Tópicos | Impeachment de Janot

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disparou contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira (16). De acordo com o peemedebista, Janot “extrapolou” os limites da Constituição Federal quando pediu a prisão e mandados de busca e apreensão contra senadores em exercício do mandato. Na próxima quarta-feira (22), o presidente da Casa Alta deve analisar um dos nove pedidos de impeachment contra o procurador-geral. Renan, no entanto, negou estar tentando coagir Janot com as matérias. 

“Pelo contrário. Você acha que alguém intimida o procurador-geral da República? Quando as pessoas perdem o limite da Constituição, perdem o limite do ridículo também”, cravou Renan, citando as medidas adotadas por Janot, inclusive contra ele, como a quebra do sigilo de informações e o pedido de prisão. 

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Renan insinuou que o procurador-geral estaria por trás do vazamento das delações que poderiam “abrir crise entre os Poderes” e comprometer os senadores. "Essa é uma declaração criminosa. Ao dizer que foi retirado o sigilo, ele assume a paternidade do vazamento", disse. "Se algo que agrava a separação dos Poderes é um pedido de prisão", acrescentou.

O peemedebista listou as gravações do filho de Nestor Cerveró, do ex-senador Delcídio do Amaral e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.  A última, segundo ele, “é uma delação mentirosa do começo ao fim. Ela não apresenta uma prova sequer. É a repetição de narrativa de delatores que estão desesperados para sair da cadeia ou querem limpar, lavar milhões que pilharam do setor publico”. 

Ainda sobre Sérgio Machado, Renan classificou como "criminosas" as afirmações feitas pelo ex-presidente da Transpetro sobre o presidente interino da República, Michel Temer. “Mais do que mentirosa, é uma coisa criminosa, totalmente criminosa. Ele não tinha sequer essas relações diretas com o presidente Michel para citar, para constranger o presidente numa circunstância dessas. Eu repilo e tenho certeza que o Brasil repelirá isso”, ressaltou.

O presidente do Senado criticou a Lei de Delações em vigor no Brasil e defendeu a modernização do texto, garantindo que isso não seria uma intervenção dele na Lava Jato. "É uma narrativa para botar uma tornozeleira, ficar preso em casa, e limpar mais de um bilhão roubado do povo brasileiro. Isso precisa ser alterado na Lei da delação. Eu, que como presidente do Senado comandei a aprovação da lei, evidente que eu tenho como colaborar para o seu aperfeiçoamento. Uma pessoa que está presa, desesperada, com a família passando fome, vai dizer absolutamente o que quiser", opinou.

Renan observou também que o principal papel da Lava Jato “é separar o joio do trigo”. “É dividir aqueles que estão investigados por ouvir dizer, citações que são levadas como que julgamentos públicos daqueles que roubaram bastante e que querem com uma narrativa mentirosa e inventada como essa do Machado, lavar 90% do dinheiro pilhado da população. E eu acho que isso não faz o Brasil melhor", declarou. Ele colocou ainda o Senado à disposição para contribuir com qualquer tipo de investigação.

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