba sendo uma opção muito mais simples, rápida e livre, e bem menos estressante", pregou.

A manhã deste sábado ficou marcada pelo mais importante capítulo da história do ciclismo brasileiro. O carioca Henrique Avancini, de 29 anos, corou a excelente temporada e faturou o título mundial de Mountain Bike Maratona em Auronzo do Cadore, na Itália.

Atual número 2 do ranking da União Ciclística Internacional (UCI), o atleta da equipe Cannondale Factory Racing já havia figurado entre os melhores da modalidade na semana passada. Avancini ficou na 4.ª colocação do Campeonato Mundial de Mountain Bike de Cross-Country Olímpico (XCO), em Lenzerheide, na Suíça.

##RECOMENDA##

O ano de 2018 está sendo melhor do que o carioca, natural de Petrópolis, poderia imaginar. A temporada marcante começou em março com a conquista do 3.º lugar na Cape Epic, maior prova de ultramaratona de MTB do mundo, disputada na África do Sul. Na ocasião, terminou junto com o alemão Manuel Fumic.

Já na Copa do Mundo de XCO, Avancini mostrou regularidade e foi o único a pedalar entre 20 primeiros colocados em todas as 13 etapas disputadas. Ao todo, foram cinco pódios e a 4.ª colocação geral.

No Brasil, o ciclista também foi destaque nas duas competições mais importantes do País. Em abril, faturou a etapa de Araxá da Copa Internacional de Mountain Bike. Em julho, venceu o Campeonato Brasileiro e passou a ter o direito de vestir a camisa verde e amarela no exterior. Henrique Avancini retorna ao Brasil em outubro, quando participa da Brasil Ride, prova que faturou em 2013 e 2017.

Henrique Avancini conquistou mais um grande resultado neste sábado. O brasileiro ficou muito próximo de subir ao pódio ao terminar na quarta colocação no Mundial de Mountain Bike de Cross-Country Olímpico, em prova disputada em Lenzerheide, na Suíça. O resultado foi o mesmo alcançado no ano passado.

"Mais uma grande performance, repetindo a marca de 2017. Não consegui me livrar do pelotão perseguidor, que não estava muito preocupado em fazer a coisa andar para buscar uma medalha. Acabei jogando muita energia fora... No geral, um último capítulo de XCO dessa temporada, marcante para nós, que foi do começo ao fim com bons resultados. Foi um prazer largar como número 2 do ranking mundial, vestindo a camisa amarela!", disse Avancini.

##RECOMENDA##

O título do evento foi conquistado pelo suíço Nino Schurter, que venceu a competição pela sétima vez na sua carreira, sendo o quarto consecutivo. Ele foi seguido por Gerhard Kerschbaumer, da Itália, em segundo lugar, e Mathieu Van Der Poel, da Holanda, na terceira posição.

Além de Avancini, outros três brasileiros competiram neste sábado. Guilherme Muller foi o 42º colocado, Luiz Henrique Cocuzzi ficou na 61ª posição e José Gabriel Almeida garantiu o 78º lugar.

Henrique Avancini conquistou um resultado histórico para o ciclismo brasileiro. Neste sábado, ele terminou a disputa da prova de elite do cross-country masculino na quarta colocação no Mundial de Mountain Bike, que está sendo realizado na Austrália, em Cairns.

Henrique Avancini figurou durante toda a prova entre os cinco primeiros colocados e cravou o tempo de 1h28min48 para garantir a quarta colocação, a 1min04 do suíço Nino Schurter, atual campeão olímpico e que assegurou o seu quarto título mundial consecutivo.

##RECOMENDA##

Além de Schurter, apenas dois outros competidores ficaram à frente do brasileiro, casos do checo Jaroslav Kulhavy, que marcou o tempo de 1h27min51, em segundo lugar, e do suíço Thomas Litscher, que fechou o pódio, na terceira posição, com 1h27min59.

O resultado representa um avanço considerável para Henrique Avancini, pois no ano passado ele foi o 23º colocado na Olimpíada do Rio. Além disso, o brasileiro ocupa a 14ª posição no ranking da União Ciclística Internacional.

"O resultado pode até ser histórico, porém, o mais complexo até aqui não foi andar nesse nível, mas sim o caminho que percorri. Foi uma baita jornada. É verdade que passei - e passo - por muitas dificuldades como atleta num país que ainda engatinha na cultura esportiva, mas tenho encontrado pessoas no meu caminho que são oportunidades divinas pra minha vida em geral", escreveu o brasileiro em seu perfil no Facebook.

"Aos que sonharam ao meu lado, aos que perderam o sono procurando respostas, aos que viram e acreditaram em todo meu esforço e dor, aos que estiveram sempre por perto, mesmo distantes fisicamente, aos que estiveram do meu lado em bons e maus momentos, hoje eu informo à vocês que larguei com os melhores do mundo na principal competição do ano. Não fui só um coadjuvante competindo com os melhores. E volto pra casa com um quarto lugar no Campeonato Mundial", celebrou Avancini.

Também neste sábado na Austrália, Raiza Goulão ficou em 14º lugar na disputa feminina com a marca de 1h33min19. A suíça Jolanda Neff venceu a prova em 1h27min17. A britânica Annie Last ficou na segunda posição, à frente da francesa Pauline Ferrand Prevot.

"Infelizmente não fiz uma boa largada, esse é um ponto que preciso melhorar. Apesar de ter treinado muito essa característica ainda preciso aperfeiçoar alguns detalhes para evitar perder posições na primeira volta. Mas conseguir manter a cabeça focada e depois de pedalar alguns quilômetros já comecei a me sentir melhor, notando o rendimento voltar de forma natural", destacou a brasileira.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando