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O presidente do instituto Ifo, que realiza uma das pesquisas mais importantes sobre o sentimento dos empresários na Alemanha, classificou os recentes alertas sobre deflação na Europa como "exagerados", segundo prévia de um comentário que será publicado pela revista WirtschaftsWoche.

Hans-Werner Sinn, que coordena o instituto alemão, também afirmou que o Banco Central Europeu (BCE) não deveria associar os riscos de deflação à ampliação de sua política monetária expansionista.

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"O Tratado de Maastricht não deu ao BCE a tarefa de conduzir a inflação para 2%, mas de mantê-la em zero por cento", disse Sinn, acrescentando que o mandato do BCE é manter a estabilidade dos preços, e não resgatar bancos e governos.

Na quinta-feira, a Eurostat - agência de estatísticas da União Europeia - confirmou que a taxa de inflação ao consumidor da zona do euro recuou para 0,3% em setembro, de 0,4% no mês anterior, atingindo o patamar mais baixo desde outubro de 2009. A meta de inflação do BCE é de taxa ligeiramente inferior a 2% no médio prazo.

Os comentários de Sinn vêm em meio a preocupações crescentes sobre o crescimento anêmico da zona do euro e temores de deflação no bloco. Em junho e setembro, o BCE anunciou cortes nas taxas de juros e planos de comprar bônus cobertos e títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês), numa tentativa de reverter essa situação.

Analistas preveem que o BCE precisará ser ainda mais agressivo em sua política de estímulos e lançar um programa de relaxamento quantitativo, que envolveria compras em larga escala de bônus soberanos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O instituto econômico Ifo prevê que a economia da Alemanha crescerá 0,7% este ano, embora haja uma "incerteza significativa" atrelada à projeção, segundo artigo publicado neste sábado pelo presidente do instituto, Hans-Werner Sinn, na revista semanal alemã Wirtschaftswoche.

O Ifo também prevê que a taxa de desemprego alemã ficará em 6,9% em 2013, ante cerca de 6,8% no ano passado, e inflação de 1,6%, ante aproximadamente 2,0% em 2012. Na zona do euro, o instituto prevê inflação de 1,8% e crescimento de 0,2% este ano.

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Ainda de acordo com o artigo, os setores industrial e de construção da Alemanha deverão se beneficiar mais com o acúmulo de encomendas assim que o clima local melhorar.

A previsão de crescimento do Ifo para 2013 está perto da ponta mais alta das projeções recentes divulgadas por outras entidades e pelo Bundesbank, o banco central alemão. As estimativas vão de +0,3% a +0,8%.

O governo alemão, que oficialmente prevê hoje que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 1,0% este ano, vai revisar sua projeção em meados deste mês. A expectativa é que a previsão seja reduzida. As informações são da Dow Jones.

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