Tópicos | Iceberg Digital

Um estudo chamado “Iceberg Digital”, feito com seis países da América Latina, apontou que 70% dos latino-americanos não sabem ou não têm certeza se conseguem diferenciar uma notícia falsa na internet. A pesquisa, feita pela empresa de cibersegurança Kaspersky, contou com respostas de usuários da  Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e do Brasil.

De acordo com os dados coletados em parceria com a empresa de pesquisa CORPA  mostrou que os cidadãos que menos conseguem reconhecer notícias falsas são os peruanos (79%), seguidos pelos colombianos (73%) e chilenos (70%). Argentinos e mexicanos empatam (com 66%) e, por último, ficam os brasileiros (62%).

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Outro dado preocupante é que 16% dos entrevistados sequer conhecem o termo "fake news". Os peruanos se destacam, com 47% dos entrevistados alegando que não sabem o sequer o que as palavras significam. Por outro lado, os brasileiros seguem mais familiarizados com o termo, visto que apenas 2% das pessoas abordadas pelo estudo desconhecem a expressão.

Além de descobrir os dados, a intenção do "Icebergs digital" é mostrar que sites, aplicativos, links ou imagens que, à primeira vista, parecem inofensivos e superficiais, podem esconder perigos grandes ou desconhecidos. Porém, mesmo que 72% dos entrevistados latino-americanos considerem que as fake news viralizam para que alguém receba algo em troca ou para causar dano à alguém apenas 42% dos brasileiros ocasionalmente questiona o que lê na web.

Redes sociais usadas para informação

Um dos motivos que pode ocasionar a disseminação de notícias falsas na internet é o uso de plataformas pouco confiáveis para obter informações noticiosas. O estudo mostrou que, em média, um terço dos latino-americanos usa apenas as redes sociais para se informar diariamente e apenas 17% se informam em sites da mídia tradicional. Destes, os brasileiros ocupam o segundo lugar (33%), perdendo apenas para os mexicanos (35%). Colombianos são os que menos utilizam as redes para procurar notícias (26%).

Quanto mais jovem, mais as redes sociais são usadas para conseguir informações. Entrevistados entre 18 e 24 anos somam 38% das pessoas que usam as redes para saber o que está acontecendo em seu país ou região. Os que menos se informam por meio dessas plataformas são internautas entre 35 e 50 anos. Apesar disso, quem mais compartilha fake news em seus perfis e comentam as notícias alarmantes sem verificar sua veracidade são os usuários entre 25 e 34 anos.

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