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As autoridades da Bahia informaram no final da manhã desta quinta-feira, 24, que ao menos 22 pessoas morreram no naufrágio de uma embarcação próximo à Ilha de Itaparica, na localidade de Mar Grande. O comandante Flávio Almeida, do 2º Distrito Naval, disse que 129 pessoas estavam na embarcação - e que, até às 11h25, ao menos 22 corpos haviam sido localizados. As buscas prosseguem.

A embarcação "Cavalo Marinho" tinha capacidade para levar até 162 passageiros. O acidente ocorreu a 200 metros do Terminal marítimo. O chamado de emergência para a Capitania foi recebido através do rádio por volta das 8h. De acordo com a Prefeitura de Vera Cruz, a lancha saiu do terminal da Ilha por volta das 6h30 com destino a Salvador.

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A avaliação da lancha será feita pela Marinha, que analisará a regularização da embarcação e se a mesma operava com número de passageiros acima do permitido. A Secretaria de Segurança Pública informou que um inquérito será aberto para que as causas do acidente sejam apuradas.

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), postaram notas de pesar em suas respectivas contas nas redes sociais. Costa decretou luto oficial de três dias no Estado.

Equipes de resgate permanecem na busca das vítimas do acidente marítimo que aconteceu nesta quinta-feira (24), na Baía de Todos os Santos, em Salvador. Uma lancha que transportava passageiros virou durante a travessia entre Mar Grande, na Ilha de Itaparica, e Salvador. Segundo a Central de Telecomunicações das Polícias Civil e Militar (Centel), o acidente ocorreu por volta de 8h.

Segundo o órgão, equipes da Polícia Militar, do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros, da Capitania dos Portos e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram encaminhadas até o local para dar suporte na busca pelas vítimas. A Centel informou ainda que embarcações particulares auxiliaram nos primeiros resgates.

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De acordo com o Samu, ainda não há um balanço de quantas vítimas foram resgatadas, mas algumas já foram encaminhadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mar Grande e o Hospital do Subúrbio, em Salvador. O Samu confirmou que cerca de 130 passageiros estavam na embarcação no momento do acidente.

Providências

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou que a embarcação já foi resgatada e os órgãos continuam auxiliando no resgate de vítimas. Ainda não se sabe se houve mortes no acidente.

A avaliação da lancha será feita pela Marinha. Ela analisará a regularização da embarcação e se operava com número de passageiros acima do permitido. Por conta disso, a Secretaria de Segurança Pública informou que um inquérito será aberto para que as causas do acidente sejam apuradas.

Em recente visita a microrregião de Itaparica, aos municípios de Floresta, Belém do São Francisco, Petrolândia e Itacuruba, pude constatar, a completa falta de informação das respectivas populações sobre a provável instalação de uma usina nuclear na região.

A visita, que contou com o apoio da Diocese de Floresta, através do Movimento Cultura de Paz, teve o objetivo levar informações sobre a energia nuclear, a radioatividade, os efeitos da radiação, o que é uma usina nuclear e como funciona, os riscos de acidentes e a situação desta fonte energética no mundo e no Brasil. Além de haver uma discussão sobre outras fontes de energia, em particular aquelas encontradas na natureza, que poderiam atender as demandas energética destas populações.

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Foram realizadas Rodas de Dialogo nos quatro municípios com a presença de educadores, religiosos, políticos, representantes da sociedade civil organizada, movimentos de jovens, representantes de grupos quilombolas e indígenas. Amplo material de divulgação foi distribuído aos participantes, desde cartilha explicativa, cordéis, e-books com artigos sobre a questão nuclear e panfletos.

Como resultado das Rodas de Dialogo foram definidos em cada cidade, ações que serão desenvolvidas no intuito de mais e mais pessoas se incorporarem ao debate sobre a instalação da usina nuclear. Assunto de grande importância para o destino dos moradores das cidades e do campo daquele território.

O trabalho planejado durante estes reuniões se dará essencialmente na divulgação pelas redes sociais, em ações nas escolas estimuladas pelos educadores, na distribuição de material informativo aos membros das associações de moradores, associações de pescadores, comerciantes, nas aldeias indígenas e nas comunidades quilombolas. O que se espera de toda esta movimentação é que as populações se envolvam neste debate, e como resultado, formem opinião sobre a decisão unilateral tomada de se instalar a usina nuclear.

Espera-se que sejam ouvidos, e tomem em suas mãos a responsabilidade de aceitarem ou não esta instalação industrial para produzir energia elétrica. O que não se pode mais aceitar e nem admitir são que decisões sejam tomadas à revelia, sem a participação dos principais interessados.

Por outro lado nestas reuniões, o que era esperado aconteceu. Mesmo convidado à classe política não esteve presente, e quando alguns de seus membros compareceram, foi de maneira não participativa nos debates. O que se percebe nesta atitude é que fogem da discussão pública. Evitam se comprometerem, e nem emitem suas opiniões publicamente. Todavia, à surdina, conspiram para a vinda da usina nuclear para a região, apoiando interesses pessoais em detrimento do interesse público, da coletividade, das comunidades.

Também nesta viagem, tornou mais claro o interesse econômico envolvido com a construção da usina nuclear no município de Itacuruba. A área pré-selecionada a beira do rio São Francisco possui diversos proprietários em todo seu entorno. A maior propriedade em extensão pertence a parentes do ex-prefeito de Itacuruba. Estivemos com um dos outros proprietários de terras na região (possui uma gleba de 130 ha), que nos informou já ter sido procurado pelo ex-prefeito interessado em comprar suas terras, como também de outros proprietários que teriam sido procurados para este fim.

Verifica-se nesta movimentação o interesse de tornar-se o único proprietário das terras, e assim poderem ser negociadas, e muito bem indenizadas pelo governo federal, caso a usina nuclear seja implantada na região. Também para valorizá-las, o ex-prefeito na sua gestão, obteve recursos do Ministério da Integração Nacional/Codevasf para a implantação  e pavimentação de uma rodovia vicinal até estas terras, chegando bem próximo a fazenda Jatinã (local pré selecionado para a implantação da usina nuclear). Esta rodovia, um trecho da PE 422 atravessa terras da aldeia Pankará e comunidades quilombolas, por exigência da comunidade indígena, licenças para esta rodovia nunca foram apresentadas, e as obras foram paradas. Os recursos públicos destinados para esta rodovia foram de R$ 13.488.205,55.

O discurso proferido por este político na defesa intransigente da usina nuclear, caminha no sentido que a usina trará impactos econômicos importantes para a região, e como consequência, o desenvolvimento e o progresso tão almejado pelos habitantes. Este discurso, recorrente, já que utilizou os mesmos argumentos quando prometeu e não cumpriu o Observatório de Itacuruba, aponta na geração de emprego e renda para a população. Todavia, esconde de fato o mero interesse pessoal, em detrimento ao da coletividade, que sofrerá os impactos e o estigma que esta construção trará aos moradores do seu entorno.

Em verdade, o que tem movido a defesa desta obra na região, por alguns que exerce grande influência junto às populações pelo fato ocuparem (ou já ocuparam) cargos públicos na política local, são os benefícios financeiros que receberão com a implantação desta obra.

Esta situação se verifica quando defensores do modelo predatório de desenvolvimento em curso no Estado, com obras como da instalação de uma indústria de petróleo e gás, termoelétricas a combustíveis fósseis, construção de estaleiros, de indústrias altamente poluentes no Complexo de Suape; locupletam-se financeiramente. Afinal é tudo por dinheiro.

Heitor Scalambrini Costa

Professor da Universidade Federal de Pernambuco

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SALVADOR (BA) - Reunidos no teatro do campi I, da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), no bairro de Brotas, o secretário de planejamento da Bahia, José Sérgio Gabrielle, e o professor, Paulo Armindo foram protagonistas do debate sobre mobilidade urbana que envolve a construção da ponte Itaparica-Salvador, nesta terça (21). Cerca de 450 pessoas comparaceram à universidade.

O secretário do estado, Sérgio Gabrielle, defende que a construção da ponte é um projeto de desenvolvimento regional conectado a construção das ferrovias Oeste-Leste (FIOL) e a ferrovia que liga o município de Feira de Santana à Juazeiro. “A ponte não é só Itaparica”, afirmou.

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Para o professor, Paulo Armindo, o projeto é ultrapassado. “Esse é um modelo de projeto que foi usado na década de 70 [1970] para incentivar o setor automobilístico no período de JK [ Juscelino Kubicheque]”, analisou o professor que defende a criação do Envolvente de Kirimurê que deveria criar uma ferrovia no entorno da Baia de Todos os Santos até o acesso para o Sul do estado.

Para o morador do bairro Bom Despacho do Paripe, em Itaparica, Eduardo Rosário, 40 anos, a ilha não tem infraestrutura para os efeitos da ponte. “Em Itaparica ocorre racionamento de água, não há saneamento básico nenhum e isso com uma população de 6 mil pessoas, imagina quando esse número triplicar?”, questionou Eduardo.

O evento na Universidade Estadual da Bahia (UNEB) continua na tarde desta terça com a presença da representante da Organização Não Governamental (ONG) Gaiah , Maria Judith Póvora, e do professor, Fernando Pedro.

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