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"Motomami" da espanhola Rosalía venceu o Grammy Latino de Álbum do Ano, na 23ª edição da premiação, que também consagrou o uruguaio Jorge Drexler, que levou sete estatuetas.

Rosalía era uma das artistas com mais indicações e saiu da cerimônia com quatro prêmios.

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Os outros dois gramofones mais cobiçados da noite, Gravação do Ano e Canção do Ano, foram vencidos por Jorge Drexler e C. Tangana, com a música "Tocarte".

"Eu não esperava isto", afirmou Drexler, que saiu da festa com sete estatuetas, em uma noite que muitos consideravam Bad Bunny como o grande favorito.

O porto-riquenho Bad Bunny venceu cinco gramofones das 10 indicações que recebeu, incluindo o prêmio de melhor fusão/interpretação urbana com "Tití me preguntó".

Drexler venceu ainda com "Tinta y Tiempo" na categoria de melhor álbum de 'cantautor', além de melhor canção alternativa, melhor canção em língua portuguesa - em parceria com Marisa Monte - e melhor canção pop, categoria em que aconteceu um empate com o colombiano Sebastián Yatra por "Tacones Rojos".

Um dos momentos emocionantes da noite foi o prêmio de artista revelação, um empate entre a cubana Ángela Álvarez, de 95 anos, e a jovem mexicana Silvana Estrada.

"Nunca é tarde", disse Álvarez, que começou a carreira depois dos 90 anos e foi muito aplaudida.

- Categorias brasileiras -

Antes da cerimônia principal, a Academia celebrou a tradicional Premiere, quando são anunciadas quase todas as categorias da premiação, incluindo as dedicadas à língua portuguesa.

Liniker venceu o Grammy Latino de Melhor álbum de música popular brasileira com "Indigo Borboleta Anil".

"Hoje algo histórico acontece para a história do meu país. É a primeira vez que uma artista transgênero ganha um Grammy", disse Liniker, sem conter as lágrimas.

A artista também agradeceu sua equipe. "Eles estão comigo desde o início, sonhando junto comigo".

Outra artista que venceu o primeiro Grammy Latino foi Ludmilla, que triunfou na categoria "Melhor Álbum de Samba/Pagode" por "Numanice 2". "Nunca imaginei (...) lutei muito e agora estou aqui", disse.

Alceu Valença, Erasmo Carlos e Chitaozinho & Xororó também venceram nas categorias anunciadas na pré-cerimônia.

A Academia Latina da Gravação também prestou uma homenagem póstuma a Gal Costa, lenda da música brasileira e musa do tropicalismo, que faleceu na semana passada aos 77 anos.

O cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler foi o grande destaque na premiação do Grammy Latino, que aconteceu na quinta-feira (15) à noite em Las Vegas. Drexler venceu em três categorias: canção do ano e gravação do ano por "Telefonía", e melhor álbum cantor-compositor por "Salvavidas de hielo".

Os artistas colombianos também brilharam na premiação, com as vitórias de Maluma na categoria melhor álbum vocal pop contemporâneo por "F.A.M.E." e de Karol G na categoria revelação por "Mi cama".

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A cantora espanhola Rosalía, que estreou ano passado com uma fusão de flamenco com R&B e eletrônica, triunfou nas categorias fusão urbana e melhor canção alternativa por "Malamente".

O mexicano Luis Miguel não compareceu à festa, mas venceu na categoria álbum do ano por "México por siempre!". Durante a cerimônia, a cantora e compositora brasileira Anaadi lamentou que o país esteja "sofrendo uma ameaça neofascista.

A cantora recebeu o gramofone dourado de melhor álbum de pop contemporâneo em língua portuguesa por "Noturno". Ela disse que a independência de um artista não se trata apenas de "quem coloca dinheiro no seu projeto, mas de fazer a música que a gente quer, do jeito que a gente quer, pra quem a gente quer".

"O Brasil agora está sofrendo uma ameaça neofascista de um governo novo", prosseguiu, referindo-se ao presidente eleito, o ultradireitista Jair Bolsonaro.

"Espero que a gente possa continuar sendo independente para fazer cultura, arte, música independente nesse país que tanto precisa de identidade, que tanto precisa reforçar sua identidade neste momento histórico", acrescentou.

A seguir a lista de premiados nas principais categorias do Grammy Latino:

Gravação do ano

"Telefonía" – Jorge Drexler

Canção do ano - Prêmio aos compositores

"Telefonía" – Jorge Drexler, compositor (Jorge Drexler)

Álbum do ano

"México por siempre!" – Luis Miguel

Artista revelação

Karol G

Melhor álbum vocal pop contemporâneo

"F.A.M.E." – Maluma

Melhor álbum vocal pop tradicional

Laura Pausini, "Hazte Sentir"

Melhor fusão/interpretação urbana

"Malamente" – Rosalía

Melhor álbum cantor-compositor

"Salvavidas De Hielo" - Jorge Drexler

Melhor canção alternativa

"Malamente" – Rosalía

Melhor canção urbana

"Dura", Daddy Yankee, Urbani Mota Cedeño, Juan G. Rivera Vazquez & Luis Jorge Romero, compositores (Daddy Yankee)

Produtor do Ano

Linda Briceño

Melhor álbum de música alternativa

"Claroscura" – Aterciopelados

Melhor canção alternativa

"Malamente" - Rosalía

Melhor álbum de rock

"Expectativas" - Bunbury

Melhor álbum pop rock

"Geometría del rayo" - Manolo García

Melhor canção de rock

"Tu vida mi vida" - Fito Páez

Melhor álbum de cumbia/vallenato

"Esto es vida" - Silvestre Dangond

Melhor álbum tropical contemporâneo

"Vives" - Carlos Vives

Melhor álbum de música ranchera/mariachi

"México por siempre!" - Luis Miguel

Melhor álbum de música banda

"Los gustos que me doy" - Banda Los Recoditos

Melhor álbum de música folclórica

"Musas" - Natalia Lafourcade

Melhor álbum de pop contemporâneo em língua portuguesa

"Noturno" - Anaadi

Melhor álbum de música popular brasileira

"Caravanas" - Chico Buarque

Com um novo disco caprichoso, feito apenas com violões, Jorge Drexler, o músico uruguaio de maior sucesso no exterior com um Oscar e cinco indicações ao Grammy, está embarcando em uma longa turnê, e em Nova York será recebido com pompa.

O otorrinolaringologista que deixou Montevidéu e a Medicina aos 30 anos para tentar viver da música em Madri apresentará seu 16º álbum, "Salvavidas de hielo", no lendário teatro Beacon, onde tocaram David Bowie e os Rolling Stones.

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"É um desafio muito grande, estou realmente muito feliz, embora me pareça um pouco apressado e desproporcional para mim", diz em uma entrevista à AFP em seu hotel perto do Central Park, antes de seu show do próximo sábado (10) na cidade.

"A vida é muito generosa comigo", acrescenta o compositor de 53 anos, que após um primeiro disco que vendeu apenas 33 cópias, no ano passado cantou no Colón de Buenos Aires, na semana passada, no Liceu de Barcelona, e em abril se apresentará no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

- Voz e violão -

Em "Salvavidas de hielo", que lhe rendeu sua quinta indicação ao Grammy, Drexler fala de migrações, de desfrutar o efêmero, da maravilha das comunicações, da necessidade de silêncio ou da magia das canções. E também agradece a Joaquín Sabina, que em uma "noite louca" em Montevidéu lhe aconselhou a ir para Madri.

Em tempos de pouca paciência e de pular de um disco a outro e de um artista a outro no Spotify, "queria mergulhar profundamente em uma coisa só, por isso no disco não há nenhum outro instrumento que não sejam violões", explicou o músico em uma pausa de sua turnê por 28 cidades da Espanha, Inglaterra, Estados Unidos e América Latina.

"Acredito que sim, é meu disco mais caprichoso", mas "não é um exercício de ascetismo musical", esclarece. "É um dos discos mais carregados que fiz, com muitas camadas de som", incluindo os que cinco percussionistas arrancaram de violões durante a gravação no México.

Em três canções, ele é acompanhado por cantoras poderosas: as mexicanas Julieta Venegas e Natalia Lafourcade, assim como a chilena Mon Laferte em "Asilo", a sensual súplica de um amante.

Drexler protagonizou um momento histórico no Oscar em 2005, quando Prince lhe entregou a estatueta por "Al otro lado del río" e o uruguaio, em vez de fazer um breve discurso, cantou sua canção a capela, em protesto contra os organizadores que não lhe deixaram cantá-la na cerimônia, escolhendo para isso os mais conhecidos Antonio Banderas e Carlos Santana.

- Migrações -

A faixa que abre o disco, "Movimiento", criada após uma palestra TED que deu em Vancouver, é para o músico a mais importante neste momento, quando cresce a retórica anti-imigrantes do governo Trump.

"Estamos vivos porque estamos em movimento/ Nunca estamos quietos, somos trashumantes/ Somos pais, filhos, netos e bisnetos de imigrantes", canta Drexler, um "desraizado crônico", filho e neto de alemães que fugiram dos nazistas, bisneto de um polonês, e imigrante morando em Madri há 23 anos.

Embora não interesse a ele "o conceito de canção de protesto", se viu escrevendo canções mais políticas ultimamente, como "Movimiento", cujo vídeo mostra a corredora rarámuri Lorena Ramírez, vencedora de uma ultramaratona de 100 km em julho, sulcando a vastidão da serra Tarahumara no México, com seu vestido tradicional e suas sandálias de plástico.

"Não é de protesto e tampouco é feminista, mas tem uma mulher em posição de força", diz Drexler, que conta que trocou as fraldas de seus três filhos e que vive com sua esposa, a atriz e cantora Leonor Watling, "em condições de igualdade".

Na rítmica "Telefonía", Drexler celebra todas as formas de comunicação, e embora evoque as mensagens escritas nos guardanapos dos bares, faz isso sem nostalgia.

"As histórias que contamos não são muitas, são poucas. 'Telefonía' fala disso, parece que muda tudo mas continuamos dizendo as mesmas coisas", afirma. "Não sou um cara nostálgico em geral", talvez como "uma defesa, porque fui embora do Uruguai e não quero estar pendurado no que me falta".

A entrega dos prêmios Grammy Latino se converteu em uma festa musical que teve como principais vencedores Jorge Drexler, Paco de Lucía e Enrique Iglesias, em uma cerimônia em Las Vegas que celebrou a nova política migratória de Barack Obama, mas exigiu justiça do governo mexicano.

A cerimônia começou minutos após o presidente americano anunciar na noite de quina-feira que impulsionará por decreto um pacote de medidas favoráveis para que milhares de hispânicos regularizem sua situação no país.

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"Dedico este prêmio muito especialmente ao presidente Obama", disse Carlos Vives ao receber seu gramofone de Melhor Álbum Tropical Contemporâneo por "Más + Corazón Profundo".

"Não acredito ter ouvido nenhum presidente dos Estados Unidos falando tão bonito sobre nossos latinos como Obama fez", disse o colombiano.

Marc Anthony seguiu os passos de seu amigo ao honrar a raça latina quando recebeu seu Grammy Latino de Melhor Álbum de Salsa por "3.0".

Já Calle 13, que recebeu dois dos nove prêmios aos quais concorria, liderou as reivindicações ao exigir do governo de Enrique Peña Nieto que o desaparecimento dos 43 estudantes mexicanos não fique impune.

Fiel ao seu estilo, a banda de Porto Rico abriu a cerimônia do Grammy Latino no hotel MGM Grand de Las Vegas ao grito de "¡Ayotzinapa somos todos", uma ação que colocou o público de pé e incendiou as redes sociais com mensagens de apoio.

Outros mexicanos premiados, como o cantor Pepe Aguilar e a banda Camila, se uniram às exigências por paz e justiça.

Homenagem póstuma

Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia foi quando a Academia Latina de Gravação concedeu o Grammy de Álbum do Ano a "Canciones Andaluzas" de Paco de Lucía, o mestre da guitarra flamenca falecido em fevereiro.

Sua viúva, Gabriela Carrasco, destacou que o prêmio é um reconhecimento aos últimos meses de vida do guitarrista, que os dedicou a trabalhar neste disco, também vencedor na categoria Melhor Álbum Flamenco.

Jorge Drexler foi surpreendido ao receber o prêmio de Gravação do Ano com "Universos Paralelos", que canta com Ana Tijoux.

O músico uruguaio, também vencedor do Melhor Álbum Compositor por "Bailando Bajo La Cueva", dedicou o prêmio ao seu avô.

O hit "Bailando" deu muitas alegrias a Enrique Iglesias e a Descemer Bueno & Gente de Zona, ao ser proclamado Canção do Ano e vencer em outras duas categorias.

Categorias brasileiras

Já nas oito categorias brasileiras do prêmio, saíram vencedores Aline Barros, com "Graça" (Melhor Álbum de Música Cristã de Língua Portuguesa), Ivete Sangalo, com "Multishow Ao Vivo - Ivete Sangalo 20 anos", na categoria Melhor Álbum de Música Pop, e Erasmo Carlos, com Melhor Álbum de Rock por "Gigante Gentil".

Além disso, Maria Rita levou o prêmio de Melhor Álbum de Samba com "Coração a Batucar", Marisa Monte conquistou Melhor Álbum de Música Popular Brasileira com "Verdade, uma Ilusão" e Sérgio Reis faturou o gramofone de Melhor Álbum de Música Sertaneja com "Questão de Tempo".

Por fim, o grupo Falamansa levou com "Amigo Velho" o Grammy de Melhor Álbum de Música de Raiz, e Caetano Veloso conquistou com "A Bossa Nova é Foda" o prêmio de Melhor Canção Brasileira.

Acostumado a ficar quieto com seu violão no palco, Jorge Drexler acaba de lançar o disco Bailar en la Cueva, em que faz um convite ao público para dançar. E deu resultado. "Nesta turnê é uma novidade. As pessoas começam o show sentadas. Aí, uns casais se levantam e começam. Na última meia hora, está todo mundo dançando", conta o uruguaio, que começou as apresentações no álbum pela América do Sul, sem passar pelo Brasil. "Acho que vou em novembro, mas não tenho certeza", avisa.

Bailar en la Cueva - em português, dançar na caverna - traz faixas que inspiram mais passinhos que o anterior Amar la Trama (2010). Uma delas, Universos Paralelos, fez com que ele se arriscasse em uma cômica coreografia do videoclipe, no ar na internet. A nova fase, porém, não o fez querer mudar o estilo no palco.

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"É uma transição. Não quero perder o lado íntimo do show. Gosto da experiência completa. É um show para dançar, cantar e escutar. Temos usado o som de Bailar em la Cueva nas músicas antigas. Em geral, show com banda é mais expansivo."

Na contramão, estão canções como Bolívia, em que descreve a trajetória dos avós judeus, que fugiram do nazismo na Europa e se refugiaram primeiro no país andino.

Nela, há a participação de Caetano Veloso, surgida de maneira espontânea em uma ida à Colômbia, onde parte do disco foi gravada. "Ele estava apresentado o Abraçaço e eu estava lá. Nossas equipes foram jantar juntas e alguém perguntou quando haveria uma colaboração entre nós. Ele disse que gostaria, eu mandei a música. O Moreno (Veloso, filho) fez a parte da gravação e mandou uma mensagem dizendo que tinha gostado da minha cumbia tropicalista."

Drexler tem uma extensa lista de parcerias com brasileiros, que inclui Arnaldo Antunes, Ney Matogrosso, Maria Rita e Paulinho Moska. "Adoraria gravar com Chico Buarque e Gilberto Gil. Meu sonho é com João Gilberto. Não custa sonhar", contou ao Estado, por telefone. Um dos poucos artistas latinos a cruzar a fronteira do mercado do País, ele reconhece que as nações vizinhas consomem mais música brasileira do que os tupiniquins no movimento inverso.

"O Brasil cria referências de si mesmo por sua condição geopolítica e do idioma

que nos separa. Tem dimensões que o fazem autônomo. Em princípio, poderia não precisar de uma cultura exterior, pois tem a própria. Na música, é muito rico. Hoje, em que o mundo se comunica mais, o Brasil já se deu conta da importância de se movimentar no que é latino-americano. Há o Grammy latino, há um mercado nos EUA. Estou orgulhoso de estar entre as exceções da música em espanhol que chega. Comecei a trabalhar aí há 12 anos."

Com parentes maternos no Rio Grande do Sul, o uruguaio diz ter proximidade com o País e começa a falar em português durante a entrevista. "Nem sei quando aprendi. Nunca tive aula de português. Comecei a falar sem perceber. Meu professor foi o João Gilberto", brinca. "Minha relação com Brasil é antiga. Por toda a minha vida, escutou-se música brasileira em casa. Com 18 anos, comecei a viajar sozinho por aí, de ônibus e de carona", relembra, retomando o castelhano. "O idioma é um signo da identidade que os brasileiros têm zelo."

Jorge Drexler foi um dos escalados para uma campanha do governo brasileiro com artistas latinos que incentiva o turismo dos vizinhos de continente por aqui. Assim como um de seus parceiros musicais, o argentino Kevin Johansen, ele percorre diferentes pontos do País ao som de uma canção autoral em que derrete-se pela hospitalidade com que foi recebido.

Durante a Copa, o cantor terá de torcer para sua seleção do coração na Espanha, para onde se mudou e continuará sua turnê. Sem espírito de rival, ele afirma não ter ideia de uma possível reedição da derrota dos brasileiros contra os uruguaios no Maracanã, como aconteceu em 1950, ano em que o campeonato foi sediado por aqui. "Eu só tenho parte da resposta. O Uruguai, digamos, está bem para o mundial, tem um bom time. Não vai ser fácil para nenhum dos dois. Mas, na Copa, nunca se sabe. Tampouco em 1950 o Uruguai jogou bem. Tem muita vontade saber como vai ser."

Apesar de ter visto as notícias sobre as manifestações contra o campeonato, conta

não saber tanto sobre o assunto. "Tenho pouca informação para falar com assertividade. O que posso dizer é que me parece bom que as pessoas reflitam sobre o destinos dos gastos públicos, me parece importante, uma coisa sã", analisa ele, que não se opõe aos protestos. "É bom que não funcione automaticamente o pão e circo. O futebol é maravilhoso, mas tem de se pensar sobre as prioridades de todo mundo. Há muita gente contra", opina.

Radicado na Europa desde os ano 1990, quando deixou Montevidéu, Drexler mantém os laços com seu país de origem, que costuma visitar quatro vezes ao ano. A visibilidade que a nação vizinha tem ganhado desde a eleição do presidente José Mujica, que descriminalizou o uso de maconha e aprovou o casamento gay, é motivo de comemoração para o cantor. "Estou orgulhoso desse momento do Uruguai, que, por meio de Mujica tem jogado bem as cartas no cenário mundial. É um país que não tem peso econômico nem geopolítico, mas oferece uma imagem de liberdade, educação, de país progressista, seguro", defende.

Tecnologia

No ano passado, Jorge Drexler lançou o projeto N, um aplicativo para celulares e tablets em que o usuário escolhe a ordem dos versos de músicas ou quais instrumentos quer ouvir enquanto ele e seus companheiros cantam. "Foi um projeto cerebral, com referências à poesia concreta brasileira, do Haroldo de Campos e do (Décio) Pignatari, de que gosto. Gosto de ver a poesia tomando forma", explica, retornando às referências à arte brasileira. "Outro dia, em Montevidéu, cantei

Como Uma Onda no Mar, de Lulu Santos e Nelson Motta. Nelson e eu estamos trabalhando juntos em um projeto e cantei em homenagem a ele", justifica.

Vencedor de um Oscar pela trilha de Diários de Motocicleta, o uruguaio teve a primeira experiência como ator em A Sorte em Suas Mãos (2012), de Daniel Burman, que gostaria de repetir. "Adoraria. Deixo um chamado aberto para os diretores de cinema. Posso fazer um sotaque brasileiro", diverte-se, em português. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A potiguar Robertá Sá, após intensa programação de shows durante o Carnaval, retorna ao Recife para apresentar seu novo disco, Segunda pele, sábado (3), no Teatro da UFPE, às 21h. A cantora já havia dado uma palhinha desse trabalho em suas apresentações durante as folias de Momo na cidade, como o show de encerramento do Polo de Todos os Ritmos, no Pátio de São Pedro.

O disco reúne composições de Caetano Veloso (Deixa sangrar), Dudu Moreira (No arrebol) e dos pernambucanos Lula Queiroga (Altos e baixos e Pavilhão de espelhos) e Dudu Falcão (Você não poderia surgir agora). Ela também divide os vocais com o uruguaio Jorge Drexler (Esquirlas). Uma das canções, No bolso, foi feita em parceria com o marido Pedro Luís, da banda Monobloco, responsável pela produção do álbum.

Serviço:
Show de Roberta Sá no Teatro da UFPE

Sábado, 3 de março, às 21h
Ingressos: R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada), à venda na bilheteria do teatro, de segunda à sexta, das 9 às 13h e das 14 às 17h30. No sábado, das 10 às 13h e a partir das 14h. Informações: 3207-5757.

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