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O Corpo de Bombeiros da Bahia localizou na manhã desta terça-feira, 23, os dois corpos das vítimas que estavam desaparecidas, uma menina de 7 anos e um homem de 42, desde domingo, 21, após o naufrágio de um barco na Baía de Todos os Santos. A informação foi confirmada pelo Departamento de Polícia Técnica do Estado da Bahia (DPT). O total de mortos no acidente chegou a oito.

Segundo os Bombeiros, o corpo da criança foi localizado próximo à Ilha de Maria Guarda. Posteriormente, por volta das 6h30, a equipe de busca localizou o outro corpo na mesma região. Ambos foram deixados sob os cuidados de DPT para demais procedimentos legais.

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As buscas ainda continuam no local, de acordo com a corporação, embora em menor intensidade. Não há informação oficial se ainda há pessoas desaparecidas. "Oficialmente mais nenhum desaparecido. Estamos aguardo se alguma família reclama outro desaparecido, por isso permanecemos na região."

Relembre o acidente

Conforme a prefeitura de Madre de Deus, a tragédia aconteceu por volta das 22h na Baía de Todos os Santos, quando a embarcação realizava a travessia entre Ilha de Maria Guarda e Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador, na Bahia.

Outras cinco pessoas foram resgatadas e receberam atendimento médico. Todos os passageiros eram amigos e familiares. Embora tenha deixado o local do acidente logo após o ocorrido, o condutor do barco já foi identificado pela Polícia Civil e deverá prestar depoimento ainda nesta segunda.

A Capitania dos Portos afirma que o barco, denominado "Gostosão FF", realizava transporte de passageiros de forma irregular, entre a Ilha de Maria Guarda e Madre de Deus, um trajeto considerado pequeno, de cerca de 1,5 km.

A embarcação estava acima da sua capacidade, que seria de até 11 pessoas, mas, no momento, transportava mais de 15. O barco tinha autorização para trafegar somente até as 19h30, mas o acidente aconteceu às 22h, pouco depois de o saveiro ter deixado a Ilha de Maria Guarda, onde acontecia uma festa de verão.

Segundo testemunhas, houve uma confusão entre alguns ocupantes, e as demais pessoas teriam corrido para o lado oposto, fazendo com que o barco virasse. Os sobreviventes e cinco mortos foram resgatados ainda durante a noite de domingo. Na manhã de segunda-feira, foi encontrado o corpo da sexta vítima. Nesta manhã de terça, outras duas vítimas foram localizadas.

Os órgãos envolvidos na apuração ainda não sabem precisar o real motivo do acidente, e informam que somente após o inquérito aberto pela Marinha será possível determinar as causas da tragédia.

A 17ª Delegacia Territorial (DT/Madre de Deus) apura o naufrágio da embarcação tipo saveiro. "As guias periciais e de remoção foram expedidas. Diligências investigativas estão sendo realizadas para apurar a circunstâncias, para as possíveis responsabilizações pelo naufrágio", acrescentou a Polícia Civil da Bahia. Colaborou Heliana Frazão.

Cinco pessoas morreram e duas estão desaparecidas após o naufrágio de uma embarcação que fazia, segundo a Marinha do Brasil, “transporte irregular de passageiros” na Baía de-Todos-os-Santos, na Bahia, entre a Ilha de Maria Guarda e Madre de Deus, na região metropolitana de Salvador.

O acidente ocorreu na noite desse domingo (21) com a embarcação “Gostosão FF”, informou o Comando do 2° Distrito Naval. Os trabalhos de resgate contam com a participação do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar.

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“Permanecem os esforços máximos na busca dos desaparecidos, com o emprego de 39 militares, de um Aviso de Patrulha, uma lancha de inspeção naval blindada do Grupamento de Patrulha Naval do Leste e de uma lancha de inspeção naval e uma moto aquática da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), que coordena a operação de busca e salvamento”, informou, em nota, a Marinha.

Inscrita na classe saveiro, a embarcação tem autorização para ser empregada exclusivamente na atividade de esporte e de recreio, não podendo, portanto, fazer transporte de passageiros. 

De acordo com o comando do Distrito Naval, está sendo apurado o excesso de pessoas na embarcação no momento do acidente.

“A CPBA instaurou inquérito sobre acidentes e fatos da navegação para apurar as causas e circunstâncias do naufrágio. Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo”, acrescenta a nota da Marinha.

O caso foi comentado pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, nas redes sociais. “Meus sentimentos aos familiares das vítimas do acidente, envolvendo uma embarcação, no município de Madre de Deus, na noite desse domingo. Seguimos aqui atuando, empenhados e esperançosos em encontrar os desaparecidos”, disse Rodrigues na rede X, antigo Twitter.

O governador afirmou que não medirá esforços para dar todo o apoio e suporte às famílias.

Atualização

Por volta das 9h50 desta segunda-feira (22), a Globo afirmou que um sexto corpo teria sido encontrado. A informação ainda não foi confirmada pela Marinha.

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Um navio de carga afundou perto da ilha grega de Lesbos durante uma tempestade na manhã de domingo, 26, deixando um tripulante morto e 12 desaparecidos. Um foi resgatado, informara autoridades gregas.

O Raptor, registrado nas Ilhas Comores, estava a caminho de Istambul, na Turquia, vindo de Alexandria, no Egito, transportando 6 mil toneladas de sal, informou a guarda costeira grega. Tinha uma tripulação de 14 pessoas, incluindo oito egípcios, quatro indianos e dois sírios, acrescentou.

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O navio relatou um problema mecânico às 7 horas de domingo, enviou um sinal de socorro às 8h20 e pouco depois desapareceu a cerca de 4,5 milhas náuticas (8 quilômetros) a sudoeste de Lesbos, disseram as autoridades.

O corpo do tripulante morto foi recuperado na tarde de domingo e transportado para Lesbos, mas ainda não foi identificado, disse uma porta-voz da guarda costeira à Associated Press.

Um egípcio foi resgatado, disse outra porta-voz da guarda costeira à AP mais cedo. Ela disse que oito navios mercantes, dois helicópteros e uma fragata da marinha grega procuravam sobreviventes. Três navios da guarda costeira tiveram dificuldade em chegar à área devido ao mar agitado, acrescentou.

Ambas as porta-vozes falaram sob condição de anonimato porque o caso está em andamento e elas não estavam autorizadas a falar com a imprensa.

O canal de TV privado Mega informou que o tripulante resgatado, um engenheiro, disse aos oficiais da guarda costeira que o navio começou a fazer água no sábado.

Ventos de noroeste superiores a 80 km/h sopravam na área, informou o serviço meteorológico nacional da Grécia.

Uma extensa operação de resgate está em andamento neste domingo (26) na Grécia para tentar salvar 13 tripulantes de um navio cargueiro que naufragou na costa da ilha de Lesbos, em meio a fortes ventos.

Havia 14 pessoas a bordo do “RAPTOR”, um cargueiro de 106 metros de comprimento com bandeira das Ilhas Comores, quando às 7h00 (02h00 no horário de Brasília) informou que teve uma avaria mecânica. Uma hora depois, ativou o alerta de emergência “mayday” e desapareceu do radar, segundo as autoridades.

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Mas, apesar dos ventos violentos na região, um dos tripulantes conseguiu ser resgatado por um helicóptero da Marinha e levado para um hospital em Lesbos.

"Fiquei em estado de choque", disse à AFP o porta-voz da Guarda Costeira, Nikos Alexiou, sem dar mais detalhes.

No momento, a situação dos outros 13 tripulantes não foi revelada.

Cinco navios, três embarcações da Guarda Costeira, dois helicópteros da Marinha e da Força Aérea e uma fragata foram mobilizados na operação de resgate.

Segundo as autoridades, o “RAPTOR” transportava carregamentos de sal e partiu do porto de Dekheilan, no Egito, para Istambul, seu destino final.

Este navio, construído em 1984, afundou cerca de 4,5 milhas náuticas (8,3 km) a sudoeste da ilha de Lesbos.

A tripulação é composta por dois sírios, um indiano e 11 egípcios, segundo a agência de notícias grega ANA, citando a empresa libanesa que opera o navio. Um comunicado anterior da Guarda Costeira relatou quatro indianos e oito egípcios.

Segundo a agência ANA, a água teria se infiltrado massivamente no “RAPTOR” devido às ondas fortes, somando-se ao já significativo peso da carga.

- "Fenômeno perigoso" -

Em vários pontos da Grécia, os barcos tiveram que ficar nas docas este fim de semana devido a rajadas de vento, que atingiram o nível 9-10 na escala Beaufort, que vai até 12. Em outros países europeus, a partir de 7 são consideradas condições meteorológicas perigosas.

Os serviços meteorológicos gregos emitiram um alerta para este fim de semana, que no sábado atingiu o nível de "fenômeno climático perigoso". A tempestade Oliver, também chamada de Bettina, está se movendo do mar Adriático em direção à Grécia.

Em meados de novembro, ventos violentos danificaram um navio de guerra ao longo da costa grega que foi utilizado durante a resistência à junta militar no poder de 1967 a 1974.

Nos últimos meses, o país registrou fenômenos meteorológicos extremos, com inundações e uma série de tempestades.

Em setembro, a região agrícola central da Tessália foi inundada por chuvas diluviais provocadas pela tempestade Daniel. Dezessete pessoas morreram, assim como dezenas de milhares de animais, e cidades inteiras foram destruídas.

Um total de 41 pessoas, incluindo três crianças, estão desaparecidas depois que uma embarcação que partiu de Sfax (Tunísia), com 45 migrantes a bordo, naufragou na semana passada, segundo o depoimento de quatro sobreviventes citados nesta quarta-feira (9) pela ONU na Itália.

Em comunicado conjunto, as agências da ONU para refugiados (ACNUR), para a infância (Unicef) e para a migração (OIM) lamentaram este "terrível naufrágio ocorrido entre quinta-feira (3) e sexta-feira (4), no Mediterrâneo".

A embarcação de metal virou devido ao mau tempo na madrugada de sexta-feira, após deixar o porto de Sfax.

"Isso demonstra a absoluta falta de escrúpulos dos traficantes que, desta forma, expõem migrantes e refugiados a altíssimos riscos de morte no mar", denunciaram as três agências da ONU.

Os sobreviventes - um menor desacompanhado de 13 anos, uma mulher e dois homens - foram resgatados por um navio mercante e levados para Lampedusa pela Guarda Costeira italiana, disseram.

Os migrantes, originários da Guiné e da Costa do Marfim, sobreviveram flutuando em boias à deriva por vários dias e chegaram em bom estado de saúde, disse a Cruz Vermelha italiana, que administra o centro de recepção de migrantes.

A organização confirmou que, segundo os depoimentos, havia 45 pessoas na embarcação quando afundou. Nenhum dos desaparecidos era parente dos sobreviventes.

A Frontex, a agência de fronteira da UE, afirmou que um de seus aviões detectou "um barco à deriva com quatro pessoas a bordo" nas águas da Líbia na manhã de terça-feira e deu o alerta para que fossem resgatados.

A frágil embarcação de sete metros virou devido a uma grande onda, que jogou todos os passageiros no mar. Apenas 15 usavam coletes salva-vidas, mas mesmo assim se afogaram.

"O mar estava muito agitado (...). Embarcar com aquele mar é realmente criminoso. Os traficantes realmente não têm escrúpulos", denunciou o assessor de imprensa da OIM na Itália, Flavio Di Giacomo, entrevistado pela AFP nesta quarta-feira.

"As embarcações de metal usadas são as mais frágeis que já vi no Mediterrâneo central", observou. "Os migrantes subsaarianos são obrigados a usar esses barcos 'low cost' que quebram após 20 ou 30 horas de navegação", lamentou.

Portanto, "é provável que haja muito mais naufrágios do que sabemos, esse é o meu maior medo", disse Di Giacomo.

Uma hipótese sustentada pelo grande número de corpos encontrados no mar na rota migratória entre a Tunísia e a Itália.

Este acidente se soma a vários naufrágios mortais registrados nos últimos dias após um período de mau tempo.

Duas semanas após o naufrágio de um navio de migrantes na costa grega, que deixou centenas de desaparecidos, cinco sobreviventes ouvidos pela AFP perto de Atenas acusam a Guarda Costeira de não querer salvá-los.

Desde a tragédia, as autoridades gregas culpam exclusivamente os traficantes de pessoas.

"A responsabilidade é das gangues criminosas que encheram o navio com pessoas desesperadas (...) sem fornecer coletes salva-vidas", disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, na quinta-feira em Bruxelas.

Longe dos policiais gregos que controlam rigidamente o acesso ao campo de refugiados de Malakasa, ao norte de Atenas, Hasan, um refugiado sírio de 26 anos, expressa sua raiva pela Guarda Costeira. Sua lenta resposta na operação de resgate foi denunciada por diversas ONGs e pela mídia.

"Não tive a impressão de que a Guarda Costeira grega queria nos salvar", diz ele.

Hasan é um dos 104 sobreviventes do naufrágio.

Segundo seus depoimentos, cerca de 600 a 750 passageiros a bordo, entre mulheres e crianças no porão da embarcação, que não puderam ser resgatados.

"Não sei exatamente quantos eram, mas os ouvíamos chorando e gritando", lembra Ahmad, um sírio de 27 anos.

O naufrágio na costa grega do navio de pesca que saiu da Líbia com destino à Itália deixou pelo menos 82 mortos, segundo a contagem oficial, além de centenas de desaparecidos.

O drama levantou inúmeras questões sobre a responsabilidade das autoridades gregas, enquanto uma investigação judicial está em andamento.

- "Não foi um acidente" -

A Guarda Costeira divulgou a conta-gotas as informações do naufrágio ocorrido no dia 14 de junho, a 47 milhas náuticas de Pylos, na península do Peloponeso.

Na segunda-feira, a agência de fronteira europeia Frontex indicou que a Grécia ignorou uma oferta para enviar ajuda aérea adicional.

Os cinco sobreviventes entrevistados afirmaram que a Guarda Costeira lançou cordas em duas ocasiões em direção à embarcação, para tentar rebocá-la. A primeira corda se rompeu.

Na segunda tentativa, "a corda foi amarrada na proa pelo navio militar, que de repente começou a 'ziguezaguear' muito rápido, criando ondas. Nesse momento o navio virou", conta Salim, um sírio de 28 anos que, assim como os outros, pediu anonimato.

"Não foi um acidente", diz ele.

Na manhã do dia 13 de junho, os passageiros do navio de pesca enviaram um sinal de alerta para a ONG Alarm Phone e em seguida dois fuzileiros navais mercantes se aproximaram do local e deram água e comida para eles.

Segundo o governo grego, a Guarda Costeira abordou a embarcação e lançaram uma corda para a estabilizar, mas os migrantes recusaram a ajuda.

O Ministério da Marinha, questionado pela AFP sobre o desenvolvimento da operação, indicou que "essas questões fazem parte de uma investigação que decorre em estrita confidencialidade".

- "A Guarda Costeira nos observou de longe" -

Um drone e um helicóptero sobrevoaram o navio, segundo os sobreviventes.

"O motor parou completamente pouco antes da meia-noite (de 13 de junho). A Guarda Costeira grega chegou mais tarde", disse Ahmad.

Por volta das 02h00, horário local de 14 de junho (20h00 do dia anterior no horário de Brasília), Salim pulou na água depois que o navio de pesca virou.

"Por pelo menos dez minutos, a Guarda Costeira nos observou de longe antes de enviar dois botes infláveis para nos ajudar", acrescentou, em lágrimas.

Azad, de 21 anos, teve que nadar por uma hora para chegar à embarcação da Guarda Costeira.

"Havia pessoas que não sabiam nadar e tentavam se segurar em nós, tínhamos que pensar em sobreviver", lembrou.

Rukayan, um homem curdo de Kobane, no norte da Síria, diz que não sabe por que sobreviveu. Seu primo de 17 anos continua desaparecido.

Uma história de sobrevivência e tragédia marcou as águas do litoral Sul de Santa Catarina, quando o barco de pesca Safadi Seif virou de cabeça para baixo, no dia 16 de junho, deixando os tripulantes em uma luta pela vida. Deivid Ferreira, um dos sobreviventes, compartilhou os momentos de angústia que viveu em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no domingo (25).

Cerca de 24 horas após o naufrágio, no dia 17 de junho, cinco dos tripulantes foram resgatados com vida, em um pequeno bote. No entanto, a aflição continuou para três pescadores, que permaneceram perdidos em alto-mar. Após passar mais de 48 horas à deriva, apenas Deivid foi resgatado.

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Conforme o relato dele, o naufrágio foi desencadeado por duas ondas, que viraram o barco violentamente, lançando os dois colegas de equipe, Diego Brito e Alisson Santos, ao mar. "Quando jogou eles, eu já não vi mais. Eu os escutava gritando e fiz questão de pular", contou Deivid.

Ele saltou no mar segurando boias de salvamento, junto dos dois amigos, mas a correnteza implacável os arrastou, deixando-os perdidos no oceano. "De longe dava para ver o claro do barco e, poucos minutos depois, já não vi mais. E daí ficamos à deriva", recorda.

O mar agitado dificultou as buscas, mesmo com o auxílio de um helicóptero. A Marinha enfrentou dificuldades na busca dos homens na vastidão do mar. E com a demora para o resgate, Deivid viu o pior acontecer. "Eu perdi o Diego primeiro. Perdi no sábado, amanhecendo para o domingo. Quando foi umas 16h eu perdi o Alisson", lamenta.

Frio, medo e ansiedade para se manter vivo

Os dois tripulantes foram arrastados para longe e, desde então, não foram encontrados. Além do cansaço físico, o esgotamento mental após a perda dos amigos começou a afetar Deivid. "Eu me desesperei e comecei a nadar igual a um desnorteado, sem saber para onde ir", conta.

A derivação continuou e Deivid foi levado a uma distância de 200 quilômetros de Florianópolis. Ao ser despertado por uma onda, ele avistou um helicóptero se aproximando a cerca de 30 metros de altura. "Dei com a mão. Eles passaram por cima de mim e eu pensei: 'será que não viram?' Aí eu dei a segunda vez com a mão e eles vieram", relatou.

O terceiro sargento da Marinha, Denilson da Silva, conta que desceu do helicóptero para o resgate preocupado em retirar Deivid, colocar no cesto rapidamente, mas de forma segura. "A vítima estava debilitada, devido ao tempo prolongado que ficou ali na condição de água muito fria", relata o sargento.

Resgatado, a principal preocupação era a temperatura corporal dele. Deivid foi levado ao hospital, onde está internado sem previsão de alta devido a uma febre que continua sendo investigada. O diretor do hospital, Thiago Tomaz, destacou o pescador precisou ter "muita força física e, especialmente, força mental" para sobreviver às horas em alto-mar.

Cerca de 40 migrantes estão desaparecidos desde o naufrágio, nesta quinta-feira (22), de uma embarcação em frente à ilha italiana de Lampedusa, uma nova tragédia anunciada hoje pela ONU, após as ocorridas dias atrás na Itália, Grécia e Espanha.

Um recém-nascido está entre os desaparecidos, apontou à AFP a porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) na Itália, Chiara Cardoletti.

O barco, que zarpou de Sfax, Tunísia, transportava 46 migrantes procedentes da África subsaariana (Costa do Marfim, Burkina Faso e Camarões), explicou um porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Flavio Di Giacomo. Devido às condições meteorológicas desfavoráveis de vento e a ondas fortes, a embarcação, de ferro, capotou. "Alguns sobreviventes foram transportados para Lampedusa, e outros, para a Tunísia", disse Di Giacomo.

"Entre os desaparecidos estão sete mulheres e um menor. Os sobreviventes são todos homens adultos", acrescentou, destacando a fragilidade das embarcações de ferro, mal soldadas, que afundam na primeira avaria.

- 'Um desastre no verão' -

"Há naufrágios dos quais não ficamos sabendo", lamentou Di Giacomo, pedindo "patrulhas de barcos europeus para monitorar a rota tunisiana e a rota líbia. "Do contrário, seremos testemunhas de um desastre neste verão", advertiu.

A porta-voz do Acnur na Itália concordou: contar com "um mecanismo de resgate no mar coordenado e compartilhado entre os Estados é uma questão de consciência", afirmou. "É inaceitável seguir contando mortos às portas da Europa", denunciou Chiara Cardoletti, referindo-se aos últimos naufrágios mortais de migrantes ocorridos na Itália, Grécia e Espanha.

Localizada a 145 km do litoral tunisiano, Lampedusa é um dos principais portos de entrada para os migrantes que atravessam o Mediterrâneo.

- Reforço das fronteiras estrangeiras -

Os naufrágios de embarcações aumentaram nos últimos meses, enquanto o número de entradas de migrantes na UE pelo Mediterrâneo central detectadas "mais do que dobrou" em 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, indicou, em meados de junho, a agência europeia de fronteiras, Frontex.

Na madrugada de 14 de junho, um cargueiro velho e sobrecarregado procedente da Líbia naufragou no litoral da península do Peloponeso, na Grécia. Mais de 80 corpos foram resgatados, mas os depoimentos dos sobreviventes sugerem que havia centenas de pessoas a bordo, cujos corpos não foram encontrados.

Nesta semana, uma embarcação afundou a aproximadamente 160 km das Ilhas Canárias, pertencentes à Espanha, onde morreram dois migrantes e poderiam ter morrido outras dezenas, segundo uma ONG local, que monitora os naufrágios.

Em meio a um drama migratório que só aumenta, a UE fechou há poucos dias um acordo para reformar seu sistema de asilo, que prevê a criação de centros além das fronteiras do bloco, para devolver mais facilmente a terceiros países "seguros" os migrantes cujos pedidos de asilo forem negados.

A Comissão Europeia apresentou, em setembro de 2020, um Pacto sobre a Migração e o Asilo, um pacote de reformas que espera ver aprovado na primavera (norte) de 2024. O pacto prevê uma solidariedade "obrigatória", mas flexível, entre os países-membros na atenção aos solicitantes de asilo, e um reforço das fronteiras estrangeiras.

A Marinha do Brasil resgatou no fim da tarde deste domingo (18) o sexto sobrevivente de uma embarcação que naufragou no litoral sul de Santa Catarina na sexta-feira (16), após a passagem de um ciclone extratropical pela costa catarinense e do Rio Grande do Sul. O resgate ocorre um dia após outros cinco tripulantes terem sido encontrados em um bote salva-vidas. Duas pessoas seguem desaparecidas.

O sexto sobrevivente, segundo o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, foi localizado à deriva em busca realizada por um helicóptero da Marinha.

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Ainda segundo os bombeiros, o pescador foi levado para o Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, onde recebeu atendimento médico.

Posteriormente, foi conduzido por uma unidade do Samu para o Hospital Governador Celso Ramos, localizado no centro de Florianópolis (SC).

O barco pesqueiro Safadi Seif naufragou na costa do litoral sul de Santa Catarina na sexta-feira. A última localização confirmada da embarcação antes do incidente foi a aproximadamente 160 quilômetros da costa.

Ciclone deixou ao menos 13 mortes no RS

A passagem do ciclone deixou ao menos 13 mortos no Rio Grande do Sul. Os óbitos foram confirmados nos seguintes municípios: Maquiné (três) e Caraá (três), no litoral norte; São Leopoldo (dois), Novo Hamburgo (um), Gravataí (um) e Esteio (um), na Grande Porte Alegre; e Bom Princípio (um) e São Sebastião do Caí (um), ambos no Vale do Caí.

A Marinha do Brasil (MB) confirmou o resgate de cinco dos oito tripulantes de uma embarcação que naufragou no litoral sul de Santa Catarina na sexta-feira (16) após a passagem de um ciclone extratropical pela costa catarinense e do Rio Grande do Sul. As buscas por mais três desaparecidos seguem em operação.

Em nota, a Marinha informou que os tripulantes resgatados estão "em bom estado de saúde". Eles foram encontrados em uma balsa de salvamento por volta das 22 horas. "A MB continua mantendo esforços nas buscas pelos outros três desaparecidos", destacou.

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Novos detalhes sobre as buscas serão divulgados em uma coletiva de imprensa no fim da manhã. Supostas imagens dos resgatados foram compartilhadas por perfis de pesca em redes sociais, mas não tiveram a autenticidade confirmada até o momento.

Os sobreviventes são integrantes da tripulação do barco pesqueiro Safadi Seif, que naufragou na costa do litoral sul de Santa Catarina na sexta-feira. A última localização confirmada da embarcação antes do incidente foi a uma distância de aproximadamente 160 quilômetros da costa.

Na quinta-feira, 15, a Marinha do Brasil emitiu alerta de vento forte para o perímetro de toda a costa do Rio Grande do Sul até Laguna, no litoral sul de Santa Catarina. O aviso de rajadas é válido até este sábado, 17.

Além disso, na terça-feira, 13, também foi publicado alerta de ressaca, com ondas de até 3,5 metros, para a área que abrange todo o litoral gaúcho até Florianópolis.

Ciclone deixou ao menos 11 mortes no Rio Grande do Sul

A passagem do ciclone deixou ao menos 11 mortos no Rio Grande do Sul. Sete pessoas seguem desaparecidas, todas em Caraá, município de 8,4 mil habitantes no litoral norte e um dos mais impactos pelas fortes chuvas e rajadas de vento.

Mais de 2,4 mil pessoas precisaram ser retiradas pelo Corpo de Bombeiros de residências, unidades de saúde e outros espaços. A corporação registrou mais de 1,6 mil ocorrências. Segundo a Defesa Civil do Estado, mais de 3,7 mil pessoas estão desabrigadas e 697 estão desalojadas.

Os óbitos foram confirmados nos seguintes municípios: Maquiné (três) e Caraá (um), no litoral norte; São Leopoldo (dois), Novo Hamburgo (um), Gravataí (um) e Esteio (um), na Grande Porte Alegre; e Bom Princípio (um) e São Sebastião do Caí (um), ambos no Vale do Caí.

A Defesa Civil gaúcha emitiu alerta no sábado, 18, para risco de deslizamentos e inundações diante das cheias dos Rios Caí, Sinos, Gravataí e Guaíba. O funcionamento de serviços públicos, escolas e eventos também foi interrompido, suspenso ou afetado.

Em Santa Catarina, a passagem do ciclone também impactou em diferentes municípios no litoral sul. Um dos mais afetados foi Praia Grande, onde moradores ficaram ilhados por mais de 18 horas até serem resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, ao menos 60 dos desalojados foram encaminhados para um ginásio local.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na sexta-feira para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, fizeram um sobrevoo às regiões atingidas pelo ciclone e anunciaram ações de apoio à população afetada.

O Paquistão deteve 10 supostos contrabandistas depois que dezenas de migrantes morreram esta semana em um naufrágio na costa da Grécia, disseram as autoridades do país neste domingo (18).

O primeiro-ministro Shehbaz Sharif também ordenou uma ofensiva imediata aos traficantes de pessoas, dizendo que eles serão "severamente punidos".

Milhares de jovens paquistaneses fazem viagens perigosas à Europa todos os anos em busca de uma vida melhor.

Entre os que estavam a bordo do barco de pesca enferrujado que afundou na península do Peloponeso, na Grécia, na quarta-feira, provavelmente havia uma dúzia de paquistaneses.

O naufrágio deixou pelo menos 78 mortos e centenas de desaparecidos.

As autoridades informaram que nove pessoas foram detidas na Caxemira administrada pelo Paquistão - de onde veio a maioria das vítimas - e uma na cidade de Gujrat.

"Estão sendo investigados por seu envolvimento na facilitação de todo o processo", disse Chaudhary Shaukat, uma autoridade local na Caxemira administrada pelo Paquistão.

Entre 400 e 750 pessoas estavam a bordo da embarcação, disseram a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) em comunicado conjunto.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão disse no sábado que 12 cidadãos paquistaneses sobreviveram, mas não tinha informações sobre quantos estavam no barco.

Um funcionário da imigração disse à AFP sob condição de anonimato que o número pode ultrapassar 200.

Uma embarcação pesqueira naufragou na costa de Santa Catarina, na noite de sexta-feira (16), horas após um ciclone extratropical passar pelo Rio Grande do Sul e parte do litoral sul catarinense. As informações recebidas pela Delegacia da Capitania dos Portos em Laguna até agora indicam que havia ao menos oito tripulantes.

As buscas foram iniciadas por volta das 21h30 pela Capitania dos Portos, mas ainda não foi feito nenhum resgate. O naufrágio ocorreu nas imediações da Ilha do Coral, nas proximidades de Garopaba e Laguna, no litoral sul catarinense.

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Na quinta-feira (15), a Marinha do Brasil emitiu um alerta de vento forte para o perímetro de toda a costa do Rio Grande do Sul até Laguna, no litoral sul de Santa Catarina. O aviso de rajadas é válido até este sábado (17).

Além disso, na terça-feira (13), também foi publicado um alerta de ressaca, com ondas de até 3,5 metros, para a área que abrange todo o litoral gaúcho até Florianópolis. É válido até este sábado.

A passagem do ciclone deixou ao menos cinco mortos no Rio Grande do Sul, nos municípios de São Leopoldo, Gravataí e Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre, e Maquiné, no litoral norte. Ainda são realizadas buscas por 11 desaparecidos em Caraá, no litoral norte, e Maquiné.

Mais de 2,3 mil pessoas precisaram ser retiradas pelo Corpo de Bombeiros de residências, unidades de saúde e outros espaços. A corporação registrou mais de 1,5 mil ocorrências.

A Defesa Civil do Estado emitiu um alerta para risco de deslizamentos e inundações diante das cheias dos Rios Caí, Sinos, Gravataí e Guaíba. Moradores de diferentes cidades estão desabrigados, desalojados e ilhados. O funcionamento de serviços públicos, escolas e eventos também foi interrompido, suspenso ou afetado.

Na noite de sexta-feira, o governo Eduardo Leite (PSDB), disse que a prioridade é "encontrar os desaparecidos e salvar pessoas que possam ainda estar ilhadas por causa das inundações". "Paralelamente a isso, vamos avaliar os danos em pontes, estradas e moradias para que possamos atuar na recuperação destas estruturas", completou em postagem em rede social.

Em Santa Catarina, a passagem do ciclone também impactou em diferentes municípios no litoral sul. Um dos mais afetados foi Praia Grande, onde moradores ficaram ilhados por mais de 18 horas até serem resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, ao menos 60 dos desalojados foram encaminhados para um ginásio local.

A Grécia prosseguia nesta quinta-feira (15) com as buscas por sobreviventes do naufrágio de uma embarcação de migrantes no Mar Jônico, uma tragédia que matou 78 pessoas.

Dois barcos de patrulha, um helicóptero e seis navios foram mobilizados para as operações no mar, ao oeste da península do Peloponeso, uma das zonas mais profundas do Mediterrâneo.

A Guarda Costeira informou que recuperou 78 corpos do naufrágio, que aconteceu na quarta-feira (14) e pelo qual a Grécia declarou três dias de luto.

Na véspera, a Guarda Costeira havia anunciado o balanço de 79 cadáveres recuperados.

Uma fragata da Marinha grega deve atracar nesta quinta-feira com os cadáveres, segundo a Guarda Costeira.

"Esta pode ser a pior tragédia marítima dos últimos anos na Grécia", disse Stella Nanou, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), ao canal público ERT.

As autoridades anunciaram o resgate de 104 pessoas, mas temem que centenas continuem desaparecidas, com base nos depoimentos dos sobreviventes e no fato de que não há mulheres e crianças entre eles.

"São todos homens", disse uma fonte da Guarda Costeira a respeito dos sobreviventes.

O porta-voz do governo da Grécia, Ilias Siakantaris, afirmou na quarta-feira que, de acordo com relatos não confirmados, quase 750 pessoas estavam a bordo do barco de pesca.

- Superlotado -

"Não sabemos o que está por vir (...) mas sabemos que muitos traficantes prendem as pessoas para manter o controle", declarou Siakantaris ao canal estatal ERT.

Um sobrevivente disse aos médicos do hospital no porto de Kalamata que viu centenas de crianças no porão do navio.

"O pesqueiro tinha de 25 a 30 metros de comprimento. O convés estava lotado de pessoas e presumimos que o interior também estava cheio", declarou o porta-voz da Guarda Costeira, Nikolaos Alexiou, ao canal ERT.

A Frontex (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira) detectou a presença da embarcação na terça-feira, mas os passageiros "recusaram ajuda", de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades portuárias gregas na quarta-feira.

Também informaram que, no momento do naufrágio, ninguém a bordo usava colete salva-vidas.

Tudo indica que o barco partiu da Líbia e tinha a Itália como destino, segundo as autoridades. Os sobreviventes são, em sua maioria, da Síria (47), Egito (43) e Paquistão (12).

Eles ainda aguardam a identificação e entrevista com as autoridades gregas, que investigam a presença de um possível contrabandista de pessoas.

"É realmente espantoso", declarou à AFP Erasmia Roumana, da agência de refugiados da ONU. Os sobreviventes estão em "péssima situação psicológica".

Uma imagem de baixa qualidade divulgada pela Guarda Costeira mostra o barco de pesca azul em péssimas condições e com pessoas aglomeradas. Alguns migrantes estavam no teto da cabine.

O motor da embarcação apresentou problemas durante a noite de terça-feira e o pesqueiro naufragou a 87 km de Pilos, no Mar Jônico, afirmou Siakantaris.

Um jovem começou a chorar. "'Preciso da minha mãe' (...) Essa voz está nos meus ouvidos e continuará para sempre", declarou Ekaterini Tsata, enfermeira da Cruz Vermelha em Kalamata.

A maior tragédia de migrantes na Grécia aconteceu em 3 de junho de 2016, quando 320 morreram ou foram declaradas desaparecidas após um naufrágio.

Ao menos 78 pessoas morreram, e mais de 100 foram resgatadas, após o naufrágio de uma embarcação com migrantes perto da península do Peloponeso, sul da Grécia, informou a Guarda Costeira nesta quarta-feira (14).

A embarcação, que estava com centenas de migrantes de acordo com uma fonte do Ministério grego das Migrações, afundou em águas internacionais, a 47 milhas náuticas (87 quilômetros) da costa da Grécia.

Após uma ampla operação de resgate, dificultada pelos fortes ventos, 104 pessoas foram resgatadas. Quatro delas estavam em condição crítica e foram transportadas de helicóptero para um hospital de Kalamata, no sul do Peloponeso.

O número de mortos pode aumentar, segundo a Guarda Costeira, que já atualizou três vezes o balanço da tragédia.

Os canais de televisão gregos exibiram imagens de sobreviventes, com mantas nas costas e máscaras no rosto, quando desciam de um iate com a palavra Georgetown, capital das Ilhas Cayman.

As autoridades gregas informaram que, no momento do naufrágio, nenhuma pessoa a bordo usava colete salva-vidas. As nacionalidades das vítimas não foram divulgadas.

Um avião de vigilância da agência europeia Frontex detectou a presença da embarcação na tarde de terça-feira, mas os passageiros "rejeitaram a ajuda", de acordo com um comunicado divulgado pelas autoridades portuárias gregas.

- Grande operação de resgate -

A operação de resgate teve a participação das patrulhas da Guarda Costeira, de uma fragata da Marinha grega, de um avião e um helicóptero da Força Aérea, além de seis barcos que já estavam na região.

"A partir das primeiras horas da quarta-feira, uma grande operação de resgate foi iniciada em Pilos, depois que um barco de pesca naufragou com um grande número de migrantes a bordo", afirmou a Guarda Costeira grega.

Tudo indica que o barco partiu da Líbia e tinha a Itália como destino, segundo as autoridades.

Também nesta quarta-feira um veleiro em dificuldades, com 80 migrantes a bordo, que navegava nas proximidades de Creta também foi resgatado e rebocado pela Guarda Costeira até o porto de Kaloi Limenes, no sul da ilha, perto da Líbia, informou a polícia portuária grega.

Grécia, Itália e Espanha são os principais destinos de dezenas de milhares de pessoas que tentam chegar à Europa, partindo da África e do Oriente Médio.

Com uma longa fronteira marítima, a Grécia é uma rota frequente de imigrantes procedentes da vizinha Turquia. O país enfrenta crescentes tentativas de entrada por vias próximas das ilhas Cíclades a até o Peloponeso, para evitar as patrulhas no Mar Egeu, mais ao norte, cenário de muitos naufrágios, muitas vezes fatais.

A Grécia é acusada, com frequência, de rejeitar "ilegalmente" a presença de barcos de migrantes.

Pelo menos oito pessoas morreram e outras sete estão desaparecidas após dois barcos virarem perto de uma praia em San Diego, no Estado americano da Califórnia, no final da noite deste sábado, 11. Segundo autoridades locais, há a suspeita de que as embarcações servissem para imigração ilegal.

Conforme o suboficial da Guarda Costeira dos EUA Richard Brahm, uma mulher que estava em um dos barcos de estilo panga - pequenos barcos abertos com motores de popa - ligou para a emergência para informar que uma embarcação havia virado em Black's Beach. "A testemunha que ligou afirmou que o barco que virou tinha 15 pessoas a bordo, mas isso é apenas uma estimativa", disse Brahm.

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Equipes da Guarda Costeira e do Corpo de Bombeiros de San Diego retiraram oito corpos da água. No entanto, a névoa espessa dificultou o resgate de mais vítimas. As buscas continuaram neste domingo, 12, e as autoridades esperavam o tempo melhorar para contar com o apoio de helicópteros.

Os salva-vidas encontraram "corpos sem vida e duas pangas viradas espalhadas por uma área de cerca de 400 metros", disse a porta-voz dos bombeiros, Monica Muñoz. "Vários coletes salva-vidas e barris de combustível também foram achados."

"Muitas vezes, esses barcos estão superlotados, a manutenção é ruim", disse James W. Spitler, comandante do setor da Guarda Costeira para a região do Pacífico. Ele afirmou ainda que o clima ruim e a baixa visibilidade teriam tornado "muito desafiador para qualquer um operar nessas condições". "Eles provavelmente eram um dos poucos marinheiros no mar."

Daniel Eddy, vice-chefe de operações dos bombeiros de San Diego, disse que a havia um longa faixa de destroços na praia. O trecho de areia também é conhecido como Torrey Pines City Beach e Torrey Pines State Beach - o município de San Diego e o Estado da Califórnia dividem a gestão do espaço.

O suboficial da Guarda Costeira Eddie Berrios confirmou que oito pessoas morreram e que as equipes estavam procurando por pelo menos mais sete. Ele não sabia que tipo de barcos eram, mas disse que as pangas usadas por imigrantes ilegais costumam desembarcar naquela praia. Não havia informações sobre prisões e nacionalidade dos passageiros das embarcações. (Com agências internacionais).

O papa Francisco pediu o fim do tráfico de pessoas neste domingo (05), uma semana após o naufrágio de um barco que matou pelo menos 70 pessoas no sul da Itália.

"Que os traficantes de seres humanos sejam detidos, que não continuem dispondo da vida de tantos inocentes!", pediu o papa argentino, fervoroso defensor dos refugiados, no final da oração do Angelus.

O papa, de 86 anos, pediu para "que as viagens de esperança nunca mais se transformem em viagens de morte! Que as águas límpidas do Mediterrâneo não sejam mais ensanguentadas por acidentes tão dramáticos!".

Ao discursar, o papa Francisco ficou muito comovido e depois calou-se perante a multidão reunida em frente à Praça de São Pedro, em Roma.

A tragédia ocorrida no último domingo (26) na costa de Crotone, na Calábria, deixou aproximadamente 70 mortos, entre eles, cerca de 15 menores. Os socorristas ainda procuram vítimas.

Três suspeitos de tráfico de pessoas foram presos.

Segundo os meios de comunicação italianos, cada um dos migrantes pagou entre 5.000 e 8.000 euros ( 27.000 a 44.000 reais) ao embarcarem na Turquia, três dias antes.

O naufrágio de uma embarcação lotada de imigrantes deixou 58 pessoas mortas, incluindo um bebê e crianças, neste domingo, 26, nas proximidades de Crotone, na Itália. A tragédia aconteceu poucos dias após a aprovação de leis que limitam os resgates feitos por organizações humanitárias nos mares italianos.

Segundo a imprensa italiana, a embarcação transportava de 150 a 250 migrantes. As vítimas eram do Afeganistão, Irã, Paquistão e Síria. Mais de 80 pessoas foram resgatadas com vida, e as buscas por desaparecidos continuam.

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As causas do naufrágio são incertas. A agência de notícias italiana AGI informou que o barco tinha excesso de peso e partiu ao meio depois de ser atingido por uma onda.

Já a Guarda Costeira informou que a embarcação colidiu contra rochas. Investigações apontam que o barco partiu da Turquia há três dias.

Alguns dos corpos foram localizados em praias de Steccato di Cutro, região turística na costa leste da Calábria. Um dos bombeiros que participa das operações de resgate afirmou que um recém-nascido foi encontrado morto. Equipes de resgate fazem buscas em motos aquáticas, mas o mar revolto e as condições climáticas dificultam as operações.

Imagens divulgadas pela polícia italiana mostram pedaços de madeira espalhados pela praia, enquanto alguns dos migrantes aguardavam a transferência para um centro de acolhimento. Uma pessoa suspeita de envolvimento com tráfico de pessoas foi detida.

Itália aprova leis que restringem resgate de embarcações

A Itália é um dos principais pontos de desembarque de migrantes que tentam entrar na Europa por mar. Muitas dessas pessoas depois tentam chegar a países mais ricos do continente usando redes de contrabandistas, segundo autoridades. Mais de 100 mil pessoas chegaram ao país de barco em 2022.

O naufrágio aconteceu poucos dias depois da aprovação no Parlamento italiano de novas regras para o resgate de migrantes, apoiadas pelo governo de ultradireita que lidera o país.

A nova lei obriga os navios humanitários a fazerem apenas um resgate por saída ao mar, o que, segundo críticos, aumenta o risco de mortes no Mediterrâneo central, área considerada a travessia mais perigosa do mundo para os migrantes.

Sob a nova lei, as embarcações devem voltar ao porto sem demora após um resgate e divulgar informações detalhadas sobre suas atividades no mar.

Antes, costumavam passar vários dias no Mediterrâneo central e frequentemente concluíam vários resgates antes de voltarem à Itália. Quem violar a regra pode ser multado em até € 50 mil (R$ 259 mil) .

A primeira-ministra Giorgia Meloni, líder do partido Irmãos da Itália, chegou ao poder em outubro passado com uma coalizão que prometeu a diminuição da entrada de migrantes no país. Ela expressou sua "profunda tristeza" e prometeu intensificar os esforços para coibir a migração irregular.

"É criminoso lançar no mar um barco com apenas 20 metros e 200 pessoas a bordo em condições meteorológicas adversas", disse Meloni. "É desumano trocar a vida de homens, mulheres e crianças pelo preço de uma passagem paga com a falsa perspectiva de uma viagem segura."

As declarações foram ecoadas por integrantes do governo. O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, disse que a tragédia mostra a "necessidade absoluta de agir com firmeza contra os canais irregulares de migração".

Antonio Ceraso, prefeito de Cutro, lamentou a tragédia. "É algo que ninguém gostaria de ver. Uma visão horrível que vai ficar comigo pelo resto da vida. O mar continua devolvendo os corpos. Entre as vítimas estão mulheres e crianças", disse.

O papa Francisco, que frequentemente defende o direito dos migrantes, pediu orações às vítimas do naufrágio em discurso na Praça de São Pedro.

"Bloquear e dificultar o trabalho das ONGs terá apenas um efeito: a morte de pessoas vulneráveis deixadas sem ajuda", escreveu nas redes sociais a organização de resgate de migrantes espanhola Open Arms, após o naufrágio deste domingo.

De acordo com o Projeto de Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações, 20.333 pessoas morreram ou desapareceram no Mediterrâneo central desde 2014.

(ANSA) - Um homem foi preso neste domingo (26) em Cutro, na Calábria, por suspeita de ser um ou um dos traficantes de seres humanos que estavam em um barco que naufragou na costa italiana. Trata-se de um cidadão turco, que foi ouvido pelas autoridades, e detido após depoimentos de sobreviventes.

Entre os restos da embarcação, documentos de outro homem suspeito do mesmo crime foram encontrados. No entanto, não se sabe se a pessoa fugiu ou se está entre os desaparecidos do naufrágio. (ANSA).

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O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro encontrou, na manhã deste domingo, 12, por volta das 9 horas, os dois corpos que ainda estavam desaparecidos após o naufrágio de uma traineira ocorrido na Baía da Guanabara perto da Ilha de Paquetá, no último dia 5. Segundo os bombeiros, os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML).

No dia seguinte ao acidente, seis corpos foram retirados da Baía de Guanabara, mas ainda faltavam uma mulher e um adolescente de 14 anos, que estavam desaparecidos.

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A traineira levava um grupo de 14 pessoas, entre amigos e parentes, e voltava de um passeio a Paquetá, quando foi surpreendida por uma tempestade com fortes ventos.

A embarcação virou. Na ocasião, seis pessoas foram resgatadas com vida por um barco que passava pela região no momento do acidente e levadas para o 19.º Grupamento dos Bombeiros, na Ilha do Governador, onde receberam os primeiros socorros.

A Capitania dos Portos do Rio de Janeiro instaurou um procedimento interno para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo acidente, mas até o momento nada foi divulgado.

Mais dois corpos foram localizados nesta segunda-feira (6) pelo Corpo de Bombeiros, no local do naufrágio de uma traineira, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Com isso, o total de mortos no acidente subiu para cinco.   

A traineira naufragou nesse domingo (5) entre as ilhas de Paquetá e do Governador. Segundo informações dos bombeiros, havia 14 pessoas a bordo, das quais seis foram resgatadas com vida. Todos os sobreviventes foram encaminhados à Coordenação de Emergência Regional (CER) da Ilha do Governador e já receberam alta.

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Mortes

Ainda de acordo com os bombeiros, dos cinco mortos três foram localizados ontem, dentro da embarcação (uma mulher e dois homens). Hoje, foram encontrados os corpos  de mais uma mulher dentro do barco e um homem próximo ao vão central da Ponte Rio-Niterói.

Guarda-vidas e mergulhadores continuam a busca por três desaparecidos, com o apoio de lanches, motos aquáticas e aeronaves.

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