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“A prefeitura só vai resolver quando tiver uma morte”, desabafou o lavador de carros, Luis Martins da Silva, de 39 anos, vítima de um acidente de carro no último domingo (14). Ele, a sua mulher, Leila Maria da Silva, 29, e seus dois filhos foram atropelados por um automóvel quando estava voltando da casa de familiares. Esse foi um dos argumentos da manifestação que aconteceu na Comunidade das Mães nesta terça-feira (16), no bairro do Ipsep, zona sul do Recife.
##RECOMENDA##Segundo o morador da comunidade que está à frente do protesto, Jair Carlos dos Santos, de 37 anos, o trecho da Rua Arquiteto Luiz Nunes, próxima a Faculdade Boa Viagem, situado na localidade, é cena de muitos acidentes. “De domingo até hoje foram cinco acidentes e sete desde o começo do mês”, desabafa. Ele alega que os motoristas são muito imprudentes e a maior reivindicação da Comunidade das Mães é a colocação de uma lombada eletrônica, faixas de pedestre, além de sinais de trânsito.
Os manifestantes bloquearam os dois sentidos da via com objetos como pneus, sofás e madeiras queimadas, deixando o trânsito complicado. “Ligamos para a prefeitura mas ninguém apareceu, apenas os policiais e os bombeiros”, conta Jair, que ainda não compraceu ao órgão responsável para formalizar as reivindicações.
Revoltados, Leila e Luis ainda contam que um de seus filhos, Luis Gabriel Martins da Silva, de sete anos, está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife. “Ela foi passar o domingo na casa do meu irmão, quando eu estava voltando com eles um carro de repente bateu”, explicou o esposo, que ficou com várias escoriações pelo corpo, seis pontos na cabeça, além de andar com a ajuda de muletas. Já com a sua esposa, o caso foi mais grave: levou 10 pontos na cabeça e está com problemas de locomoção. “Eu posso perder o emprego, é um caso de doença, mas os patrões não querem saber disso”, enfatiza.
O Corpo de Bombeiros e os agentes policiais compareceram ao protesto e controlaram a movimentação. O trânsito no local estava muito intenso, mas logo após o término da manifestação, se normalizou. Os moradores alegam que irão levar nesta próxima quinta-feira (18) um ofício com os pedidos até a prefeitura, e que se nada for resolvido, eles realizarão outro protesto.