O magnata russo Mikhail Khodorkovski, libertado da prisão na sexta-feira por um indulto concedido pelo presidente Vladimir Putin, pediu hoje um visto para viajar à Suíça. A informação foi divulgada hoje pelo Ministério de Relações Exteriores suíço.
Khodorkovski está em Berlim, para onde foi levado logo após sua soltura. O ex-proprietário da empresa petrolífera Yukos e inimigo de Putin deixou a prisão meses antes do fim de sua pena.
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Khodorkovski passou dez anos encarcerado por crimes de sonegação fiscal e outras fraudes. A oposição ao governo de Putin considerava, no entanto, os motivos de sua prisão como políticos.
Segundo um porta-voz da chancelaria suíça, o pedido do magnata será avaliado nos próximos dias. O visto solicitado por Khodorkovski valeria para uma permanência de três meses.
A segunda mulher do magnata, Inna, tem uma casa em Genebra. Outras empresas que eram conduzidas pelo opositor de Putin antes de sua prisão tinham operações na Suíça.
A libertação de Khodorkovski fez parte de um "pacote de bondades" anunciado por Putin a poucos semanas dos Jogos Olímpicos de Inverno, que acontecerão na cidade russa de Sochi.
Pressões para a libertação de opositores e manifestantes levaram o presidente a decretar uma anistia que incluiu as integrantes da banda punk Pussy Riot, detidas após fazerem um protesto em uma igreja ortodoxa há dois anos. A anistia também beneficiou ativistas do Greenpeace que estavam detidos por protestarem no Ártico. Khodorkovski foi um caso particular não contemplado pela anistia, mas por um indulto específico. Fonte: Associated Press.