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Depois da partida histórica em que o Barça Legends venceu a Seleção Pernambucana por 1 x 0, na Arena de Pernambuco, neste sábado (14), os atletas de ambas seleções falaram sobre a importância deste jogo. Os jogadores também fizeram questão de elogiar a festa e o carinho dos mais de 18 mil torcedores que acompanharam o confronto. 

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"A gente tem que parabenizar o evento. Acho que foi uma festa linda. A sensação foi muito boa. É sempre bom a gente estar se encontrando com os amigos do passado. O povo gostou. Fazer o gol é o que menos importa, o importante é que a gente sempre está junto. Estão todos de parabéns e espero que possa ter mais Barça aqui no Brasil", disse Giovanni, autor do único gol da partida. 

Para o meia Carlinhos Bala, o duelo teve um gosto muito especial para ele e para o seu filho. "Essa partida dispensa comentários para todo mundo. Isso é uma coisa que vai ficar marcada. Meu filho entrou em campo com 7 anos, daqui há 30 ele vai lembrar: 'meu pai jogou contra o Barcelona'. É a mesma coisa que fazer um clássico entre Santa Cruz e Sport, ninguém quer perder para ninguém. Para a carreira de jogador isso é importante, jogar com o Barcelona", disse. 

"Consegui trocar a camisa com o Sorín. Foi um cara que joguei no Cruzeiro, ele era diretor. Ele lembrou de mim e me pediu, e quem sou eu para negar uma camisa a Sorín?", completou Bala, que saiu de campo vestido as cores da Seleção Catalã. 

Também pelo Barcelona Legends, o ex-lateral Belleti foi só elogios ao povo pernambucano. "Foi tudo uma festa, o Barcelona estar no Brasil, estar em Pernambuco pela primeira vez, a recepção foi maravilhosa e os jogadores estão muito felizes de estarem em Recife, dá para ver a alegria nos olhos deles. Estamos velhos, o campo parece estar maior, mas a gente tentou jogar um futebol para que o povo aproveitasse. Foi muito legal estar em campo de novo", disse. 

O pernambucano Rivaldo vestiu as duas camisas na partida e falou como gostaria que tivesse sido o resultado do jogo. "Foi legal. Eu curti minha cidade, meu povo. A torcida compareceu e gostou. Quando entrei no segundo tempo, eu esperava que fosse empate. Mas o importante é que foi uma festa", disse. 

Para o ex-atacante Grafite, o jogo não foi nada fácil, mas teve um grande significado. "Para mim tem uma importância muito grande em representar Pernambuco, mesmo não sendo daqui. Eu poder defender essas cores é gratificante demais. O Barcelona veio, fez a parte dele e mostrou a forma dele de jogar, e eu estou feliz por participar de tudo isso". 

"Foi difícil, porque o time dos caras (Barcelona) tem qualidade, jogam junto há um tempo já, sabem as características. Nós [Seleção Pernambucana] nos encontramos ontem, fizemos um treino, mas valeu o esforço. O que vale é o espetáculo. Infelizmente não ganhamos, queria que tivesse ao menos um empate. Mas valeu", completou. 

 

Grafite, que foi aclamado muitas vezes pelos os torcedores, agradeceu o carinho. "Fico feliz pelo reconhecimento das torcidas. Não só pela torcida do Santa Cruz, que eu tenho uma identificação muito grande. Mas também a alvirrubra e rubro-negra. Eles me param na rua, pedem fotos, isso é sinal que o meu trabalho foi bem feito ao longo da minha carreira".

 

Era preciso um milagre, que ficou ainda mais improvável com o gol de Cavani no segundo tempo. A vitória por 3 a 1 aos 40 minutos da segunda etapa obrigava o Barcelona a fazer mais três gols para ir às quartas de final da Liga dos Campeões. E foi isso que a equipe catalã fez. Em um jogo histórico, o time espanhol superou o que parecia impossível e, liderado por uma atuação espetacular de Neymar nos minutos finais, goleou o Paris Saint-Germain por um inacreditável 6 a 1 que lhe deu a classificação, para delírio de um Camp Nou que foi às lágrimas ao apito final.

A histórica classificação do Barcelona só foi possível pela aparição de Neymar no momento mais difícil. Precisando de três gols aos 40 minutos do segundo tempo, o time catalão viu o brasileiro marcar dois e dar a assistência para Sergi Roberto selar o resultado que nunca mais será esquecido pelo mundo do futebol.

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Até então, o trio de ataque do Barcelona vivia um dia de pouquíssima inspiração. Luis Suárez abriu o placar e Messi chegou a marcar um gol de pênalti, mas eles quase não apareceram para o jogo. Só que o time catalão se valeu da mudança de postura do Paris Saint-Germain, que viu a ousadia da ida, em Paris, virar retranca no Camp Nou e acabou penalizado por diversos erros individuais de seus defensores.

Com isso, o PSG caiu pela quarta vez diante do Barcelona em edições recentes da Liga dos Campeões, repetindo 2012/2013, 2013/2014 e 2014/2015. E desta vez, com o sentimento de quem viu o rival fazer algo inédito na história dos torneios europeus, uma vez que o resultado de 4 a 0 nunca havia sido revertido por um clube em uma disputa do continente.

O JOGO - O Barcelona não poderia pedir um início melhor nesta quarta-feira. Desesperado por gols, marcou o primeiro logo aos dois minutos. Rafinha cruzou da direita e a defesa do PSG afastou mal. Depois, ainda cochilou e permitiu que Suárez se antecipasse para desviar de cabeça sobre Trapp e marcar o primeiro

Apesar do gol, a vantagem francesa seguia imensa e, por isso, a postura da equipe não mudou. Fechados, os visitantes impediam a entrada do Barcelona na área, e o que restou aos mandantes foi arriscar de fora. Aos 14, Messi bateu falta com perigo, por cima. Dois minutos depois, Neymar arriscou de longe pela esquerda, rente à trave.

A posse de bola era toda do Barça, mas sem objetividade. Do outro lado, o PSG só foi chutar pela primeira vez ao gol aos 30 minutos, com Lucas, sem perigo para Ter Stegen.

O Paris Saint-Germain cedia o domínio territorial e passaram quase todo o primeiro tempo sem grandes sustos, que só eram criados em falhas dos próprios defensores franceses. E foi assim que o Barça chegou ao segundo gol aos 39 minutos. Iniesta recebeu de Suárez pela esquerda e, cercado pela zaga e próximo à linha de fundo, tocou de calcanhar para o meio da área. Trapp desviou e Kurzawa, na ânsia de afastar, finalizou contra o próprio gol.

Mesmo longe de ser brilhante, o Barcelona foi para o intervalo com um grande resultado e aplaudido pela torcida. Para melhorar, a receita da etapa inicial se repetiu logo no início do segundo tempo: a defesa do PSG cometeu novo erro crasso, que resultou em gol catalão.

Logo com dois minutos, Iniesta tocou para Neymar nas costas de Meunier, que caiu na frente do brasileiro e o derrubou. O árbitro, inicialmente, assinalou tiro de meta, mas após consultar o assistente atrás do gol, voltou atrás e deu o pênalti. Messi bateu com força, no canto direito do goleiro e fez o terceiro

O terceiro gol poderia amedrontar os franceses, mas teve efeito contrário e o PSG finalmente se lançou à frente. Apenas quatro minutos depois, criou sua primeira grande chance. Meunier deu lindo chapéu em Neymar pela direita e cruzou para Cavani, que finalizou de carrinho na trave.

Com a partida mais equilibrada, foi a vez dos visitantes aproveitarem falha defensiva do Barcelona para balançar a rede. Verratti lançou falta do meio de campo direto para a área. Kurzawa aproveitou a desatenção de Rakitic na marcação e escorou para trás. Cavani chegou batendo de primeira, sem chances para Ter Stegen.

O balde de água fria teve efeito imediato no Barça e em sua torcida. Com o estádio em silêncio, o PSG tomou para si o comando do jogo e quase marcou o segundo dois minutos depois, quando Draxler acionou Cavani, que saiu de frente para Ter Stegen e parou no goleiro.

O desânimo catalão ficou evidente, e quem criou as melhores chances até o fim da partida foi o adversário. Para o PSG, foi só voltar a se fechar. Só que de uma hora para a outra, o milagre pareceu possível novamente. Aos 42, Neymar ainda deixou sua marca em um golaço de falta. Aos 45, o árbitro viu pênalti inexistente de Marquinhos em Suárez, e o brasileiro fez o quinto.

A incrível pressão do Barcelona finalmente se transformou em explosão da torcida aos 49. Neymar recebeu na intermediária, teve calma para cortar o defensor e colocar a bola na área. O contestado Sergi Roberto chegou por trás da zaga e marcou o gol histórico.

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