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A franquia “Mortal Kombat” estreou em 1992 e é considerada por muitos jogadores como uma referência no gênero de luta, com mais de 20 títulos lançados (incluindo os spin-offs) ao longo de 31 anos de existência. Na última quinta-feira (14), “Mortal Kombat 1”, desenvolvido pela NetherRealm Studios e distribuído pela Warner Bros, foi disponibilizado para os jogadores que adquiriram o game na versão de acesso antecipado e promete ser um recomeço para a franquia.

Em meio a altos e baixos, a saga criada pelos designers de jogos Ed Boon e John Tobias alcançou novos patamares em 2011, após trazer uma narrativa cinematográfica nunca vista antes em um game de luta e que, recebeu aprimoramentos em “Mortal Kombat X” (2015), “Mortal Kombat 11” (2019) e agora com “Mortal Kombat 1”. O LeiaJá teve a oportunidade de testar o game antecipadamente, na versão de Playstation 5.

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Embora tenha o número “1” no título, o game se trata de uma continuação direta de “Mortal Kombat 11”, mas ao mesmo tempo, é um recomeço para a história. Após Liu Kang se tornar o Deus do fogo, ele reinicia a linha do tempo e recriar a origem de diversos personagens clássicos da franquia. Com isso, novos campeões são chamados para defender o plano terreno em um novo torneio, são eles: Raiden, Kung Lao, Johnny Cage e Kenshi.

O modo história mantem os mesmos aspectos que destacaram a franquia nos últimos anos, com linhas de diálogos bem construídas, muitas coreografias e uma narrativa envolvente. Um dos destaques vai para os personagens Baraka e Reptile, que pela primeira vez na saga, receberam a devida atenção em suas origens e possuem uma participação significativa na trama.

É importante destacar que a história que começou a ser desenvolvida em 2011 (quando a franquia recebeu o seu primeiro reboot), não foi descartada, porém, muitos personagens que marcaram a franquia ao longo dos anos, tiveram as suas origens refeitas, o que marca uma nova era para os jogos de “Mortal Kombat”.

Pequenas adições na jogabilidade

Em geral, “Mortal Kombat 1” mantém o mesmo estilo de gameplay adotado pela NetherRealm em 2011, onde cada botão do joystick é dedicado a um braço ou perna do lutador. Assim como aconteceu em cada novo título da franquia, a jogabilidade recebeu pequenos aprimoramentos, o que facilita a execução de combos (nome dado para diferentes combinações de golpes) e torna o jogo ainda mais convidativo para os novatos.

A novidade fica por conta de uma barra de especial, que permite aprimorar a força de um golpe. Para isso, basta manter pressionado o botão R2 (ou RT no controle do Xbox) no final de uma sequência. Além disso, também foram adicionados os “kameos”, lutadores parceiros que podem auxiliar na luta, ao apertar o botão R1 (ou RB no Xbox), são eles: Scorpion, Sub-Zero, Frost, Darrius, Goro, Stryker, Sareena, Shujinko, Motaro, Kano, Sektor, Cyrax, Jax Briggs e Sonya Blade.

Os parceiros também são usados no comando “Fatal Blow”, que fica disponível sempre que o personagem está com a barra de vida baixa. Para realizar a ação, basta pressionar simultaneamente os botões L2 e R2, para que o lutador realize uma sequência de ataques brutais, ao lado de seu kameo.

É importante destacar que “Mortal Kombat 1” possui classificação indicativa para maiores de 18 anos e conta com um alto nível de violência visual. Muito disso é visto nos fatalities, as famosas finalizações que sempre marcaram presença na franquia e, que ocorrem após derrotar o oponente em dois rounds e realizar uma combinação de botões de maneira rápida.

Outro tipo de finalização que marca presença na franquia são os brutalities, que diferente dos jogos anteriores, não exigem que uma certa condição seja cumprida durante a batalha; aqui eles pedem apenas que o último golpe seja um movimento específico, que pode ser um gancho ou uma técnica especial. Ao fazer isso, o jogador assistirá a uma animação de morte extra.

Fator replay

Outro grande acerto de “Mortal Kombat 1” é a quantidade de conteúdo que ele oferece, tanto para os que pretendem investir na parte competitiva, como para os que buscam uma experiência casual. Além de um modo história bem trabalhado, o game também conta com o clássico modo torre, onde o jogador precisa enfrentar uma sequência de lutas, até chegar ao topo da torre.

A grande novidade fica por conta do modo “Invasões”, que remete aos clássicos jogos de tabuleiros. Nesta categoria, o jogador precisa escolher um personagem e navegar pelos reinos, que possuem histórias que complementam o enredo de “Mortal Kombat 1”. Cada batalha concederá experiência ao lutador e fortalecerá seus principais atributos, como ataque, defesa, agilidade e outros, tal como funciona nos games de RPG. A parte negativa, é que este modo não oferece dublagem em português.

Conforme o jogador progride em cada um dos modos presentes no game, ele será recompensado com equipamentos, que permitem alterar a aparência de cada um dos lutadores. Estes acessórios se diferem entre máscaras, roupas, cores e outros apetrechos, que mudam apenas a estética visual do combatente. Um dos exemplos, é a skin do ator Jean-Claude Van Damme, para o personagem Johnny Cage.

O elenco completo de “Mortal Kombat 1” não apresenta nenhum personagem inédito e, possui inicialmente um total de 23 personagens jogáveis, são eles: Liu Kang, Scorpion, Sub-Zero, Raiden, Kung Lao, Kitana, Mileena, Nitara, Shang Tsung, Johnny Cage, Kenshi, Smoke, Rain, Li Mei, Tanya, Baraka, Geras, Reptile, Ashrah, Havik, General Shao, Sindel e Reiko.

Além desses, outros lutadores serão adicionados no futuro via DLC, como por exemplo Ermac, Quan Chi e Takeda Takahashi. Também estão confirmadas a participação de alguns personagens convidados, como o Pacificador da série "Peacemaker", o Capitão Pátria de "The Boys" e o Omni-Man da animação "Invincible".

“Mortal Kombat 1” é o capítulo que define a jornada que a NetherRealm percorre com a franquia desde 2011 e marca um novo começo para a saga. O game está disponível para PlayStation 5 e Nintendo Switch por R$299,90; Xbox Series X/S por R$299; e PC por R$279,90.

Colaboração de Alfredo Carvalho para o LeiaJá

Em uma era em que as máquinas de Arcades representavam uma parcela significativa do mercado de videogames e que os jogos de luta eram dominantes, muitas foram as franquias que se destacaram, entre elas “Street Fighter” da Capcom, “Mortal Kombat” da NetherRealm e “The King of Fighters” (KOF) da SNK, esta última em particular, que retorna em 2021 para o seu 15º capítulo.

Com o passar do tempo, a SNK foi a desenvolvedora que mais demonstrou resistência (ou dificuldade) para se adaptar à evolução dos games, por conta disso, muitos de seus lançamentos foram criticados pela falta de inovação e, em alguns casos, rotulados como ultrapassados.

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A franquia “KOF” foi uma das que por muito tempo sofreu com essas acusações, mesmo com títulos que hoje em dia são considerados como favoritos entre os fãs, como é o caso de “KOF 2002”. Os motivos para isso não são totalmente claros, muitos alegam que a queda do mercado de Arcades, ao qual era o principal foco da SNK, junto a popularização dos consoles caseiros, contribuíram para o declínio da desenvolvedora.

Desde então, a franquia “KOF” recebeu inúmeros lançamentos mornos e sem grande expectativa por parte do público, um cenário que começou a ser modificado em 2016 com o lançamento de “The King of FIghters XIV”, que apesar de ser bastante criticado por seus gráficos, moldou a SNK para um futuro mais promissor.

“KOF XV” chega após criar uma alta expectativa nos fãs, principalmente nos mais nostálgicos, afinal, muito de seu marketing focou no retorno de personagens queridos que há tempos não apareciam na franquia, como por exemplo o time Orochi, composto por Chris, Yashiro e Shermie.

 Expectativas vs Realidade

 “KOF XV” apresenta um salto gráfico bastante significativo, principalmente se comparado com o seu antecessor. Desta vez, os modelos 3D dos personagens estão bem mais fiéis a suas versões em sprites, o que agradará bastante os fãs das antigas. Mas não se trata de um primor visual, apenas algo que atende as expectativas de um game atual.

Graficamente, os cenários do jogo também estão dentro do padrão esperado, contudo, carecem de detalhes e não são tão memoráveis como outras localidades presentes em títulos anteriores.

Uma característica bastante presente nos games mais clássicos da franquia, era que durante as batalhas, os demais integrantes do time apareciam no cenário, onde torciam, comemoravam a vitória do parceiro ou lamentavam a sua derrota. Embora não altere nada o gameplay, esse seria um detalhe que com certeza agregará valor para os fãs de longa data.

A história do game, que foi um dos pontos mais altos de todo o marketing da SNK, também se apresenta de maneira simples. Basicamente, os eventos principais são narrados durante o que seria o modo “arcade”, com algumas curtas cinemáticas, que independem dos personagens escolhidos. O boss final também não impressiona, principalmente para os que aguardam algo no nível dos carismáticos Rugal e Orochi.

De maneira geral, não foi desta vez que a SNK apresentou uma experiência cinematográfica em “KOF”, tal como ocorre nos títulos mais recentes de “Mortal Kombat” e na franquia “Injustice”.

 Foco na Jogabilidade

Apesar dos pequenos deslizes, é na jogabilidade que “KOF XV” brilha, não por apresentar algo novo, mas por pegar tudo que funcionou nos games anteriores e executar neste capítulo. Não será “KOF XV” que mudará a opinião dos que nunca gostaram da franquia, mas tanto os fãs novos como os mais antigos estarão bem servidos neste novo capítulo.

A estrutura do jogo é dividida em seus golpes mais básicos, magias, ataques especiais e super especiais. Além de movimentos como a corrida e o rolamento que quando dominados, podem auxiliar bastante no combate do game. Para os novatos, é extremamente recomendável completar todas as sessões de tutoriais que são bem detalhadas e explica toda a parte básica do jogo.

O game se mostra bastante convidativo, tanto para os veteranos quanto para os principiantes. A modalidade online, que nos dois últimos títulos se mostraram bastante problemática, em “KOF XV” se apresenta de maneira estável.

Como de costume na franquia, o jogador precisará montar um time de três personagens. Embora o título possua suas equipes definidas, também é possível misturar os integrantes de cada grupo, no entanto, ao zerar com um time oficial, será possível ver um final extra, com mais detalhes sobre aqueles lutadores.

“KOF XV” oferece um total de 39 personagens, uma quantia inferior aos mais de 50 presentes no antecessor, todavia, a SNK já confirmou que novos combatentes serão adicionados por meio de DLCs. Aparentemente, a empresa pretende alimentar o jogo com novos conteúdos pelos próximos anos.

Mesmo sem oferecer uma grande revolução, “KOF XV” é um dos maiores lançamentos da franquia dos últimos anos. A SNK conseguiu evoluir a franquia graficamente e trouxe um gameplay bastante funcional. O game está disponível nos PCs por R$157,99; PS4 e PS5 por R$ 299,90; e Xbox Series X/S por R$319,99.

Por Alfredo Carvalho

A organizadora de eventos de e-sports Fighting Games Brasil (FGB), anunciou a primeira edição do Fighting Academy, um reality show focado nos jogos de luta, que visa debater e promover a inclusão na comunidade de games do gênero. Acompanhe o episódio zero apresentado por Ariel Souza (Combo Infinito) e Jeff Kayo (Geek Here/Band): https://www.youtube.com/watch?v=uXhx2Th61cA

Segundo a FGB, a primeira temporada será focada no game “Mortal Kombat 11”, em que equipes de jogadores casuais, amadores e Pessoas com Deficiências (PCDs), serão acompanhadas e treinadas por dois jogadores profissionais, que ensinarão dos mais básicos movimentos até os mais avançados conceitos profissionais.

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De acordo com a organização, serão apresentados dois times. A primeira equipe será liderada pelo campeão mundial de “Mortal Kombat 11”, Bruno "Killer Shinnok" Henrique, que ficará responsável por treinar e orientar o Youtuber Gustavo "Gusang" (Canal Assopra Fitas), a streamer Thais "Preciosa" Lima, e o streamer e jogador portador de deficiência visual Márcio "Demolidor Brasileiro" Roberto.

A segunda equipe ficará a cargo do campeão Guilherme "Guiexcepcional" Sartori, responsável por orientar o Youtuber Rafael "Venão" Tuneca (Canal Hard Level) da caster, a streamer Bruna "Pirulita" e o rapper e jogador PCD Wesley "Wzy" Rios.

"A FGB nasceu da ideia de promover os jogos de luta, essa grande paixão dos gamers brasileiros. Desde o início ouvimos diversos relatos de jogadores que gostam muito de jogos de luta, mas que se sentiam intimidados para começar a jogar. O Fighting Academy é nossa resposta para isso e, ao lado de diversas figuras queridas do cenário brasileiro de games, vamos nocautear e derrubar esse mito, provando que jogos de luta podem ser inclusivos e divertidos para todos!", afirmou Fabio Michelin, sócio-fundador da FGB.

Os episódios serão transmitidos pelo YouTube oficial da Fighting Academy, toda sexta-feira, às 19h. Acompanhe: https://www.youtube.com/channel/UCoMqQEbrBBzJj--m2dw2nHw

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