Tópicos | julgamento histórico

A data daquele que poderá ser um dos julgamentos mais importantes da história dos Estados Unidos será anunciada nesta segunda-feira (28), quando uma juíza federal definir o calendário da audiência em Washington contra o ex-presidente Donald Trump.

Poucos dias depois do episódio inédito da foto do ex-presidente tirada em uma prisão da Geórgia (sudeste), como resultado da sua quarta acusação criminal, o destino do favorito para as primárias do Partido Republicano dependerá parcialmente da juíza do Tribunal de Distrito, Tanya Chutkan.

Trump enfrenta acusações de conspiração para anular as eleições de 2020, nas quais foi derrotado pelo democrata Joe Biden.

O procurador especial Jack Smith propôs que o julgamento de Trump no tribunal federal de Washington começasse em 2 de janeiro de 2024, estimando que "não deveria durar mais de quatro a seis semanas".

Essa data "significa um equilíbrio adequado entre o direito do acusado de preparar sua defesa e o forte interesse público em um processo rápido" em um caso tão emblemático, destacou Smith.

Os defensores de Trump sugeriram abril de 2026, muito depois das eleições presidenciais de novembro de 2024, nas quais o magnata procura retornar à Casa Branca.

"O interesse público está em um processo justo e igualitário, e não em uma sentença precipitada", argumentaram, em virtude do número de documentos a serem examinados.

A juíza Tanya Chutkan ouvirá os argumentos das duas partes nesta segunda-feira, às 10h locais (11h no horário de Brasília), em um tribunal federal da capital.

Sua decisão sobre a data do julgamento pode ser fundamental nas aspirações do republicano de obter a indicação do seu partido na corrida à Casa Branca.

- "Provocação" -

A maioria dos especialistas jurídicos considera exagerado o prazo de dois anos e meio reivindicado pela defesa e estima que será estabelecido um prazo mais favorável à vontade da acusação.

"É, sem dúvida, uma provocação para a senhora Chutkan. Ela tem diante de si uma proposta séria e uma proposta estúpida", disse o ex-procurador e professor de direito Harry Litman, na MSNBC, na sexta-feira.

"Acredito que ela vai querer mostrar moderação e não deixar espaço para o argumento de que o julgamento seria precipitado", acrescentou Litman, que acredita que a data será "por volta de março ou abril" de 2024.

Além disso, a juíza já alertou Trump sobre qualquer "declaração inflamatória que possa contaminar a seleção do júri", o que pode fazer com que a magistrada marque uma data de julgamento mais próxima.

Em 2023, o ex-presidente, de 77 anos, já acumula quatro acusações criminais, duas delas feitas por Jack Smith, e outras duas, por procuradores estaduais de Nova York e da Geórgia.

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