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Começa a aparecer um vitorioso em meio à briga de poderes em torno do Brexit, como é chamada a saída do Reino Unido da União Europeia: o partido Liberais Democratas. Angela Smith, que era do Partido Trabalhista - principal força da oposição - e que em fevereiro desertou para criar com seis parlamentares o Change UK (Muda Reino Unido), agora chamado de Independent Group (Grupo Independente), anunciou que se juntará ao partido que vem pedindo o fim do processo de divórcio.

Na última semana, Luciana Berger (Independent Group) e Philip Lee (Conservador) também migraram para o partido, que reúne agora 17 deputados. A mudança de Lee foi uma das mais comentadas no Reino Unido nos últimos dias. Tradicional político conservador, ele aguardou o início da fala do primeiro-ministro, Boris Johnson, em sessão no Legislativo, durante a semana, e levantou-se para se sentar com a ala da oposição.

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O ato simbólico foi seguido por uma explicação formal de mudança de partido e, na prática, significou o fim da maioria do governo no Parlamento, que era assegurado por apenas um assento de diferença, já contando os 10 deputados do DUP da Irlanda do Norte, que assegurava a maioria até então por uma coalizão.

Na avaliação de Angela Smith, o LibDem é hoje "o partido mais forte para impedir o Brexit". "Estamos enfrentando uma crise nacional e as pessoas merecem escolha melhor do que dois antigos partidos", argumentou. O líder dos Liberais Democratas, Jo Swinson, comemorou o ingresso da deputada, enfatizando seu compromisso de "interromper o Brexit e construir uma sociedade mais justa e liberal".

Ela já prometeu lutar contra o divórcio e fazer campanha pela "reforma constitucional necessária para consertar nossa política falida". "Precisamos de uma política mais inclusiva e tolerante para o nosso país, que valorize a diversidade", defendeu.

Não é, portanto, apenas o Partido Conservador do governo que vem perdendo espaço - além das saídas espontâneas, o comando do grupo também expulsou 21 parlamentares que votaram contra a orientação do Partido durante a semana.

Já os trabalhistas não conseguem engrenar mesmo em um governo enfraquecido e críticos a seu líder, Jeremy Corbyn, vêm aproveitando para culpá-lo pela atual crise por causa de declarações dadas há alguns meses que foram consideradas antissemitistas.

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