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Os bancários de Pernambuco aprovaram a proposta feita pelos bancos e encerraram a greve nessa segunda-feira (17). A assembleia realizada no início da noite, na sede do Sindicato, contou com a participação de cerca de 800 bancários, que aprovaram também as propostas de acordo específico apresentadas pelo Banco do Brasil e Caixa. Com isso, todos os bancos voltam a funcionar normalmente nesta terça-feira (18), depois da paralisação que durou 21 dias e foi considerada a mais forte das duas últimas décadas.

Para a presidente do Sindicato, Jaqueline Mello, a aprovação da proposta encerra mais uma Campanha Nacional vitoriosa para os bancários. “Foi uma campanha difícil, construída num cenário político e econômico desfavorável. Mas graças à mobilização, conseguimos quebrar a intransigência dos bancos e conquistamos as nossas principais reivindicações”, comenta Jaqueline.

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Conforme a proposta apresentada pelos bancos, os bancários terão um reajuste salarial de 9% (aumento real de 1,5%), valorização do piso da categoria em 12%, que passa para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%) e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com aumento da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%). A proposta dos bancos inclui também avanços na questão da segurança bancária e no combate ao assédio moral.

As propostas específicas do Banco do Brasil e da Caixa também apresentam melhorias para os bancários, envolvendo questões de carreira e condições de trabalho. Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de cinco mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no BB.

A greve começou no dia 27 de setembro e chegou a paralisar 9.254 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Em Pernambuco, a greve parou 70% das 543 agências bancárias do estado e todos os prédios administrativos.

Os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro.

Após um mês e meio de negociações sem sucesso, bancários de todo o País entraram em greve na primeira hora desta terça-feira (27). Como nenhuma das reivindicações dos bancários foi atendida pelos bancos, a categoria paralisa as atividades com o objetivo de pressionar as instituições financeiras e garantir avanços nas negociações.

Entre as principais exigências dos bancários estão o reajuste salarial de 12,8% (aumento real de 5%), Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.500, piso do Dieese (R$ 2.297,51), plano de cargos e salários para todos, mais contratações, fim da rotatividade, reversão das terceirizações e banco para todos, sem exclusão e sem precarização.

De acordo com a presidente do Sindicato dos bancários de Pernambuco, Jaqueline Mello, a greve é o último recurso que os bancários têm para garantir que os bancos atendam suas reivindicações. “Desde o início da Campanha Nacional, os sindicatos estão apostando no diálogo e nas negociações para superar os impasses. Mas os bancos estão com uma postura de intransigência e negaram todas as nossas reivindicações. Dessa forma, não nos resta outra alternativa a não ser a greve”, garante.

Nas sete rodadas de negociações com os bancos, realizadas até o momento, a melhor proposta apresentada foi um reajuste de 8%. As instituições financeiras também ofereceram o mesmo índice para corrigir o piso, os vales refeição e alimentação, auxílio-creche e a parte fixa da PLR e do adicional.

Uma nova assembleia será realizada nesta terça-feira para avaliar o primeiro dia de greve e organizar os próximos passos da paralisação. A reunião será às 17h, na sede do Sindicato (Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, Recife).

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