Tópicos | Lado positivo

A demissão é um fechamento de ciclo. Independente da forma como se deu, ela influencia na maneira como o profissional passa a se enxergar. Muitos sentem-se subjugados, frustrados, sobretudo quando o desligamento não era algo esperado. Mas esse também pode ser o momento ideal para repensar os valores pessoais, os objetivos para a carreira e seguir em frente. 

O comodismo na função pode fazer algumas pessoas desenvolverem suas atividades sem entusiasmo ou inovação. A rotina também implica na falta de tempo livre para se atualizar e quando vem a notícia da demissão é uma surpresa. “Aproveitar esta oportunidade para aprender, se reciclar, desenvolver projetos que você tinha vontade de fazer e não tinha tempo na sua função anterior e também ampliar sua rede de relacionamentos. Conhecer mais do mercado. Aproveite a transição para desenvolver as habilidades que o mercado demanda e que você ainda precisa desenvolver. Por exemplo, seus conhecimentos de idiomas”, orienta a diretora de pperações da empresa LHH no Nordeste, Mariangela Schoenacker.

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Uma atitude que os profissionais podem ter é a de tentar manter um bom relacionamento com os colegas. Muitas vezes a recolocação surge por uma indicação. “É sempre importante ter com quem contar diante dos desafios cotidianos que enfrenta na sua vida profissional. Em um mundo de incertezas e muita complexidade, o que vai nos diferenciar é a nossa capacidade de aprender, desaprender e reaprender, para solucionar problemas complexos. Aquele que se permite conhecer novas realidades, aprender, trocar experiências com pessoas, se conectar com pessoas, consegue se reposicionar mais rápido no mercado e consequentemente ver esta fase como algo positivo”, explica Mariangela Schoenacker.

Muita gente também descobre novos sonhos e metas profissionais, mesmo que sejam em áreas diferentes. Luíza Falcão é um exemplo. Ela é bacharela em Comunicação Social e foi demitida da empresa onde trabalhava havia alguns anos, faltando dois dias para entrar de férias e com uma filha de um ano e meio em casa. “No dia que eu fui demitida, para mim, foi um baque. Eu nunca tinha sido chamada por nenhum chefe para falar dos meus resultados ou questionar quaisquer posturas. A empresa tinha planos de inovar no meu setor em 2019 e eu estava à frente de muitos projetos”, conta. 

Ela assinou os documentos necessários e foi para casa tentar digerir o desligamento. Com parte das feridas cicatrizando, a jovem mirou no desenvolvimento da profissão de doula, mulheres responsáveis pelo suporte físico e emocional às mães antes, durante e depois do parto, ao qual já era formada há três anos, mas não tinha tempo de se dedicar por causa do dia a dia no trabalho. Mesmo com propostas para voltar ao ramo da comunicação, ela focou no novo objetivo e seguiu. Fechou um ciclo em dezembro de 2018 e em fevereiro deste ano estava certa de onde queria chegar.

“Resolvi estudar muito e me dedicar exclusivamente a essa carreira. Eu segui o caminho mais difícil, mas que me faz infinitamente mais feliz. Hoje eu sou doula de parto, trabalho com preparação de gestantes e casais e com suporte no pós-parto. Tive que estudar muito pra chegar onde já cheguei. Ser demitida foi um baque, mas abri muitas portas para eu viver algo que me transforma a cada dia”, relata Luíza Falcão, que já está cheias de projetos para 2020.

Mantenha sua rotina o quanto puder

“Se você estiver acostumado a acordar às 5 he ir à academia, continue fazendo isso. O sentido é que você tem uma tarefa importante à sua frente: encontrar sua próxima oportunidade. Manter uma agenda previsível e produtiva o ajudará”, orienta a especialista Mariangela Schoenacker, direcionando a dica para quem foi demitido. 

Busque sua próxima oportunidade

“Será preciso inteligência, perseverança e um plano. Para muitos, isso é mais desafiador do que um “trabalho normal”. É melhor dizer aos outros que você está em transição. É mais motivador para os outros do que dizer que você está sem trabalho ou desempregado. Você não vai querer que as pessoas sintam pena de você, mas vai querer envolvê-las de maneira eficaz para que façam parte da sua busca por um emprego”, diz a especialista.

Resgate seu valor 

“É comum, quando abalado pela perda do trabalho, sentir-se como se você não fosse mais uma pessoa altamente capaz. Lembre-se, várias vezes ao dia, de que seu valor não mudou, somente o status da sua atividade. E você é dono do seu próprio valor. Ele nunca deve ser definido simplesmente pelo seu emprego. Embora seja bom ser um colaborador leal, uma boa meta é ser 'leal inteligente', isto é, você trabalha bastante, com qualidade, mas também entende que você, e não sua empresa, é responsável pela sua carreira”, comenta a diretora.

 Utilize o tempo presente

“Comece com o que você faz, e não onde trabalhou. 'Sou engenheiro de processo' é muito mais energizante. Então, mesmo que você se sinta um pouco incerto, tente soar positivo quando conversar com os outros. E, em um dia difícil, cuide da papelada ou outras atividades que lhe deem tempo para se recompor antes de pegar o telefone”, explana Mariangela.

Não fale mal do antigo empregador 

“Por mais que você possa às vezes querer dizer o quanto seu chefe era insuportável, guarde para si. Não é produtivo. Um possível empregador pode até telefonar para seu ex-chefe. É particularmente importante nunca falar mal de sua antiga empresa durante entrevistas - eles podem considerar seu comportamento atual um reflexo do que está por vir”, finaliza a diretora.

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